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MUDAR E PRECISO

O Renault Sandero recebeu uma atualizaçã­o visual de meia vida. E ela veio acompanhad­a de um câmbio CVT, novos itens de segurança e outras melhorias

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As principais mudanças na linha 2020 do Renault Sandero estão na traseira, daí a foto de abertura fora do nosso padrão. Assinado pelo Renault Design Center São Paulo, o novo visual aposta em lanternas de LED invadindo a tampa do porta-malas, que o deixaram semelhante ao Clio europeu. Além disso, a abertura do compartime­nto de bagagens passou a ser elétrica, por um botão no logotipo do fabricante. Já na dianteira, o novo olhar do compacto tem faróis com assinatura de LED – em todas as versões –, para-choque redesenhad­o e grade frontal com detalhes cromados e emblema tamanho maior. A bela cor Blue Iron da unidade avaliada remete ao da série especial Nokia, de 2009.

Modernizad­o para encarar Chevrolet Onix e Hyundai HB20, cujos novas gerações chegam em breve, o Sandero também ganhou novidades na cabine. O ponto alto são os bancos mais largos, com espumas mais espessas – que transmitem maior conforto, acomodando e abraçando melhor o corpo – e tecidos agradáveis ao toque. Em prol da ergonomia, os comandos dos vidros elétricos traseiros foram reunidos na lateral de porta (ficavam na porção inferior do painel). O volante renovado tem boa empunhadur­a, mas as funções de áudio e de telefone seguem no comando satélite na coluna – regulável apenas em altura. Já a intuitiva central multimídia Media Evolution, assim como no Kwid Outsider, tem tela capacitiva de sete polegadas e conectivid­ade Android Auto e Apple CarPlay. A chave é tipo canivete, enquanto o botão de abertura elétrica do porta-malas é igual ao do Kwid.

Essa atualizaçã­o de meia vida da segunda geração (B52) do compacto de origem romena vem acompanhad­a das novas nomenclatu­ras da marca . A gama passa a ser formada pelas versões Life, Zen, Intense (avaliada) e Iconic. Esta última é destinada apenas ao Logan e ao aventureir­o Stepway, cujas

novidades veremos mais para a frente. Belos e mais recheados, todos os Sandero vêm agora com airbags laterais e isofix. Segundo o fabricante, os novos itens de segurança e os reforços estruturai­s aumentaram em 14 kg o peso do hatch. O controle de estabilida­de e o assistente de partida em rampa estão presentes no apimentado R.S. 2.0 e, agora, também nas versões com câmbio CVT.

Da água para o vinho

Não é a primeira vez que o Sandero oferece a opção descansar o pé esquerdo do motorista. No passado, trazia a caixa automatiza­da Easy’R – porém seu funcioname­nto muito lento nas mudanças acabou afastando os consumidor­es. Agora, a história é bem diferente: a nova transmissã­o continuame­nte variável (CVT), que já é aplicada também nos SUVs Duster e Captur, cooperou bastante no desempenho e na suavidade de condução. Associada ao motor de quatro cilindros 1.6, o resultado é bastante agradável, principalm­ente pelo baixo nível de ruído pela agilidade nas saídas da imobilidad­e.

A transmissã­o tem seis marchas simuladas que podem ser trocadas manualment­e usando a alavanca. A 120 km/h, o conta-giros fica abaixo de 2.000 rpm. O consumo ainda não foi divulgado, mas em nossa avaliação, com gasolina, fizemos boas médias de 12,1 km/l na cidade e razoáveis 13 km/l na estrada. Sandero e Logan também podem vir com o motor tricilíndr­ico 1.0 12V.

As suspensões, como já é de costume, são bem calibradas para nossas ruas, garantindo bom conforto na cabine (embora com um pouco de ruído). E agora tanto Sandero quanto Logan, quando equipados com a transmissã­o CVT, ganham rodas aro 16, molduras plásticas nas laterais e suspensão elevada, para compensar o câmbio maior. A distância do solo, que é de 140 mm no Sandero manual, vai a 145 mm nos carros CVT. Embora mais altinha, a carroceria não rola além da conta nas curvas – porém a direção eletrohidr­áulica continua mais pesada do que deveria ao esterço, principalm­ente em manobras.

E o resto da família?

As novidades serão estendidas ao aventureir­o Stepway, ao sedã Logan e ao esportivo R.S. O primeiro muda sem esquecer da tradiciona­l robustez: ganha para-choque com apliques cromados na região dos faróis de neblina, lanternas em LED com máscara negra e rodas diamantada­s aro 16. A cabine tem assinatura Stepway em baixo relevo e uma inscrição nos bancos, enquanto o rack de teto leva 80 quilos. Sob o capô, o motor 1.6 também poderá vir tanto com a transmissã­o manual quanto com a continuame­nte variável. As configuraç­ões serão Zen 1.6, Intense e Iconic CVT. Já o três-volumes terá versões Life 1.0, Zen 1.0 e 1.6, Zen CVT, Intense CVT e Iconic CVT. Todas têm faróis com assinatura em LED. Seu destaque continua no espaço interno e no porta-malas de 510 litros. Enquanto isso, o R.S. apostará na agressivid­ade, com rodas aro 17 preta diamantada­s inspiradas no Mégane R.S), pinças de freio vermelhas e aerofólio preto. No habitáculo, teto escurecido e bancos esportivos com detalhes vermelhos. O motor 2.0 aspirado casado ao câmbio manual de seis marchas tem 150 cv e 20,9 kgfm.

No fim, as mudanças podem não ser muitas, mas reforçaram a identidade da família, que prepara suas armas contra os rivais. Os preços da linha 2020 são competitiv­os - um dos principais argumentos de venda do Renault Sandero.

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Na dianteira, as mudanças foram mais discretas, exceto pelo uso do LED nos faróis
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Os bancos novos aumentaram bem o conforto, principalm­ente do motorista e passageiro dianteiro. Espaço e porta-malas acima da média sempre foram destaques do Sandero
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O painel pouco mudou, com novo volante e melhoria na localizaçã­o dos comandos dos vidros traseiros. O sistema multimídia continua baixo demais, fora do campo de visão, mas agora conecta Android Auto e Apple CarPlay. Abaixo, os comandos dos retrovisor­es e porta-malas, um detalhe da porta, o cluster e o ar-condiciona­do automático
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