Ford Ka FreeStyle
O Ford Ka FreeStyle estreia o motor 1.0 com preço convidativo e boa dirigibilidade. É um carro urbano, mas com suspensões elevadas
Agora também 1.0, o compacto de suspensão elevada ficou mais atraente.
Para ver o que mudou na linha 2020 do Ford Ka FreeStyle é preciso abrir seu capô: lá está o motor tricilíndrico 1.0 TiVCT, que chega alternativa mais barata e econômica ao Dragon 1.5. Baseado na versão SE Plus (R$ 49.050), esse aventureiro “mil” custa R$ 56.690 e vai enfrentar rivais como o recém-lançado Fiat Argo Trekking 1.3 (R$ 58.990 iniciais, R$ 61.280 completinho) e Chevrolet Onix Activ. O apelo fora de estrada segue o DNA dos FreeStyle, que nasceram e sempre fizeram muito sucesso no EcoSport. Há molduras plásticas na carroceria, grade frontal e rodas em cinza perolizado, rack de teto para 50 kg de carga, máscara negra nos faróis e suspensão elevada.
Embora menos potente que o Argo Trekking – 23 cv a menos com etanol – o Ka tem comportamento ágil. Mesmo sem modificações mecânicas, o propulsor 1.0 Ti-VCT com duplo comando variável assegura desenvoltura acima de 2.500 rpm. O câmbio manual de cinco marchas tem engates leves, curtos e precisos. Segundo a Ford, a caixa possui dupla sincronização na primeira, na segunda, na terceira e marcha à ré, além de tratamento de retífica nas engrenagens da segunda e da terceira marchas e na coroa do diferencial.
As suspensões, elogiáveis, têm molas e amortecedores específicos, e o eixo traseiro é 30% mais rígido, com bitola e diâmetro da barra estabilizadora maiores (30 e 23 mm, respectivamente). A altura do solo é de 18,8 cm (21 no Argo), permitindo passar sem esforços por lombadas e valetas. A caixa de direção bem progressiva ao esterço têm Pull Drift Compensation (PDC), que compensa variações da suspensão, vento e inclinação da pista, e o Active Nimble Control (ANC), que atenua vibrações causadas por desbalanceamentos. Ainda há controle de estabilidade, sistema anticapotamento e isofix.
A cabine do Ka tem isolamento acústico bom, mas os ruídos da rolagem dos pneus 185/60 R15 e do vento incomodam um pouco – nada que desabone o compacto. O interior tem painel marrom, teto preto, bancos com revestimento que mistura couro e tecido (o do motorista confere boa posição de dirigir), tapetes de borracha em formato de bandeja (“guardam” melhor a sujeira), soleiras com a inscrição FreeStyle e a ótima central multimídia SYNC 2.5 com tela de 7” sensível ao toque e conectividade (e ótima integração) com Android Auto e Apple CarPlay.
Enfim, um pacote convidativo, R$ 7.400 mais barato que o FreeStyle 1.5 manual. Com boa lista de equipamentos, visual descolado e agradável ao volante, tem tudo para agradar quem busca um carro urbano, mas com uma dose extra de robustez para encarar buracos ou estradinhas de terra.