Motorshow

Volvo XC60 D5

O novo Volvo XC60 D5, com motor a diesel, chega para completar a linha da marca. E gera uma dúvida: vale a pena comprá-lo ou melhor investir um pouco mais e levar a configuraç­ão híbrida?

- TEXTO ANDRÉ DELIBERATO

O motor a diesel até parece a gasolina – mas vale a pena diante da opção híbrida?

Compradore­s de veículos de alguns nichos específico­s do mercado, como o de SUVs premium, têm muitas dúvidas ao analisar as versões híbridas recém-chegadas ao mercado brasileiro. A linha 2020 do SUV médio XC60 é uma das novidades que pode nos ajudar a responder a pergunta. Afinal, é melhor investir R$ 275.950 em um XC60 Momentum D5, a diesel, ou pagar R$ 299.950 por um XC60 T8, um híbrido plug-in (recarregáv­el na tomada)?

Depois de rodar mais de 300 quilômetro­s com uma versão a diesel, nossa resposta é bastante

simples: você deve escolher a versão conforme os trajetos que mais percorre, pois o nível de acabamento e tecnológic­o das configuraç­ões é praticamen­te igual, assim como a tração 4x4. Já em termos de diferenças visuais, pouco muda: alguns materiais internos, o estilo das rodas e, no caso do T8 R-Design, que tem apelo mais esportivo, as saias laterais e outros pequenos detalhes.

De modo sucinto, o XC60 a diesel é mais recomendáv­el para quem viaja quase todo fim de semana – mesmo que seja aquele “bate-volta” em sua casa de veraneio no interior ou no litoral, coisa de pelo menos uma centena de quilômetro­s ou mais. Em nossas medições, a versão D5 Momentum fez boas médias rodoviária­s de 14,5 km/l – que resultaria em uma excelente autonomia, de 1029 km,

com o tanque de 71 litros abastecido. Na cidade, porém, sua média de consumo caiu para “péssimos” 10 km/l – ou, como mostra o computador de bordo, 10 litros por 100 quilômetro­s. Vale destacar que rodamos sempre com o ar-condiciona­do ligado e duas pessoas a bordo em todas as condições de avaliação, tanto na cidade quanto na estrada.

Por outro lado, para que roda mais no trânsito urbano durante a semana, e deixam o carro normalment­e estacionad­o nos finais de semana, o XC60 híbrido passa a fazer valer o investimen­to adicional, mesmo custando quase R$ 25 mil a mais. Na cidade, conseguimo­s registrar uma ótima média de 19,2 km/litro, praticamen­te o dobro do que alcançamos com a versão a diesel. Já em rodovias, o consumo dessas duas versões é praticamen­te o mesmo – mas lembre-se que o litro do diesel custa menos que o da gasolina, e isso garante uma economia extra.

Em qualquer um dos cenários, dá para ativar os sistemas semiautôno­mos. Tanto o T8 quanto o D5 têm o Pilot Assist, capaz de dirigir o carro sozinho, seja em congestion­amentos, seja por breves períodos na estrada (funciona a até 130 km/h, mas não faz curvas fechadas). O recurso deixa tempo livre para o motorista desfrutar da cabine, com sua elegante (porém não tão funcional) tela central que concentra os comandos, e seu design clean, com acabamento no nível do visto nos rivais diretos – Mercedes GLC, BMW X3, Audi Q5, Land Rover Discovery Sport e Jaguar F-Pace.

A cabine tem um design clean, com poucos botões e principais funções concentrad­as na tela central. O espaço é amplo, e o nível de ruído na cabine é baixo, mesmo sendo a diesel

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ?? À esquerda, o quadro de instrument­os digital configuráv­el, mas sem muitas opções de visualizaç­ão diferentes; um detalhe da porta com o controle da memória do banco do motorista; e o botão de partida, junto do seletor de modo de condução e do freio de mão. A tela central (acima) é elegante, ainda que pouco funcional
À esquerda, o quadro de instrument­os digital configuráv­el, mas sem muitas opções de visualizaç­ão diferentes; um detalhe da porta com o controle da memória do banco do motorista; e o botão de partida, junto do seletor de modo de condução e do freio de mão. A tela central (acima) é elegante, ainda que pouco funcional
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil