HONDA PCX: EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO TAMBÉM SE MEXE
Ótima para atravessar congestionamentos, mas também boa para passeios tranquilos
Sucesso absoluto de vendas e com o título de scooter mais vendido do país, o Honda PCX 150 chega à sua terceira geração, com lançamento mundialmente simultâneo. O novo PCX 2019 chega em três versões, com diferentes equipamentos. A STD (Standard) é a versão de entrada, e custa R$ 11.620,00 nas cores azul metálico e prata. Há também duas versões mais requintadas e equipadas, caso da DLX vestida numa elegante cor branca perolizada com banco e acabamentos em marrom bem claro (café com leite) e da versão Sport, na cor prata com banco e grafismo vermelhos, ambas custando R$ 12.990,00.
O PCX 150 desde sempre agrada visualmente logo ao primeiro contato, com suas linhas arredondadas e o fino acabamento, sem parafusos aparentes. O detalhe mais interessante é que o guidão fica aparente, o que não é muito comum em scooters, com os punhos e os suportes na mesa superior como em uma motocicleta. Escudo e carenagens têm um desenho bem esportivo, com o para brisas escurecido integrado e baixo.
Tudo nele foi reprojetado e evoluiu. O motor continua o mesmo monocilíndrico OHV refrigerado a água e com injeção eletrônica de combustível, que vem com acerto eletrônico mais refinado para proporcionar melhor desempenho e menor índice de emissões.
O motor de 150 cc de cilindrada rende 15 cv de potência às 6.000 rpm e entrega o torque máximo de 1,5 kgf.m às 5.500 rpm. A força é distribuída por um câmbio variável CVT –polias de diâmetro continuamente variável– que garante respostas espertas e vigorosas para encarar o trânsito ou as estradas. É impressionante como o motor responde desde o scooter parado até mesmo a 100 km/h, pois é só acelerar tudo que sempre há uma resposta imediata. O consumo na cidade fica na casa dos 40 km/l, conforme os engenheiros da Honda. Esse motor tem funcionamento muito liso e com baixa vibração. Por isso o PCX tem um rodar macio e bastante confortável, livre de trepidações no guidão.
As versões DLX e Sport dispõem do Idle Stop, um dispositivo que desliga o motor após três segundos com o scooter parado e então é só acelerar que o motor volta a funcionar quase que imperceptivelmente. Por conta deste dispositivo o motor destes modelos tem os sistemas de ignição e partida diferentes. Não há motor de arranque, e a carga do sistema é maior para dar conta das inúmeras partidas. O sistema
Estabilidade surpreende, e parte do crédito deve ser dada aos ótimos pneus Pirelli
foi desenvolvido pensando em liberar menos poluentes e economizar ainda mais combustível quando o veículo estiver parado em semáforos, por exemplo. O Idle Stop pode ser desligado por um botão acima do acelerador.
O novo chassi traz um berço duplo reforçado que permitiu maior rigidez para livrar a pequena máquina de oscilações em pisos irregulares e em altas velocidades.
A estabilidade do PCX é um ponto forte e agrada bastante. A suspensão dianteira utiliza o mesmo garfo telescópico da versão anterior e continua bem acertado e equilibrado entre performance e conforto. A suspensão traseira foi recalibrada e recebeu melhorias, com novo ponto de ancoragem dos amortecedores no chassi e no motor permitindo uma posição mais vertical e eficiente para absorver imperfeições do asfalto. Os novos amortecedores traseiros contam com três regulagens na pré-carga da mola e o acerto original de fábrica me pareceu bastante adequado para pilotos com peso entre 70 kg e 80 kg.
As rodas de catorze polegadas com novo desenho são equipadas com pneus Pirelli de perfil esportivo, mais largos que os da geração anterior. Aliados ao delicado acerto da suspensão fazem do PCX 150 um scooter que transmite ao piloto muita sensação de segurança nas curvas, tanto de baixa como de alta.
A manobrabilidade e agilidade são leves, é fácil colocar o PCX onde você quer ao serpentear o trânsito.
Na rodovia de bom piso ele vai como se estivesse num trilho. O PCX 150 pesa 135 kg totalmente abastecido.
No sistema de freios há diferenças entre as versões, com a STD adotando freios combinados entre o disco dianteiro e o tambor traseiro e as versões DLX e Sport adotando disco dianteiro e traseiro. Apenas na dianteira há o ABS e não são combinados. Nas duas versões as freadas são bem fortes e satisfatórias, mas o ABS, mesmo que só na frente, garante segurança extra e é sempre um opcional a ser considerado.
Outro diferencial das versões mais caras é a chave de presença Smart Key que chegou com o scooter top da marca SH 300i e agora ao PCX. Basta aproximar a chave ao PCX e apertar o botão giratório no escudo para ligar a ignição, abrir o bocal de abastecimento ou erguer o assento para guardar objetos, a capa de chuva ou até um capacete fechado na hora de estacionar.
O painel é novo e totalmente digital, com tela do tipo blackout, de leitura clara e fácil da velocidade, nível de combustível, hodômetros, computador de bordo e relógio e nas duas laterais as luzes de advertência, farol alto e setas.
Toda iluminação é em LED e na dianteira uma luz de posição diurna vem elegantemente integrada às setas e ao enorme farol duplo. No escudo frontal há um pequeno porta objetos com uma tomada 12V para carregar eletrônicos.
O Honda PCX 150 é bonito, econômico e confiável mecanicamente. Eu bem queria um brinquedo desses.
BOLETIM 8,9