ROYAL ENFIELD SACODE O MERCADO DE MÉDIAS CILINDRADAS COM A METEOR 350
A Royal Enfield lança a Meteor 350 para a acirrada –e bem mais rentável– disputa do segmento de médias monocilíndricas
ARoyal Enfield apresentou ao mercado brasileiro no dia 6 de julho seu novo modelo de entrada à marca anglo-indiana, conforme Moto Premium antecipou no final do ano passado. Trata-se de uma naked monocilíndrica, a Meteor 350.
A motocicleta não tem nada em comum com a descontinuada e tradicional família Bullet/Classic 500. O motor é inteiramente novo e, ao contrário do vetusto meio-litro com acionamento de válvulas através de varetas da família descontinuada, atende perfeitamente às rigorosas normas antipoluição da Europa (Euro 5) e do Brasil (Promot 4/5). Tem melhor eficiência térmica e rendimento.
Trazendo para o segmento inovações como a conectividade Bluetooth com o celular e o display de navegação; o para-brisa ajustável (na versão top) e a tomada 12V para carregar eletrônicos, a Meteor 350 pode surpreender.
Ela herda o nome de uma icônica motocicleta Royal Enfield dos anos 1950. Lançada no final de 1952, a ancestral Meteor construiu em sua época reputação de desempenho superior e robustez que a atual promete honrar.
A recém-lançada Meteor 350 carrega o estilo típico da Royal Enfield, com uma pegada custom (que os americanos chamam de cruiser) e algo de retrô (como o farol redondo e os paralamas), mas com tecnologia moderna e eletrônica embarcada. Seu objetivo é reeditar a fama que a Meteor original adquiriu, entregando qualidade, performance civilizada e confiabilidade ao longo do tempo.
A Meteor foi projetada e desenvolvida pelo mesmo tarimbado time de designers e engenheiros que projetaram a exitosa linha de bicilíndricas 650 cc da marca (Interceptor e Continental GT), sediados nos dois centros técnicos avan
çados da Royal Enfield, em Chennai, no Estado indiano de Tamil Nadu, e Bruntingthorpe, na Inglaterra.
A Meteor 350 é uma motocicleta de estilo próprio e muita personalidade, que se diferencia das demais médias monocilíndricas do mercado e deve representar um salto para a evolução da marca no mercado brasileiro. Ela estará disponível em três versões –Fireball, Stellar e Supernova. Os nomes das versões aludem a corpos celestes, tal como o meteoro do modelo. A Meteor 350 será oferecida em sete cores diferentes nessas três versões de equipamento e acabamento, sempre com a mesma ciclística e motorização.
MOTOR NOVO
O motor é um monocilíndrico SOHC –comando único de válvulas no cabeçote– refrigerado a ar, com 349 cc. Gera 20,5 cv de potência máxima a úteis 6.100 rpm, e 2,75 kgf.m de torque a 4.000 rpm. Esses números não denotam proposta de esportividade, mas privilegiam a entrega de força em médias e baixas rotações, característica de pilotagem das cruisers/custons. O virabrequim é dotado de balanceador, para reduzir vibrações e proporcionar um funcionamento equilibrado e confortável, mesmo em longas permanências.
Segundo a fábrica, a Meteor 350 atinge a velocidade máxima real de 114 km/h e percorre 35,8 km com um litro, o que é um consumo excepcional para a cilindrada. Com o tanque de 15 litros de gasolina, promete autonomia na estrada acima de 400 km. Essas medições devem ser confirmadas na prática em nossa avaliação completa, a ser publicada tão brevemente quanto possível em Moto Premium.
O quadro em monotrave superior com berço duplo da
Meteor 350 transpira robustez. Foi projetado para inspirar confiança e mostrar resistência em qualquer condição de utilização. O sub-quadro traseiro, parafusado, é bastante reforçado e incorpora as pedaleiras do garupa. A motocicleta pesa, em ordem de marcha, 191 kg, o que mostra uma construção toda em aço, dimensionada para maior robustez.
A pouca altura do assento, a apenas 76,5 cm do solo, e o centro de gravidade rebaixado proporcionam facilidade de pilotagem para qualquer biotipo de motociclista, além de surpreendente estabilidade em curvas e volteios.
As suspensões são compostas por um garfo dianteiro com bengalas de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso; e dois amortecedores hidráulicos de tubo duplo com pré-carga da mola ajustável em seis posições na traseira.
As pedaleiras do piloto são ligeiramente avançadas, como pede o estilo, proporcionando pilotagem agradável
na estrada. A alavanca do câmbio de 5 marchas pode ser acionada com o calcanhar para a progressão de marchas.
Todas as versões são equipadas com as mesmas rodas de liga leve de dez raios finos. Pneus sem câmara são de série, o que resulta em maior segurança. Na frente, o aro de 19 polegadas ajuda na superação de obstáculos e sobre pisos ruins. O pneu dianteiro é 100/90-19 e o traseiro, 140/7017. São da indiana Ceat, modelos Zoom Plus, e prometem bom compromisso entre aderência e durabilidade.
A frenagem é firme, com disco dianteiro de 300 mm acionado por pinça de dois pistões, e traseiro de 270 mm com pinça de pistão solo, além de ABS de dois canais.
O acabamento é bem cuidado. O painel combina velocímetro de ponteiro com um LCD ao centro, que inclui relógio e marcha em uso. A versão top Supernova inclui para-brisa alto. O sistema de navegação funciona conectado via Bluetooth ao celular e fica em um mostrador digital menor, ao lado do instrumento principal. Um belo diferencial!