Caminhoneiros fazem protestos em rodovias
Com baixa adesão, manifestações ocorreram em trechos da Dutra, no portos de Santos e Minas Gerais. Motoristas protestaram após decisão de Fux contra tabela de frete
A paralisação de caminhoneiros, marcada para ontem, teve baixa adesão da categoria. Manifestantes bloquearam trechos da rodovia Presidente Dutra ( BR-116) e o acesso ao porto de Santos.
Os motoristas protestaram contra a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux que proíbe multar empresas que estejam pagando o frete abaixo do mínimo estabelecido.
No Rio de Janeiro, o protesto aconteceu por volta das 6h na pista da Dutra, na altura de Barra Mansa, e durou cerca de cinco horas. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), foram registrados cinco quilômetros de lentidão no local.
Veículos de carga eram obrigados a retornar no sen- tido de São Paulo. Duas pessoas foram presas na Dutra por agredir caminhoneiros que se recusaram a parar.
Já o acesso ao porto de Santos ficou bloqueado de madrugada por cerca de cinco horas. Segundo a Guar- da Portuária, a chegada das cargas ao maior porto da América Latina não foi prejudicada. Cerca de 9.000 caminhões circulam por dia pelo porto de Santos.
Um pequeno grupo também protestou no pátio de um posto da BR-116, na altura de Além Paraíba, na Zona da Mata mineira.
No final de semana, entidades se posicionaram de maneira contrária à paralisação e uma nova greve. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou nota na qual se coloca contra a greve e reafirma seu compromisso a favor do livre mercado.
Já a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) afirmou que poderia ficar mais difícil evitar uma nova paralisação após a decisão do STF. “Apesar de sermos contrários a uma nova paralisação geral, não podemos nos opor à decisão dos caminhoneiros os quais representamos”, disse a entidade.