Confrontos em manifestações PM reprime manifestantes pró- democracia
Odomingo foi marcado por protestos seguidos de confusão em algumas capitais brasileiras. No Rio, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reuniram na orla da Praia de Copacabana com camisas amarelas e bandeiras do Brasil. O grupo, que carregava cartazes contra o STF, entrou em confronto com militantes do coletivo antifascista do Flamengo que foram às ruas fazer frente ao protesto pró- governo.
O deputado federal Daniel Silveira, do PSL, acompanhou a manifestação e publicou imagens nas redes sociais. Pelo vídeo, é possível ouvir a conversa de Daniel com um PM, que pede para ele manter distância do isolamento, mas diz que mandou os colegas irem até o grupo de opositores para queimar uma faixa com a frase: ‘ Democracia Rubro- Negra’.
Ainda assim, ao contrário do que aconteceu com o primeiro grupo, os torcedores, que estavam em menor número, foram reprimidos pelos policiais, que usaram bombas de gás na dispersão. Questionada, a PM informou que duas pessoas foram conduzidas à 12 ª DP e que “os agentes fizeram uso progressivo da força desde a verbalização até o uso de armamento de menor potencial ofensivo”.
Doutora em Antropologia e pesquisadora do Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos, a advogada Izabel Nuñez diz que os protestos são resultado do caos político atual. “É lamentável que estejamos sendo obrigados a conciliar uma crise política com uma crise de saúde pública. O próprio presidente instiga o conflito interno”, avalia.