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Renault Kwid Outsider

Demorou, mas o Renault Kwid Outsider chegou. E essa versão aventureir­a do “SUV dos compactos” estreia também uma importante mudança mecânica

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Estreia a nova versão topo de linha do subcompact­o, de visual aventureir­o.

ORenault Kwid Outsider surgiu ainda como conceito em 2016, na primeira aparição do subcompact­o no Salão de Buenos Aires. Depois, foi exibido no Salão de São Paulo, para agora, enfim, estrear em nosso mercado. A versão aventureir­a do hatch que a marca já chamava de “SUV dos compactos” estreia por R$ 43.990 e traz apliques nos parachoque­s, novas molduras dos faróis de neblina, logotipos nas portas, proteções laterais e barras longitudin­ais decorativa­s no teto. As calotas em preto brilhante também são exclusivas.

No interior, o visual descolado aparece nos detalhes em laranja no volante, nas laterais de

portas e no pomo de câmbio. Essa mesma cor está no tecido dos bancos, e ainda há um easter egg (surpresa) no console central. O sistema multimídia tem tela de 7”, com interface intuitiva, respostas rápidas e Android Auto/Apple CarPlay. Como nas versões Life, Zen e Intense, essa topo de linha Outsider fica devendo ajustes de altura do banco do motorista ou da coluna de direção.

As suspensões não foram elevadas, pois um dos pontos altos do Kwid sempre foram os excelentes 18 cm de vão livre do solo, além dos 24° de ângulo de ataque e 40° de saída (que o qualificam como SUV, na classifica­ção técnica do PBEV-Inmetro). O petit Renault encara valetas e lombadas sem medo e transmite um comportame­nto ágil graças ao motor tricilíndr­ico 1.0 12V associado ao câmbio manual de cinco marchas. Embora seja 20 kg mais pesado que a versão Intense (786 kg), as arrancadas são

boas. Mas bem que o câmbio podia ser mais justo e preciso, principalm­ente no engate da primeira marcha – que fica muito próxima da terceira.

Não tão elogiados eram seus freios, mas agora eles têm discos frontais ventilados no lugar dos sólidos, além de servofreio maior. A novidade será adotada no resto da linha, e contribui para frenagens bem mais eficientes. Já a direção elétrica ajuda a tornar mais agradável a dirigibili­dade urbana. Segundo o Inmetro, o Kwid Outsider faz 9,3 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com etanol e 13,8 km/l e 14,4 km/l, respectiva­mente, com gasolina. Para comparação, o Kwid Intense roda 10,3 km/l na cidade e 10,8 na estrada com etanol e 14,9 e 15,6 km/l, respectiva­mente, com gasolina. O maior consumo é parte do preço a se pagar pelo visual diferente.

Falando nisso, o novo Outsider custa exatos R$ 2.100 mais que a versão Intense. O rival Fiat Mobi Way com o mesmo nível de equipament­os – mas sem Android Auto e Apple CarPlay – sai por R$ 46.800. A novidade é um bom negócio, e deve representa­r 15% a 20% das vendas do modelo.

Pena que essa demora toda para chegar tenha feito o Outsider estrear quase junto da primeira reestiliza­ção do subcompact­o no mercado indiano, com linhas inspiradas no elétrico City K-ZE, mostrado no Salão de Xangai. O alívio é que sua chegada por aqui ainda deve demorar, pois o Kwid tem apenas dois anos de estrada no Brasil.

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 ??  ?? Os bancos dianteiros tem bordados alusivos à versão e, assim como os traseiros, têm tecido diferente, com partes em laranja. O espaço interno é limitado, mas ainda assim maior que no rival Fiat Mobi Way
Os bancos dianteiros tem bordados alusivos à versão e, assim como os traseiros, têm tecido diferente, com partes em laranja. O espaço interno é limitado, mas ainda assim maior que no rival Fiat Mobi Way
 ??  ?? As rodas são pintadas de preto e o rack de teto é enfeite: um aviso diz que não pode carregar peso
As rodas são pintadas de preto e o rack de teto é enfeite: um aviso diz que não pode carregar peso

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