DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO TEVE ABSTENÇÃO RECORDE DE ALUNOS
Confusão envolvendo um promotor de Justiça, que foi ao posto de vacinação contra covid-19 no Jockey Club, na Gávea, ontem, chegou a interromper o serviço local. Segundo André Guilherme de Freitas, que tem um filho autista, os profissionais da saúde não tinham conhecimento sobre a lei Nº 9.040, que inclui na vacinação pais, tutores, cuidadores e enfermeiros, que auxiliam pessoas com deficiência intelectual, incluindo o autismo.
“Sou pai de uma criança com autismo e, ao chegar no posto com a certidão de nascimento do meu filho e o laudo médico, a responsável disse que não iria aplicar a vacina, que o município não se preparou para isso. Essa é uma postura de desrespeito com a causa do autismo”, disse, indignado.
Acionada, a PM levou os envolvidos à 15ª DP (Gávea). A Polícia Civil encaminhou a ocorrência ao MP. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alegou que os pais e tutores de pessoas com deficiências não fazem parte dos grupos prioritários relacionados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Além disso, uma versão apenas com uma amostra de estudantes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) será feita em novembro. O Inep não havia confirmado ainda se realizaria o exame este ano, o que levou a críticas de educadores. A prova é importante para manter a série histórica de avaliações no País e para diagnosticar os déficits por causa do tempo de escolas fechadas durante a pandemia. É a partir do Saeb que é feito o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação, é o responsável pela aplicação da Enem. A prova relativa a 2020 foi adiada em função da pandemia e realizada só em janeiro de 2021, com abstenção recorde de alunos.