Motorshow

COMO ANDA O MERCADO DE LUXO

Em meio a um cenário brasileiro de desconfian­ça, o segmento de automóveis premium encontra o seu público

- TEXTO RAFAEL POCI DÉA

Oclima de incertezas sobre a economia e o cenário político brasileiro é visto com grande preocupaçã­o. Em rota oposta, segundo a consultori­a Bain & Company, o mercado de luxo cresceu 5% no ano passado, com faturament­o de 1,2 bilhão entre serviços e produtos. Um segmento composto, principalm­ente pela Classe A, formada por pessoas com renda mensal superior a 15 salários mínimos, de acordo com o IBGE.

Essa parte da população vive em um mundo à parte, consumindo roupas de grifes, joias e automóveis premium. O último levantamen­to da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuiç­ão de Veículos Automotore­s) apontou que, de janeiro a maio, a BMW totalizou 4.669 unidades licenciada­s, compartici­pação de 0,53% no mercado total. Com fábrica em Araquari (SC), seu modelo mais comerciali­zado feitos no Brasil é o X1– que teve 418 unidades emplacadas no quinto mês deste ano e um total de 1.534 carros licenciado­s nos primeiros cinco meses. A marca também participa do mercado de motociclet­as, com sua divisão Motorrad, que se sai até melhor que a de automóveis, com 0,85% de participaç­ão.

Também com producão em solo brasileiro, a Mercedes-Benz soma 4.109 veículos vendidos no mesmo período (0,46% de participaç­ão). Entre os modelos mais comerciali­zados estão o Classe C (1.044 unidades) e o SUV GLA (1.100) – ambos feitos na fábrica de Iracemápol­is (SP).

Outra alemã com operações locais é a Audi, mas ela deixou de produzir o Q3 em São José dos Pinhais (PR) no início da ano. O principal motivo está na chegada da nova geração, importada, que estreia este ano. As vendas do Q3 atual seguem até acabarem os estoques. Outro Audi, o A3 Sedan, também dará adeus à atual geração até 2021 (somou 1.191 unidades licenciada­s neste ano). A Audi tem 0,38% de participaç­ão no mercado brasileiro.

Outra marca que agrada às classes privilegia­das é a Land Rover, cuja fábrica de Itatiaia (RJ) é responsáve­l atualmente pela fabricação dos SUVs Evoque e Discovery Sport. O primeiro troca de geração neste ano – e deve continuar sendo fabricado no Brasil. Já o Discovery Sport teve 1.105 veículos vendidos. Embora não tenha fábrica em terras tupiniquin­s, a Volvo tem participaç­ão de 0,33% em nosso mercado Ou seja, a Volvo está à frente da Land Rover (que tem 0,26%). Dois modelos são responsáve­is pelo desempenho do fabricante sueco: XC40 e o XC60, que somam 1.029 e 1.220 unidades licenciada­s, respectiva­mente.

Mas não só de utilitário­s esportivos vive o mercado: entre os esportivos, destaque para o Ford Mustang (180 unidades no quadrimest­re), seguido do rival Chevrolet Camaro (76), do Porsche 718 Boxster (133) e do BMW M2 (42).

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