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A KAWASAKI ZX-10R CHEGA PARA DOMINAR AS PISTAS –E AS ESTRADAS

Com ajustes de sintonia fina e mais eletrônica embarcada, a superbike mais vitoriosa promete retornar ao pódio

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KAWASAKI ZX-10R

ANinja ZX-10R abre a temporada de lançamento­s da linha 2022 da marca para o Brasil e promete manter a liderança no mercado nacional das superespor­tivas. Com sete títulos no Mundial de SuperBike e imbatível no principal campeonato de motos de fábrica desde 2015 – sob o comando do piloto norte-irlandês Jonathan Rea –, o modelo ganhou inovações advindas diretament­e das pistas, sob a batuta do Kawasaki Racing Team.

A Kawasaki Ninja ZX-10R recebeu importante­s revisões em seu motor quadricilí­ndrico de 998 cc, incluindo um radiador de óleo refrigerad­o a ar. Nas novas carenagens, destaque para os winglets integrados que aumentam a força aerodinâmi­ca para baixo, firmando a frente da moto no chão em retas. As suspensões também evoluíram.

A nova eletrônica oferece recursos de navegação, entre os quais o painel digital com conectivid­ade para smartphone­s.A superespor­tiva traz sistema de freios ABS inteligent­es da Kawasaki (KIBS) e estará disponível na segunda quinzena de junho em duas cores: a preta terá preço de lançamento de R$ 97.990.00, enquanto a versão Kawasaki Racing Team (KRT) sairá por R$ 99.990.00, valores que já incluem frete para todo o país.

O motor de 998 cm3 com quatro cilindros em linha ganhou mais desempenho e polui menos que seu antecessor. Com revisões no catalisado­r e no tubo coletor do escapament­o, o novo sistema de exaustão se adequou aos padrões do sistema Euro 5 sem perder potência.

O acelerador é eletrônico, e teve o sensor de posição reposicion­ado para a manopla – o que elimina a necessidad­e

de cabos e reduz manutençõe­s. O sistema de transmissã­o ganhou coroa traseira maior, o que tornou as mudanças de 1ª, 2ª e 3ª marchas significat­ivamente mais próximas, oferecendo grande aceleração em média/baixa rotação, ideal para arrancadas e saídas de curvas mais rápidas.

MUDANÇA NO MOTOR

A principal mudança no motor da Ninja ZX-10R 2022 foi a adoção do radiador de óleo. O sistema, frequentem­ente visto em modelos de competição, possui circuito independen­te. O óleo é encaminhad­o do cárter inferior esquerdo para o radiador, onde é resfriado e, em seguida, devolvido para o lado direito. Isso gera uma refrigeraç­ão eficiente que contribui para melhor desempenho em todas as rotações.

A Ninja ZX-10R ganhou atualizaçõ­es na geometria do chassi (Twin-spar de alumínio), que contribuír­am para aumentar sua estabilida­de e oferecer maior controle nas mudanças de direção. Dentre as revisões, o pivô do braço oscilante foi reposicion­ado 1 mm para baixo e a distância entre eixos ganhou 10 mm, passando de 1.440 mm para 1.450 mm. Com essa nova configuraç­ão, o equilíbrio dianteiro-traseiro moveu-se ligeiramen­te para frente (0,2%), proporcion­ando melhor desempenho nas curvas.

As suspensões também trouxeram atualizaçõ­es. Na dianteira, o garfo invertido de 43 mm, com tecnologia Showa BFF (Balance Free Front Fork) –desenvolvi­do pela equipe Kawasaki Racing Team–, ganhou área de fixação mais ampla na mesa inferior e os tubos externos foram revisados. Já as configuraç­ões da mola foram alteradas para se adequar melhor as caracterís­ticas das pistas, reduzindo o spring rate de 21,5 N/mm para 21,0 N/mm. Mudança parecida também ocorreu na traseira, só que o oposto. O spring rate foi elevado de 91 N/mm para 95 N/mm para tornar a mola mais rígida. O restante da configuraç­ão seguiu igual ao modelo anterior: back-link horizontal com BFRClite (Balance Free Rear Cushion), com reservatór­io de gás tipo piggyback, compressão, retorno e pré-carga ajustáveis.

No sistema de freios, a Kawasaki manteve o conjunto Brembo com ABS. O modelo teve poucas mudanças: ganhou revisões nas pastilhas e no reservatór­io de fluido traseiro, que foi reposicion­ado para oferecer maior

liberdade de movimento aos pilotos durante as mudanças de direção. No mais, seguiu com a configuraç­ão de disco duplo semiflutua­nte de 330 mm e pinça dupla com quatro pistões na dianteira, e, na traseira, disco simples de 220 mm com pinça de furo simples com pino deslizante.

A mudança mais significat­iva da nova versão da superespor­tiva da Kawasaki foi em relação ao visual e à aerodinâmi­ca. O para-brisa, disposto num ângulo mais íngreme e 40 mm mais alto; a posição dos punhos (manoplas) avançada em 10 mm para a frente, a parte traseira do assento mais elevada, assim como os pedais, que foram reposicion­ados 5 mm para cima. Essas revisões contribuír­am para melhorar a liberdade do piloto sobre a moto, diminuir o arrasto nas retas e proporcion­ar uma condução mais agressiva nas pistas.

A estrutura da carenagem também mudou. A entrada do Ram Air –marca registrada da Ninja– recebeu novo formato e ficou mais compacta sem perder eficiência. A carenagem do farol recebeu winglets embutidos que contribuem para manter a roda dianteira no solo nas saídas de curva e em fortes aceleraçõe­s. Novas aberturas laterais foram inseridas para melhorar a dissipação do calor do motor. Na parte inferior, o novo formato da carenagem foi projetado para direcionar o ar para o radiador de óleo, aumentando sua eficiência. Já na traseira, ranhuras foram incorporad­as para tornar o estilo ainda mais aerodinâmi­co.

O sistema de iluminação da nova ZX-10R também foi modernizad­o. Totalmente em LED, a superespor­tiva ganhou novos faróis, agora mais centraliza­dos e com design de inclinação reversa, posicionad­os na parte mais interna da caixa. Além disso, a tecnologia de projeção direta da Mitsubishi proporcion­ou luzes mais brilhantes e faróis mais compactos e leves –pesa apenas 1.200 g contra 1.650 g das unidades halógenas do modelo anterior.

Os espelhos retrovisor­es receberam novo design com luzes indicadora­s de direção em LED. Os piscas passaram a ser conectados por meio de conectores, o que facilita a remoção dos espelhos para pilotagem em circuitos. Os piscas traseiros também receberam luzes de LED.

O sistema eletrônico da ZX-10R recebeu atualizaçõ­es. Com IMU (Unidade de Medição Inercial) da Bosch, a superespor­tiva incorporou novos recursos, como modos

de pilotagem integrados, controle eletrônico de cruzeiro e painel de instrument­os digital em TFT colorido com conectivid­ade para smartphone­s.

Por meio de um botão ao lado do punho esquerdo, o piloto pode escolher entre três configuraç­ões prédetermi­nadas (Esportiva, Estrada e Chuva) ou quatro configuraç­ões manuais (Rider 1-4). Além disso, o S-KTRC (Sport-Kawasaki Traction Control) recebeu atualizaçõ­es nos modos 4 e 5, o que tornou a condução mais ‘amigável’ e facilitou a aceleração durante e nas saídas de curva.

Para pilotagens em longas distâncias, a eletrônica trouxe melhorias no Controle Eletrônico de Velocidade de Cruzeiro (cruise control, ou piloto automático). Agora é possível manter a velocidade desejada com um simples toque de um botão, o que reduz o desgaste na mão direita durante longas viagens.

O painel de instrument­os digital em TFT (Transistor de Película Fina) colorido de 4,3 polegadas completa o visual da ZX-10R. A tela, com cor de fundo selecionáv­el (preto ou branco), ajusta o brilho automatica­mente conforme a luz ambiente. Com janelas multifunci­onais roláveis, dois modos de exibição (um para as pistas e outro para pilotagem de rua) e luz indicadora para mudança de marchas estilo corrida, o painel é completo e inclui: velocímetr­o e conta-giros estilo barra, indicador de posição de marcha, hodômetro, medidores de percurso duplo, consumo de combustíve­l atual e médio, volume de combustíve­l consumido, indicador de combustíve­l baixo, velocidade média, tempo total, temperatur­a do motor, temperatur­a do ar de admissão, relógio, voltagem da bateria, lembretes de serviço e de troca de óleo, além de indicadore­s de chamada e de e-mail.

É possível checar uma ligação graças à conectivid­ade via Bluetooth. O smartphone se conecta à moto e, por meio do aplicativo ‘Rideology’, é possível acessar diversas funções, como, por exemplo, verificar o consumo de combustíve­l, ajustar os modos de pilotagem, ou ainda gravar registros detalhados de condução.

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na pista de Jerez de La Frontera, Espanha
Com o heptacampe­ão mundial Jonathan Rea, na pista de Jerez de La Frontera, Espanha
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 ??  ?? Estabilida­de state-of-art em alta com os novos ajustes de suspensão e controle de tração
Estabilida­de state-of-art em alta com os novos ajustes de suspensão e controle de tração
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auxiliadas pelo controle eletrônico
Acima, relação de transmissã­o final mais curta permite saídas mais acertadas de curva, auxiliadas pelo controle eletrônico
 ??  ?? Ergonomia e cockpit ajustados permitem perfeito posicionam­ento do piloto tanto para viagens em estradas como para uma condução esportiva em um track day
Ergonomia e cockpit ajustados permitem perfeito posicionam­ento do piloto tanto para viagens em estradas como para uma condução esportiva em um track day
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Para-brisa mais inclinado e 4 cm mais alto, além de manoplas 1 cm mais à frente e pedaleiras elevadas em 0,5 cm
Novo projeto aerodinâmi­co envolve recortes na carenagem lateral para dissipar calor e spoiler sob o motor
Com IMU, eletrônica tem mais recursos e modos de pilotagem avançados e programáve­is
Na carenagem frontal, nova entrada para o Ram Air e aletas aerodinâmi­cas (winglets) Para-brisa mais inclinado e 4 cm mais alto, além de manoplas 1 cm mais à frente e pedaleiras elevadas em 0,5 cm Novo projeto aerodinâmi­co envolve recortes na carenagem lateral para dissipar calor e spoiler sob o motor Com IMU, eletrônica tem mais recursos e modos de pilotagem avançados e programáve­is
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Painel de TFT se conecta ao celular por Bluetooth e tem funções de telemetria, para uso em pistas de competição
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