Novo salário mínimo reajusta benefícios
Quem recebe acima do mínimo depende do consolidado do INPC
Aposentadorias, pensões do INSS e o Benefício de Prestação Continuada ( BPC) subiram 5,26% e não mais 4,11%. Os demais aposentados dependem do INPC para saber quanto vão receber a mais. O percentual será divulgado este mês. O reajuste vai beneficiar cerca de 70% de segurados. Isso ocorre porque, com a definição do salário mínimo de 2021 para R$ 1.100, a maior parte dos aposentados deverá ter reajuste para este mesmo valor. É importante destacar que o salário mínimo define o piso dos benefícios do INSS.
Todos os anos a definição de reajuste do piso nacional parte do governo, por meio de análises de caixa e da inflação no país. Ele passa a valer no começo de cada ano por meio de Medida Provisória, mas deve passar também por aprovação do Congresso.
Já para quem ganha acima do mínimo a regra muda. O reajuste é feito seguindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor ( INPC) nesse casos. No acumulado deste ano, o INPC está com alta de 3,93%. Mas o Ministério da Economia prevê uma alta de 4,11% para o ano.
De qualquer modo, o aumento dos demais beneficiários deverá girar em torno de 4,1%. O INPC também é o índice que define o reajuste do teto do INSS. Assim, se ele realmente ficar em torno de 4,1%, o teto passaria para R$ 6.351,20, ante os R$ 6.101 atuais.
De acordo com projeção do Boletim Focus, divulgado pelo
Banco Central, a inflação IPCA de 2020 deve ficar em 4,39%. Com isso, os 5,26% de reajuste do salário mínimo e piso do INSS ficaram acima da inflação, gerando um aumento real do poder de compra.
Ter ganho real significa que o aumento ficou acima da inflação. Neste caso, o aumento real é de 0,9%, o que ainda é considerado insuficiente pelos aposentados.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA PREVÊ ALTA DO INPC EM 4,11% PARA O ANO