Volvo XC60 D5
O novo Volvo XC60 D5, com motor a diesel, chega para completar a linha da marca. E gera uma dúvida: vale a pena comprá-lo ou melhor investir um pouco mais e levar a configuração híbrida?
O motor a diesel até parece a gasolina – mas vale a pena diante da opção híbrida?
Compradores de veículos de alguns nichos específicos do mercado, como o de SUVs premium, têm muitas dúvidas ao analisar as versões híbridas recém-chegadas ao mercado brasileiro. A linha 2020 do SUV médio XC60 é uma das novidades que pode nos ajudar a responder a pergunta. Afinal, é melhor investir R$ 275.950 em um XC60 Momentum D5, a diesel, ou pagar R$ 299.950 por um XC60 T8, um híbrido plug-in (recarregável na tomada)?
Depois de rodar mais de 300 quilômetros com uma versão a diesel, nossa resposta é bastante
simples: você deve escolher a versão conforme os trajetos que mais percorre, pois o nível de acabamento e tecnológico das configurações é praticamente igual, assim como a tração 4x4. Já em termos de diferenças visuais, pouco muda: alguns materiais internos, o estilo das rodas e, no caso do T8 R-Design, que tem apelo mais esportivo, as saias laterais e outros pequenos detalhes.
De modo sucinto, o XC60 a diesel é mais recomendável para quem viaja quase todo fim de semana – mesmo que seja aquele “bate-volta” em sua casa de veraneio no interior ou no litoral, coisa de pelo menos uma centena de quilômetros ou mais. Em nossas medições, a versão D5 Momentum fez boas médias rodoviárias de 14,5 km/l – que resultaria em uma excelente autonomia, de 1029 km,
com o tanque de 71 litros abastecido. Na cidade, porém, sua média de consumo caiu para “péssimos” 10 km/l – ou, como mostra o computador de bordo, 10 litros por 100 quilômetros. Vale destacar que rodamos sempre com o ar-condicionado ligado e duas pessoas a bordo em todas as condições de avaliação, tanto na cidade quanto na estrada.
Por outro lado, para que roda mais no trânsito urbano durante a semana, e deixam o carro normalmente estacionado nos finais de semana, o XC60 híbrido passa a fazer valer o investimento adicional, mesmo custando quase R$ 25 mil a mais. Na cidade, conseguimos registrar uma ótima média de 19,2 km/litro, praticamente o dobro do que alcançamos com a versão a diesel. Já em rodovias, o consumo dessas duas versões é praticamente o mesmo – mas lembre-se que o litro do diesel custa menos que o da gasolina, e isso garante uma economia extra.
Em qualquer um dos cenários, dá para ativar os sistemas semiautônomos. Tanto o T8 quanto o D5 têm o Pilot Assist, capaz de dirigir o carro sozinho, seja em congestionamentos, seja por breves períodos na estrada (funciona a até 130 km/h, mas não faz curvas fechadas). O recurso deixa tempo livre para o motorista desfrutar da cabine, com sua elegante (porém não tão funcional) tela central que concentra os comandos, e seu design clean, com acabamento no nível do visto nos rivais diretos – Mercedes GLC, BMW X3, Audi Q5, Land Rover Discovery Sport e Jaguar F-Pace.
A cabine tem um design clean, com poucos botões e principais funções concentradas na tela central. O espaço é amplo, e o nível de ruído na cabine é baixo, mesmo sendo a diesel