Moto Premium

A DUCATI PANIGALE V4 S INAUGURA A NOVA GERAÇÃO DOS TETRACILÍN­DROS DESMODRÔMI­COS ITALIANOS EM V

Com o novo motor Desmo de 4 cilindros em V, toda tecnologia e componente­s de última geração, a Panigale V4 S vem para apontar os novos paradigmas do segmento

- POR GUILHERME SILVEIRA

Mítica em design e desempenho. Assim é a esportiva da Ducati, a Panigale. O nome que ficou conhecido especialme­nte pelas motos de corrida, é uma homenagem ao bairro da cidade de Bolonha, na Emília-Romanha, Itália, onde foram feitas as primeiras motos da marca, o Borgo Panigale.

A linhagem Panigale cresceu sob um espectro de desenho agressivo, recheado de desempenho nos motores L2, e tecnologia massiva para segurança e controle: Panigale 899, 959, 1199... 1299. E a espera para a chegada da V4 S ao Brasil (esta uma 1.100) foi de quase dois anos, desde seu lançamento no Velho Continente.

O desenvolvi­mento da moto teve auxílio do campeão

Casey Stoner e da escuderia Ducati Corse, o que gerou como resultado uma esportiva que chega como nova referência em se tratando de moto de rua –diretament­e derivada das motociclet­as de pista.

Para este ano, a Ducati do Brasil irá trazer e montar apenas 50 unidades em Manaus (AM), por R$ 109.900,00. Vale cada centavo. Veja só do que este compacto rojão de 214 cv é capaz de fazer!

MOTOR CONHECIDO DO GP

O motor V4, intitulado Desmosedic­i Stradale (ou, em tradução direta, dezesseis válvulas com comando desmodrômi­co, em versão para uso em estradas), é realmente com

pacto. Estreito, o tetracilín­drico tem o V a 90º e é montado junto do chassi em um ângulo de 42 graus, maneira idêntica ao do motor 1.000 do qual deriva, usado na MotoGP (portanto, non-stradale…) com crescente sucesso.

Diferença maior é que este motor foi “amansado”. Traz válvulas de admissão com dutos de compriment­o variável (para maior torque em rotações mais baixas), algo auxiliado também pelo aumento de cilindrada: de 1.000 para 1.103 cc, graças ao virabrequi­m de maior curso.

Para uma moto de apenas 174 kg (peso a seco), os números são superlativ­os: 214 cv a 13.000 rpm (com corte eletrônico de rotação a 14.500 rpm), e torque de 12,6 kgfm a 10.000 rpm. A alimentaçã­o para tamanha fome por gasolina de alta octanagem é garantida por dois bicos injetores para cada um dos quatro cilindros.

Para auxiliar na distribuiç­ão de peso, além da posição de montagem diferencia­da do motor, o tanque de combustíve­l de 16 litros é vazado para baixo do assento. Segundo a Ducati, a distribuiç­ão das massas ficou ainda melhor: o peso em cima do eixo dianteiro foi de 50% para 54,5%, quando comparado com o da Panigale 1299.

Exclusivid­ades da nova V4 S em relação à “V4 tradiciona­l” (que por enquanto, não virá) são a bateria de íons de lítio –mais compacta e leve– e as rodas de alumínio forjado com três raios, da grife italiana Marchesini.

Suspensão Öhlins com ajustes eletro-hidráulico­s dos

mais diversos (pelo punho esquerdo) também fazem parte do exclusivo pacote S.

A superespor­tiva inaugura a nova geração de freios de topo da Brembo, Stylema M-4, com pastilhas monobloco de quatro pistões, fixadas radialment­e, atuando em discos duplos dianteiros de 330 mm; e um disco simples de 245 mm na traseira. Como esperado, a resposta às frenagens é mais do que precisa e direta.

Diante de tamanha fonte de energia, a posição de pilotagem ficou mais agressiva, com o piloto ainda mais inclinado sobre os punhos, junto de um tanque mais largo –afinal, a moto tem a largura necessária para acomodar um cilindro extra em relação às suas “irmãs” de motores V2.

Com ciclística afiada, junto de toda eletrônica embarcada, a Ducati ficou ainda mais compacta e “obediente” às frenagens, trocas de direção e especialme­nte, tolerante dian

te de eventuais erros do piloto. Sistema de trocas quickshift para subir ou descer marchas também é item de série.

A Panigale V4 S vem com ABS de curva, sistema que permite frear com a moto inclinada sem perda de trajetória; controle de tração, controle de empinada, de derrapagem da roda traseira e até mesmo controle de atuação do freio-motor e de largada. Ou seja, é controle de sobra, mas mesmo assim, pilotos “pro” podem desligar todos eles.

Aí, porém, haja braço para domar esta fera “no pelo”! Quem ainda procura por mais desempenho, exclusivid­ade e visual, pode optar pelo acessório original trazido pela Ducati: um sistema de escapament­o Akrapovic em titânio, que fornece 12 cv extras e 6 kg a menos.

Tá bom ou precisa mais? Goste ou não desta “macchina”, o fato é que ela chega como referência na classe. E tão já não deve surgir uma esportiva à altura da Panigale V4 S.

 ??  ??
 ??  ?? Na pista, em fotos de fábrica: desempenho de moto especial
Na pista, em fotos de fábrica: desempenho de moto especial
 ??  ??
 ??  ?? Monobraço traseiro e escape integrado ao perfil
aerodinâmi­co marcam o design da Panigale V4 S
Monobraço traseiro e escape integrado ao perfil aerodinâmi­co marcam o design da Panigale V4 S
 ??  ?? Todos os controles eletrônico­s de desempenho e segurança podem ser desligados para uma pilotagem “raiz”, inclusive o sistema anti-wheeling
Todos os controles eletrônico­s de desempenho e segurança podem ser desligados para uma pilotagem “raiz”, inclusive o sistema anti-wheeling
 ??  ??
 ??  ?? Carenagem desenhada em túnel de vento e faróis em LED
Carenagem desenhada em túnel de vento e faróis em LED
 ??  ?? Rabeta vazada e alta; estreita, mesmo com 4 cilindros
Rabeta vazada e alta; estreita, mesmo com 4 cilindros
 ??  ?? Uma moto de corridas, para as estradas
Uma moto de corridas, para as estradas
 ??  ?? Bengalas com regulagem eletrônica por botão no punho
Bengalas com regulagem eletrônica por botão no punho
 ??  ?? Garfo Öhlins eletrônico; pinças de última geração Brembo
Garfo Öhlins eletrônico; pinças de última geração Brembo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil