Morte antes do parto
Graziele Gomes perdeu o bebê aos 8 meses de gestação: ‘Negligência’, acusa
Osonho do casal Graziele Gomes da Silva, 20 anos, e Patrick Theylo Dantas, 21, de ter uma filha durou pouco menos de oito meses e terminou no Dia das Mães como caso de polícia. Segundo a jovem, a negligência dos profissionais do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, contribuiu para que ela perdesse a criança e, por pouco, também perdesse a própria vida. O caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti) no dia 12 de maio.
Devido a complicações no final da gestação da filha Luna, Graziele e o marido buscaram atendimento no dia 30 de abril, na unidade de saúde. Ao chegar lá, informou que a bolsa havia estourado. Após realizar exames, a médica disse que, com 32 semanas de gestação, deveria ficar internada para o bebê não nascer tão prematuro.“Eu tive uma gestação muito tranquila, e na fase final as coisas complicaram, mas eu nunca imaginei que poderia perder minha Luna”, disse Graziele, que tem um filho de 1 ano chamado Gael.
A paciente sinalizou que estava perdendo muito líquido, mas não teria recebido atenção das enfermeiras. Em 6 de maio, ela percebeu que a filha não se mexia na barriga. Uma enfermeira, com o uso de aparelhos, não constatou os batimentos do bebê.
“Aí me disseram para ficar tranquila e ir dormir porque minha filha estava bem. No dia seguinte eu fui examinada novamente e a enfermeira disse que não havia batimento cardíaco”, lembra a jovem.
Para Graziele, o erro da unidade foi não ter agido com urgência na noite anterior. Ela acredita que se tivesse alguma ação mais efetiva da equipe de plantão, talvez o bebê pudesse ter sido salvo.