Tradição mantida Corrida por doces agita o Mercadão de Madureira
Osábado do Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, foi de grande movimento e procura por doces. Devotos de São Cosme e São Damião aproveitaram a véspera da celebração para garantir as guloseimas a serem oferecidas às crianças.
Por conta da pandemia da Covid- 19, o acesso às lojas do Mercadão foi limitado e nos estabelecimentos havia dispenser de álcool em gel, espaçamento entre os clientes e medição de temperatura.
Com o isolamento social, a tradição de percorrer as ruas da cidade pegando e distribuindo doces precisou ser adaptada. Devoto
dos santos, o contador Rafael Pereira, de 33 anos, dá doces com a irmã e a esposa há mais de 10 anos e decidiu manter a entrega dos saquinhos apenas para crianças da família e vizinhas.
“Fica complicado ir à rua, mas tem que manter a tradição. As crianças não têm culpa do vírus, elas já estão dentro de casa, tem que pelo menos ter o doce para animar, levar um pouco de alegria”, disse o contador, que fez um pedido aos santos. “Pedi para o vírus não entrar na nossa casa, não afetar a minha família, e graças a Deus, ninguém pegou corona.”
O gerente da Tarita Doces, Vitor Tanque, conta que, apesar da pandemia, o movimento na loja foi maior do que em 2019.
“Acho que as pessoas fizeram bastante promessas, por conta da pandemia. A gente acreditou que o movimento fosse ser grande, então compramos os doces bem antes e não faltou nenhum.”
De acordo com o gerente, os doces tradicionais como cocada, maria- mole, pé- de- moleque e “cocô de rato” ainda são os preferidos, com procura de 80% dos clientes.
Já na loja Aki Doces a estratégia foi diferente. Com medo da baixa procura, o estabelecimento comprou as guloseimas tradicionais em menor quantidade.