O YAMAHA NMAX É DIVERTIDO, PRÁTICO E LIGEIRO. E DÁ PARA PEGAR ESTRADA
Nós já havíamos andado no NMax durante um pequeno percurso promovido pelo fabricante para os jornalistas da área. Agora convivemos com ele durante uma semana, na cidade, seu habitat natural, e na estrada, onde ele desempenha surpreendentemente bem, mantendo velocidades de cruzeiro compatíveis com o fluxo do tráfego de automóveis e motos estradeiras.
O Neo foi inteiramente renovado: chassi, suspensões, motor e visual são novos, modernos. O preço de R$ 14.990,00 (mais frete) em versão única de acabamento e especificações não inclui frete. A garantia é de 4 anos.
A oarte ciclística mudou inteiramente e o NMax estabelece novos parâmetros para a categoria. No novo chassi, mais rígido que o anterior, a fixação do motor/balança traseira passou de uma posição sob a moto para cima do motor, otimizando o trabalho da suspensão traseira. Na prática, significou maior conforto e melhor absorção das irregularidades do piso, um aspecto crítico na maioria das motonetas.
O motor é ligado ao quadro principal underbone através de um link (biela desmultiplicadora do movimento) preso através de coxins de borracha. Isso reduz nítidamente o nível de vibrações finas no assento e guidão.
Ainda no quesito suspensões, ambas, dianteira e traseira, foram recalibradas. Os amortecedores traseiros têm curso
de 90 mm e os dianteiros, de 100 mm. Além do maior conforto, também permitem fazer curvas com energia inesperada para um bem comportado scooter.
As rodas de liga leve de alumínio (com 13 polegadas de diâmetro na frente e atrás) têm três raios em formato de Y largo, com seis pontos de apoio no aro e três no cubo. São bem mais leves que as da versão anterior do NMax.
Os pneus sem câmara têm boa largura, com 110 mm na dianteira e 130 mm na traseira. Ambos têm 70% de perfil.
ABS DE DOIS CANAIS
Um diferencial do NMax muito valorizado pelos seus con
sumidores é a adoção de freio ABS em ambas as rodas (é apenas na roda da frente em seu concorrente direto, o líder Honda PCX). Os dois freios têm igual diâmetro, mas o rotor dianteiro é mordido por pinças duplas. O disco traseiro é alicatado por um só pistão. O que importa de fato é que as frenagens são muito firmes e transmitem segurança.
As novidades vão além. O motor, por exemplo, chega com cilindro, cabeçote, pistão, válvulas, biela, virabrequim e carcaça redesenhados.
O sistema de refrigeração forçada por ventoinha evoluiu. O novo motor ganhou 0,3 cv de potência máxima, passando de 15,1 cv para 15,4 cv a 8.000 rpm. Já o torque
baixou um pouquinho, de 1,5 kgf.m a 6 mil giros para 1,4 “quilo” a 6,5 mil rotações. Os engenheiros de motores estão cada vez mais premidos pela necessidade de atender às crescentemente rigorosas normas antipoluição. Atendê-las e manter a potência e o torque é um grande desafio…
Esse motor de 155 cc tem comando das válvulas de admissão variável, que a fábrica chama de VVA (Variable Valve Actuation), fator determinante no ótimo desempenho do scooter. O cilindro, revestido de material anti-atrito Diasil, é ligeiramente deslocado, o que permite maior amplitude do movimento da biela e reduz o impacto vibratório e o atrito, aumentando a durabilidade. Boa solução técnica.
O consumo é empolgante diante do bom desempenho: chega a superar os 40 km/litro, mas em média, é de 34 km/l.
O NMax também ganhou mais eletrônica: iluminação full LED; Smart Key, a chave chip remota que atua por proximidade; o sistema Stop & Start, que desliga o motor após 1,5 segundo parado (é comutável) para economia e menor poluição; e um painel LCD bastante completo, maior e com novo formato, quadrado em lugar do redondo. Incorpora relógio, consumo de combustível, carga da bateria, temperatura do motor, indicador de troca da correia da transmissão automática CVT etc. As funções são comandadas por um gatilho no punho esquerdo.
Todo o visual também é novo, mais agressivo e moderno. Ficou mais parecido com o irmão maior, o XMax 250.
O conjunto óptico frontal em LED (assim como a lanterna traseira bipartida) mantém a cara de mau, de sobrecenho cerrado que caracteriza a família Max de scooters. O farol ilumina muito bem e permite viagens noturnas com boa segurança. O modelo incorporou um pisca-alerta, para ser usado exclusivamente em emergências, com o veículo parado, e nunca em movimento.
O espaço sob o banco é excelente, entre os maiores da categoria, e o comportimento trava automaticamente quando o motociclista se afasta com a Smart Key no bolso.
Ao aproximar-se, o comando eletrônico permite a partida e a abertura de todos os compartimentos.
O escudo dianteiro traz dois porta-luvas: um fechado e um aberto, este último com uma tomada 12 volts para carregar a bateria do celular: superútil!
A ergonomia é bem acertada e o NMax permite variar a posição dos pés, colocando-os mais à frente, o que é ótimo em permanências mais prolongadas. O banco é largo, macio e confortável.
Potente, equilibrado, muito bem construído e acabado, o NMax é um produto de destaque no line-up da marca dos diapasões e promete acirrar a disputa no segmento.
BOLETIM 8,8