Meiahora - RJ

Bom senso é essencial

No MEIA HORA é todo dia assim: um por todos e todos pela melhor capa possível

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Antes de começar cada reunião de pauta, que define as reportagen­s que serão veiculadas naquela edição, muitas ideias de capa já surgiram num bate - papo com o porteiro, taxista, vizinho ou até num meme visualizad­o na internet. A partir daí, cada jornalista vai dando a sua sugestão e melhorando a manchete. Em muitos casos, quando o assunto é mais delicado, surge a pergunta: “Tem como fazer essa piada?”. Tem dia que não dá e não forçamos a barra.

O bom senso caminha lado a lado com a premissa de que buscar o inusitado, o diferente e o criativo é o diferencia­l, mas sem que isto seja uma necessidad­e vital. Quando a capa não é engraçada, pessoas se frustram e é comum ouvirmos: “Poxa, hoje está ruim”. Mas o MEIA HORA é um jornal, ou seja, faz Jornalismo, não humor. Ao mesmo tempo, todo jornaleiro sabe que uma risada de uma capa na banca motiva o leitor a comprar aquela edição.

Uma das capas históricas foi em 2011, quando o então casal 20 do telejornal­ismo brasileiro não dividiria mais a bancada do JN — na época, a apresentad­ora Fátima Bernardes estava casada com William Bonner. O jeito bem - humorado de levar informação aos leitores também esteve presente em outras manchetes, como “Luana não tem mais Dado ( foto do ator) em casa”. O MEIA HORA não mudou a essência ao longo dos anos, apenas passou a trazer os fatos diversos do ineditismo e do humor ( faits divers).

Em 2010, o MEIA foi pioneiro ao fazer a tradução de ‘ Preso surdo pedófilo’ para Libras. E você já viu uma manchete gaguejando? Em 2009, numa guerra da milícia, a capa estampou“Ma- ma- mataram o ga- ga- guinho”. Mas o jornal sabe ser sério quando a realidade exige. Uma das publicaçõe­s mais comoventes foi sobre o massacre na escola de Realengo, que deixou 12 adolescent­es mortos, em 2011. Nada de cadáver e sangue na capa, e sim uma chamada poética. A mais sensível e emocionada primeira página sobre a tragédia carioca. Capa sem ‘ espirrar’ sangue para não criar estigma negativo.

‘ MEIA HORA E AS MANCHETES QUE VIRAM MANCHETE’ É O NOME DO DOCUMENTÁR­IO DE 2014

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