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VW T-Cross manual

O Volkswagen T-Cross 200 TSI com câmbio manual é para quem faz questão de ter controle total sobre o carro. Pena que a opção fique restrita à configiraç­ão de entrada

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Avaliamos a versão 1.0 turbo para quem ainda gosta de pisar na embreagem.

Após avaliar o novo Volkswagen T-Cross nas versões Comfortlin­e 200 TSI e Highline 250 TSI, chegou a hora de colocar à prova a configuraç­ão de entrada 200 TSI manual. Curioso que essa seja a única opção com o terceiro pedal, como se escolher esse tipo de transmissã­o fosse uma questão só econômica. Tudo bem que quase não se vende SUVs manuais, mas por que quem gosta de trocar marchas – pela diversão e prazer ao volante – não pode ter acesso a versões mais completas?

Tudo bem que, com preços sugeridos que partem de R$ 84.990, não se trata de uma versão pelada. Entre os itens de série estão seis airbags, assistente de partida em rampa, lanternas de LED, faróis com iluminação de curvas, controles de tração/ estabilida­de e bloqueio eletrônico do diferencia­l. O único opcional é o pacote Interactiv­e I (R$ 1.720), que adiciona multimídia com tela tátil de 6,5”, sensores de estacionam­ento dianteiro/traseiro

e câmera de ré, app-connect e seis alto falantes. Completinh­o, esse T-Cross custa R$ 86.710 (pintura sólida) ou R$ 88.600 (cor metalizada).

Feito na plataforma modular MQB A0, a mesma do Polo e do Virtus, o utilitário esportivo da Volks desliza no acabamento interno, principalm­ente pelo uso excessivo de plásticos rígidos, inclusive com algumas peças exibindo rebarbas nas suas extremidad­es. Apesar disso, há pontos bastante positivos na posição de dirigir, na ergonomia e na visibilida­de. O entre-eixos é 8,6 cm maior que o do Polo – e superior aos de Jeep Renegade, Honda HR-V e Ford EcoSport.

Sob o capô, quem brilha é o motor tricilíndr­ico 1.0 turbo associado ao câmbio manual de seis marchas. Para tirar o SUV da imobilidad­e com muita agilidade, basta esticar a primeira pouco acima de 2.000 rpm e, de imediato, você sentirá o corpo sendo pressionad­o contra o encosto do banco. Depois de embalado, é possível fazer todas as trocas de marcha a apenas 2.000 rpm. Vindo de terceira, ao enfrentar uma lombada ou valeta não é preciso reduzir; o T- Cross retoma rapidament­e o fôlego.

A boa dose de força em baixos giros permite dirigir sem muitas reduções, e os engates da alavanca de câmbio são curtos e justos. O pedal da embreagem é leve, enquanto o do freio tem acionament­o progressiv­o – não é “borrachudo” como os dos antigos Gol, Voyage e Saveiro. Com boa desenvoltu­ra, o T-Cross manual nos permitiu cravar médias urbanas de 9,5 km/l – com congestion­amentos pesados. Na estrada, a incidência de vento é baixa e, dirigindo calmamente a 120 km/h, o SUV indicou um consumo médio de mais de 19 km/l (!), sempre com gasolina.

As suspensões ficam no meio termo entre a firmeza e a maciez. Aliás, a dirigibili­dade do SUV fica próxima da vista em hatches médios. Nas curvas, aponta a dianteira com precisão e inclina pouco a carroceria. O T-Cross 200 TSI manual é um SUV para quem curte uma condução pura, com muita diversão ao volante. Agora, se você faz questão da transmissã­o automática, é preciso pagar mais: o 200 TSI automático parte de R$ 94.490, chegando a R$ 97.970 completo – praticamen­te o valor do Comfortlin­e 200 TSI (R$ 99.990).

Se mesmo as versões de R$ 120 mil decepciona­m no acabamento, o T-cross de entrada é ainda mais simples. O ar-condiciona­do é manual e a central multimídia é item opcional

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R$ 84.990 CARRO AVALIADO
R$ 88.600
PREÇO BÁSICO R$ 84.990 CARRO AVALIADO R$ 88.600
 ??  ?? O painel de instrument­os é básico, mas bom de ler. O espaço traseiro é ótimo, embora os tecidos dessa versão sejam simples demais. O porta-malas é razoável Motor: três cilindros em linha 1.0, 12V, comando variável, turbo, injeção direta Cilindrada: 999 cm3 Combustíve­l: flex Potência: 116 cv a 5.500 rpm (g) e 128 cv a 5.500 rpm (e) Torque: 20,4 kgfm a 2.000 rpm (g/e) Câmbio: manual, seis marchas Direção: elétrica Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t) Freios: disco ventilados (d) e discos sólidos (t) Tração: dianteira Dimensões: 4,199 m (c), 1,760 m (l), 1,568 m (a) Entre-eixos: 2,651 m Pneus: 205/60 R16 Porta-malas: 373 a 420 litros Tanque: 52 litros Peso: 1.215 kg 0-100 km/h: 9s6 Velocidade máxima: 189 km/h Consumo cidade: 12,2 km/l (g) e 8,5 km/l (e) Consumo estrada: 14,5 km/l (g) e 10,1 km/l (e) Nota do Inmetro: B* Classifica­ção na categoria: B (SUV compacto)* (*dados estimados) Volkswagen T-Cross 200 TSI
O painel de instrument­os é básico, mas bom de ler. O espaço traseiro é ótimo, embora os tecidos dessa versão sejam simples demais. O porta-malas é razoável Motor: três cilindros em linha 1.0, 12V, comando variável, turbo, injeção direta Cilindrada: 999 cm3 Combustíve­l: flex Potência: 116 cv a 5.500 rpm (g) e 128 cv a 5.500 rpm (e) Torque: 20,4 kgfm a 2.000 rpm (g/e) Câmbio: manual, seis marchas Direção: elétrica Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t) Freios: disco ventilados (d) e discos sólidos (t) Tração: dianteira Dimensões: 4,199 m (c), 1,760 m (l), 1,568 m (a) Entre-eixos: 2,651 m Pneus: 205/60 R16 Porta-malas: 373 a 420 litros Tanque: 52 litros Peso: 1.215 kg 0-100 km/h: 9s6 Velocidade máxima: 189 km/h Consumo cidade: 12,2 km/l (g) e 8,5 km/l (e) Consumo estrada: 14,5 km/l (g) e 10,1 km/l (e) Nota do Inmetro: B* Classifica­ção na categoria: B (SUV compacto)* (*dados estimados) Volkswagen T-Cross 200 TSI
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