VW Jetta 250 TSI
Versão de entrada da linha, o Volkswagen Jetta 250 TSI se destaca pela combinação de boa lista de equipamentos e mecânica das versões mais caras
A versão básica do sedã médio é bem equipada e tem excelente custo-benefício.
OVolkswagen Jetta 250 TSI soa como uma daquelas promoções malucas, que nos levam a compras impensadas. Para ficar na mesma marca, pelos mesmos R$ 99.990 pedidos pelo recém-lançado SUV compacto T-Cross Comfortline 1.0 TSI, é possível levar para casa o sedã médio – que, mesmo na versão de entrada, ainda se destaca por ter (muito) mais espaço interno e o mais potente motor 1.4 TSI.
De olho na relação custo-benefício, a fórmula da Volkswagen para o sedã importado do México foi conservar o conjunto mecânico das versões de mais de R$ 100 mil – composto pelo motor 1.4 TSI flex de 150 cv e pelo câmbio automático de seis marchas —, porém combinado a uma lista de equipamentos mais enxuta. Saem de cena itens como os faróis de neblina e partida por chave presencial, e as rodas de liga leve são de 16” (têm aro 17 nas mais caras). Mesmo assim, o Jetta 250 TSI está muito longe de ser um carro básico. Os airbags laterais e de cortina seguem presentes,
assim como os faróis de LED, o ar-condicionado digital de duas zonas e os sensores de chuva e crepuscular. O (excelente) sistema multimídia Discover Media – compatível com Android Auto e Apple CarPlay – das versões mais caras também é mantido nessa versão, mas perde o par de tweeters nas colunas dianteiras.
No interior, embora a Volks tenha preservado os materiais macios ao toque, a primeira impressão é de que você está dentro de um Virtus: os bancos em tecido têm aspecto simples e o volante – ainda que multifuncional – não tem revestimento em couro e fica abaixo do que se espera de um sedã médio. Como já disse, um dos pontos fortes da cabine desse Jetta básico é o espaço interno, com boa área para as pernas dos passageiros
do banco traseiro – embora o túnel central seja bem pronunciado – e um porta-malas que acomoda até 510 litros. Outro está na posição de dirigir: o banco ajustável em altura e a coluna de direção regulável em altura e profundidade permitem ao motorista se acomodar facilmente no carro.
Ao volante, o Jetta preserva as qualidades já conhecidas em outros modelos montados sobre a plataforma MQB, como o Golf e o Jetta. A direção com assistência elétrica é leve em manobras e precisa em altas velocidades e o sistema de suspensão tem acerto bem equilibrado – e ainda mais voltado ao conforto do que nas configurações mais caras, graças aos pneus mais borrachudos. Características que deixaram o sedã médio mais próximo do Toyota Corolla do que do mais esportivo Honda Civic. Já o conjunto motriz tem desempenho condizente com a proposta do modelo. Apesar do lag em baixas rotações incomodar um pouco no uso urbano, na estrada chama atenção pelo funcionamento suave e pelo bom fôlego em retomadas.
Então, se as versões completas do Jetta já chamam a atenção pelo bom pacote, essa configuração 250 TSI torna o sedã médio ainda mais interessante. Pode não ser tão equipada, mas ainda entrega bastante – e tem a mesma mecânica.
O painel dessa versão básica é bastante simples, lembrando do do irmão menor Polo, mas a posição de dirigir é ótima e o espaço interno é amplo. Os bancos são de tecido