SEM PERÍCIA
Um registro de ocorrência sobre a operação da Polícia Civil no Jacarezinho, na última quinta-feira, mostra que 24 dos 27 corpos de suspeitos foram removidos da favela sem perícia. No sábado, quatro dos seis homens presos no local falaram em depoimento que foram obrigados a levar cadáveres para os blindados.
Os suspeitos disseram também que foram submetidos a agressões. A corporação informou que vai apurar. De acordo com a Polícia Civil, todos os mortos tinham ligação direta com o tráfico de drogas. Entre eles, três alvos da operação e um apontado como chefe na comunidade do Mandela: Luiz Augusto Oliveira de Farias, o Índio do Mandela.
Um terço dos mortos pela Polícia Civil na Ope
POLÍCIA CIVIL ração Exceptis não tinham contra eles processos criminais, segundo o site do Tribunal de Justiça do Rio. Um levantamento do “Estadão” no portal do TJRJ apontou que não há ação penal em nome de nove dos 27 mortos na ação. A polícia afirma que todos tinham anotações criminais, com base em informações próprias.
Acusados de serem traficantes e/ou ladrões eram a maioria dos 18 mortos com processo. Foi possível achar pelo menos 22 acusações de crimes relacionados a tráfico e 14 a roubo. Há ainda casos de receptação, furto e um estelionato. Em alguns casos, o mesmo réu responde por vários crimes, por isso a soma de delitos é maior que o de mortos com processo.