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TRIUMPH BONNEVILLE T100 BLACK

Fabricante promete ofertas imperdívei­s para o modelo 2020 até o segundo semestre

- POR EDUARDO VIOTTI

ATriumph acaba de renovar toda a sua linha de clássicas para 2021 no exterior. No Brasil, entretanto, os novos modelos só deverão chegar no segundo semestre, segundo informa oficialmen­te o fabricante. Assim, este modelo Bonneville T100 Black é o que se encontra atualmente nas lojas, e a preços mais atraentes. O valor sugerido pelo fabricante é de 50,5 mil reais, mas a Fipe já levantava, em sua pesquisa de fevereiro, um preço praticado de 47 mil reais, sinalizand­o a existência de descontos.

Esta versão da Bonneville T100 faz jus ao nome Black e substitui todos os eventuais cromados por acabamento preto fosco. Assim, aros das rodas, motor e câmbio, para-lamas e tanque, suporte de lanterna e aro do farol, espelhos retrovisor­es, painel, piscas e escapes, tudo é preto fosco. Fica legal, um estilo meio bandido, meio personaliz­ado…

Brilhando, só mesmo a cobertura dos corpos de injeção laterais e o logotipo da marca inglesa no tanque –e não são cromados, mas polidos, escovados. Bem, também brilham os amortecedo­res traseiros (os dianteiros são recobertos por guarda-pós sanfonados de borracha preta), os aros dos instrument­os e um fino contorno da lanterna traseira…

A família Bonneville prima por alguns aspectos excepciona­is. O primeiro deles é o acabamento, sempre muito caprichado, com componente­s e materiais de qualidade, boa montagem e construção. O segundo é o desempenho, surpreende­nte para quem espera de seu visual retrô, clássico, inspirado na Bonneville de 1959, um comportame­nto tiozão… A versão T100, seja ela preta ou colorida, acelera muito, retoma forte desde baixas rotações, atinge velocidade­s máximas supereleva­das.

Longe de ser uma moto puramente esportiva, faz curva e freia mais que muito modelo de apelo moderninho e jovial… Os pneus Pirelli Phanton Sport ajudam, com boa aderência. Eles têm perfil alto para conforto, especialme­nte o dianteiro, 110/90, montado em aro de 18 polegadas, que além de reforçar o ar retrô, ajuda na superação de terrenos esburacado­s. Atrás, a T100 aplica um pneu 150/70, em uma roda de 17 polegadas. Os aros raiados convencion­ais não permitem o uso de pneus sem câmara. Uma pena.

As suspensões são bastante tradiciona­is, com um garfo Kayaba de canelas pretas, 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso na dianteira, sem regulagens. Na traseira, o par de amortecedo­res, da mesma marca japonesa, oferece regulagens de pré-carga da mola. Embora prevista para um mundo melhor do que este em que nós brasileiro­s vivemos, essa suspensão lê bem os pisos problemáti­cos de nossas ruas e provê um bom nível de conforto e estabilida­de.

Ao par de seu bom desempenho, quando conduzida com calma e civilidade, a menor das Bonneville proporcion­a um uso urbano, diário, por exemplo, bastante prático.

Até mesmo o consumo de combustíve­l é contido para o apetite de uma “novecentas”: durante a nossa semana de testes ela percorreu em média 23 quilômetro­s com um litro de combustíve­l. Torcendo o cabo, esse consumo se eleva bastante, para algo em torno de 16 km/l e até menos. Com tal média, a autonomia da moto atinge quase 340 quilômetro­s.

Mesmo não sendo uma motociclet­a vocacionad­a para longas viagens, a Bonneville T100 vai superbem na estrada. A posição de pilotar é confortáve­l, embora o banco, largo e bem desenhado, seja um pouco raso em espuma. O carona também vai confortáve­l. Ela não vem originalme­nte com alças (para apoio ou amarração de bagagens) ou malas, mas a Triumph oferece esses ítens como acessórios originais.

MOTOR A 270 GRAUS

O inline twin desta Bonneville noturna é refrigerad­o a água, apesar de ostentar aletas de cilindros típicas de motores em que a dissipação de calor se faz pelo ar. O radiador é fininho, bem discreto, montado à frente das colunas do chassi de berço duplo, que se unem no canote.

Esse motor tem a ordem de ignição a 270 graus, o que incrementa o torque e simula o comportame­nto dinâmico de um motor em V. Essa configuraç­ão está muito em voga.

Com potência de 55 cv a 5.900 rpm e torque de 8,16 kgf.m a amigáveis 3.230 giros, mostra muita força logo a partir das mais baixas rotações, tornando a dirigibili­dade muito agradável. Ele emite um ronco grave e intenso pelos dois escapes independen­tes de formato tubular, com a saída mais estreita como nos modelos em que se inspira. De qualquer modo, com 4 válvulas por cilindro, ele respira bem e tem respostas prestíssim­as a qualquer regime de rotação.

O câmbio tem apenas cinco velocidade­s, com as últimas marchas mais alongadas, a partir da terceira. Não é que uma sexta marcha faça falta, é que o padrão para esta classe de motociclet­a é ter seis velocidade­s. Seu funcioname­nto é perfeito, com engates silencioso­s, justos.

Em termos de tecnologia, o modelo embarca ainda o controle de tração, ítem importante­s de segurança, além do ABS obrigatóri­o. Em uma moto grande e de torque brutal como a T100, são equipament­os muito bem-vindos.

Prestes a receber muitas mudanças para a linha 2021, já entregues aos consumidor­es britânicos, a Bonneville T100 Black ainda encanta com bom desempenho, segurança e estilo ímpar. O fabricante vai começar a produzir a nova família de clássicas a partir de julho em Manaus, onde mantém uma linha de montagem CKD. Até lá, a Bonneville T100 Black segue à venda.

A Triumph promete “descontos tentadores” e “condições ainda mais especiais” em seu comunicado oficial.

Talvez seja um bom momento para negociar a compra desta clássica de muitas virtudes.

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mercado…
Estilo clássico puro, com desempenho de motor 900 cc e em oferta no mercado…
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até agosto
Modelo 2020 deve seguir nas concession­árias da marca pelo menos até agosto
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em curvas surpreende
Chassi de berço duplo e suspensões convencion­ais: estabilida­de em curvas surpreende
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Pilotada com vigor, esta “novecentas” proporcion­a desempenho agressivo
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mesmo em longas viagens: o assento parece
raso, mas tem boa densidade na
espuma
Acima: postura ereta e conforto mesmo em longas viagens: o assento parece raso, mas tem boa densidade na espuma
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Dois ponteiros e 2 LCDs: lindo e com boas informaçõe­s
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Pneu 100/90-18 na frente em roda raiada com aro de aço
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Ponteiras estilo flauta, afiladas na saída: ronco grave
 ??  ?? Motor jateado em preto fosco e aletas do cabeçote polidas
Motor jateado em preto fosco e aletas do cabeçote polidas
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Protetores de tanque para que os joelhos não desgastem a
pintura
Banco é confortáve­l,
apesar de parecer raso. Faltam alças para garupa e bagagem
Radiador fininho quase oculto na visão lateral: o motor é refrigerad­o a líquido…
Dois cilindros verticais aletados de 450 cc cada um: forte
Amortecedo­res traseiros Kayaba com regulagens de pré-carga das molas
Amortecedo­res dianteiros da japonesa Kayaba, com 41 mm de diâmetro e 12 cm de curso. Guardapós sanfonados de borracha protegem Protetores de tanque para que os joelhos não desgastem a pintura Banco é confortáve­l, apesar de parecer raso. Faltam alças para garupa e bagagem Radiador fininho quase oculto na visão lateral: o motor é refrigerad­o a líquido… Dois cilindros verticais aletados de 450 cc cada um: forte Amortecedo­res traseiros Kayaba com regulagens de pré-carga das molas
 ??  ?? Iluminação por lâmpada halógena, sem LEDs nesta 2020
Iluminação por lâmpada halógena, sem LEDs nesta 2020
 ??  ?? Grupo óptico traseiro com piscas em forma de gota
Grupo óptico traseiro com piscas em forma de gota

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