Detentas fazem máscaras
Produzidos em troca de redução penal, itens serão destinados a agentes de segurança
Detentas que atuam no setor de costura da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, vão produzir cerca de 30 mil máscaras de proteção contra o novo coronavírus, em troca de redução da pena. De início, os itens serão destinados para agentes da área de segurança do Estado, mas o projeto é ampliar a confecção para atender outros setores, em que os profissionais têm contato direto com a doença, como os da Secretaria de Estado de Saúde.
A iniciativa é uma das medidas do governo do estado na luta contra a Covid- 19. “Precisamos estar unidos e pensando em soluções alternativas para conter os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus”, afirmou o governador Wilson Witzel.
Diretora da Penitenciária Talavera Bruce, Silvana Silvino explicou que ainda não é possível estipular o tempo necessário para a confecção da quantidade de máscaras, já que que o tecido necessário nunca foi utilizado nas peças produzidas por elas rotineiramente.
No próximo fim de semana, cerca de 20 detentas vão trabalhar, exclusivamente, na confecção das máscaras. O objetivo é que mais detentas façam parte da confecção dos itens. “Utilizar a população carcerária nesse projeto é uma iniciativa importante para aumentar a oferta dos equipamentos de proteção”, afirmou o secretário de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo.
Segundo Darcy Azevedo, presidente da Fundação Santa Cabrini, essa é uma oportunidade de integrar a mão de obra das penitenciárias a uma causa humanitária: “As internas vão se sentir fazendo parte da equipe que está se unindo para ajudar. Além disso, poderão reduzir suas penas. Para cada três dias de trabalho, é menos um a ser cumprido dentro da penitenciária”.