Milicianos levam fumo
Polícia agarra mais de 100 envolvidos com contrabando de cigarros
AForça-Tarefa da Polícia Civil, montada para combater os principais braços de articulação da milícia do Rio, realizou, ontem, uma megaoperação contra a venda de cigarros contrabandeados e falsificados no Rio. Cerca de 300 agentes estiveram na Baixada Fluminense e em bairros da Zona Oeste da capital. Duas pessoas foram presas em flagrante e 102 detidas e indiciadas por contrabando.
Segundo a Polícia Civil, em dois meses de investigação a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) mapeou 143 pontos de vendas do produto contrabandeado,a maioria em regiões dominadas por criminosos ligados ao milicianoWellington da Silva Braga,o Ecko.Investigações da polícia o colocam à frente da maior milícia do estado.
De acordo com a Polícia Civil,o comércio de cigarros contrabandeados e falsificados rende até R$ 12 milhões por mês aos criminosos.Segundo aAssociação de Produtores de Cigarros, só no Estado do Rio de Janeiro há perda de arrecadação de impostos de aproximadamente R$ 480 milhões por ano com o crime.
Segundo o delegado Maurício Demétrio, titular da DRCPIM, a primeira fase da operação Malum Fumum priorizou ações em áreas da milícia e do tráfico de drogas.
Foram apreendidos cerca de quatro mil maços de cigarros, 40 máquinas caça-níquel e centenas de caixas de remédios.
A operação contou com apoio de delegacias especializadas e distritais da Baixada Fluminense.
Remédios
Uma das duas pessoas presas é uma técnica de enfermagem, flagrada com remédios dentro de casa. O material, segundo a polícia, pode ter sido desviado do Hospital Municipal Moacyr do Carmo,em Duque de Caxias, onde ela trabalha.A secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias confirmou que a mulher é servidora da rede municipal de Saúde.