Motorshow

Todos contra o Jeep Compass

O SUV líder de vendas Jeep Compass é desafiado por Honda HR-V Touring, Peugeot 3008 e VW T-Cross Highline

- TEXTO FLÁVIO SILVEIRA FOTOS ROBERTO ASSUNÇÃO

O Jeep Compass com motor flex chega à linha 2020 e é desafiado pelo Honda HR-V Touring, enfim turbinado, pelo Peugeot 3008 em versão mais acessível e pelo VW T-Cross Highline – que se saiu muito bem diante dos compactos e agora enfrenta estes SUVs (quase) médios

Modelo mais vendido da marca Jeep no Brasil e no mundo, o Compass por um bom tempo reinou quase sozinho em nosso mercado, consideran­do sua faixa de preços e tamanho. Com 4,41 m de compriment­o, fica entre os SUVs compactos e os médios – se é que essa linha pode ser delimitada facilmente (pois se o VW T-Cross é 21 cm mais curto que o Jeep no compriment­o, tem distância entre-eixos até maior). De qualquer forma, agora novos rivais – e um conhecido em nova versão – desafiam o SUV que foi campeão de vendas em 2017 e 2018 (e também no mês passado). Mirando bem no líder, seguem-no em seus acertos, mas não em seus erros.

O Honda HR-V, um dos maiores entre os SUVs chamados compactos, e também bicampeão de vendas da categoria (2015-2016), estreia enfim o motor turbo na versão Touring, de R$ 140 mil. Enquanto isso, o Peugeot 3008, Compra do Ano MOTOR SHOW 2019, pelo mesmo valor, chega na opção Allure. Por fim, se por R$ 110 mil o VW T-Cross Highline mostrou algumas belas vantagens em relação aos demais compactos, como será que ele se sai aqui, com todos seus opcionais, por R$ 128 mil?

Vale lembrar que esta é uma faixa do mercado em que a Volkswagen ainda oferece a versão básica do grandalhão (e fraco) Tiguan Allspace 1.4, importado do México, e a Hyundai tem seu New Tucson de entrada, montado em Góias – e ainda se pode encontrar algumas outras opções, como as configurac­ões de entrada de modelos como o Kia Sportage e Mitsubishi Outlander, por exemplo. E esta é uma faixa da qual não se quer passar muito: afinal se for para gastar mais de R$ 160 mil, como já vimos no comparativ­o de capa da edição passada, o novo Toyota RAV4 Hybrid aparece como opção “quase obrigatóri­a”. Então, consideran­do essa faixa de R$ 140 mil – não por acaso, o valor médio do Compass flex –, e pensando não só, mas principalm­ente, em custo-benefício, qual SUV vale a pena comprar? Vamos lá...

TAMANHO É RELATIVO

A princípio, você pode achar injusto colocar o T-Cross nesta disputa. Mas, enquanto o Tarek não chega, o T-Cross está aqui porque, justamente, em muitos pontos, oferece o mesmo que os demais – e com preço menor. E o que prejudica o Volks aqui não é o porte, mas o caráter. Não que seu tamanho não seja desvantage­m, mas não é propriamen­te pelo espaço ou porta-malas que fica atrás: aliás, com a boa distância entre-eixos, o espaço é igual ao dos rivais. Mas no porta-malas acomoda só 373 litros, próximo do Honda e do Compass, mas bem distante do 3008.

Em desempenho, apesar de menor e menos potente, seu motor tem mais torque. Na versão 1.0, o motor TSI leva vantagem diante de rivais aspirados como HR-V e Renegade 1.8, Creta 2.0 e Kicks 1.6. Aqui, aparece com 1,4 litro – mas encontra concorrent­es também turbinados, com exceção do Jeep (outra vantagem do Volks é ser flex como o Compass; Peugeot e Honda só usam gasolina). O desempenho é bom, com 0-100 km/h em menos de 9 segundos e boa força para economizar nas trocas de marcha – mas em retomadas o câmbio automático de seis velocidade­s recorre à quarta frequentem­ente (faz parecer que quinta não há).

O T-cross “completão” é o único dos quatro que tem seletor de modo de condução, um sistema que atua não apenas no comportame­nto do câmbio, mas também nas respostas do volante e no funcioname­nto do ar-condiciona­do. No modo Eco, com gasolina no tanque, marcamos médias de 9,5 km/l na cidade e, na estrada andando a 120 km/h (2.100 rpm no conta-giros), fizemos 15,5 km/l. No modo Sport, o câmbio segura bem mais as marchas e a assistênci­a elétrica do volante é reduzida. Ainda é possível para colocar o câmbio no modo manual, quando as trocas são feitas pela alavanca ou aletas pequenas, mas que se movem com o volante. O Volkswagen ainda se destaca bastante dos rivais aqui pela sua estabilida­de e dinâmica impecáveis, que lembram bem mais um hatchback (pelos seus pontos positivos). Mas será que é isto que o consumidor procura hoje ao volante de um SUV?

A favor do SUV da Volkswagen ainda aparecem o bom pacote de equipament­os, tanto de série quanto opcionais, com direito a uma ótima central multimídia (sem dúvida a melhor aqui nesta disputa) e o poderoso som com alto-falantes da grife Beats (que, no entanto, rouba um bom espaço no porta-malas, não deixando a divisória ia à posição mais baixa) e estacionam­ento semiautôno­mo. Mas há uma grave ausência – o freio de estacionam­ento elétrico – e a cabine realmente deveria ter um acabamento melhor: os revestimen­tos e materiais usados são bastante inferiores aos vistos nos rivais. Neste Highline, há até apliques extras, mas, ainda assim, decepciona.

Outro problema do Volks é que sua “falta de tamanho” aparece na altura, menor que de outros SUVs e crossovers, o que se reflete na posição de guiar um pouco mais baixa e, principalm­ente, na percepção ao volante – “culpa” da plataforma do compacto Polo, que, embora espichada, não cresce na largura e ganha muito pouco na altura. Então, a sensação é de se estar um carro menor, não em um SUV. Na estrada, o modelo também transmite à cabine mais ruídos de rodagem e vento, e, em ruas esburacada­s, as suspensões também se fazem ouvir mais.

Agora, o tamanho compacto, para alguns, pode ser vantagem. Questão de uso e de gosto. E ainda há uma bela vantagem do T-Cross que, para muitos, compensa os pontos inferiores: o preço. Com o motor 1.4, parte de R$ 109.900, e, mesmo com todos opcionais, continua abaixo dos R$ 130 mil. Para completar, as três primeiras revisões são grátis e suas peças são mais baratas. São outros pontos que o fazem ser o segundo melhor em custo-benefício aqui nesta briga. Ao primeiro logo nós chegaremos.

UM LEGÍTIMO TOURING

Por cerca de R$ 13 mil a mais do que custa o VW T-Cross completo, o HR-V já parece um pouco “mais SUV” ao volante. Muito menos pela sua altura extra (4 cm, enquanto 10 separam o Polo do T-Cross), e bem mais pelas suspensões mais macias, uma novidade de toda a linha 2020 que aumentou o conforto do Honda e lhe deu uma pegada mais de “utilitário”. Por outro lado, o HR-V agora deita um pouco mais nas curvas, até além do desejado (como um SUV de verdade), e também encara asfalto esburacado e estradinha­s de terra sem sacrificar tanto os ocupantes – embora ainda dê para ouvir bem suas suspensões trabalhand­o. Irônico é que o antigo conjunto mais firme combinaria melhor com o desempenho desta nova versão turbinada.

Sim, porque se o HR-V Touring de antigament­e usava exatamente o mesmo motor 1.8 das demais versões, agora ele vem com o 1.5 turbo que o Civic já usava em sua versão mais cara, de mesmo nome. E, com sua adoção, a personalid­ade do carro muda bastante. O câmbio CVT é o mesmo das demais versões, com sete marchas simuladas que podem ser trocadas por aletas no volante. Este recurso, muito usado em retomadas e nas aceleraçõe­s para tentar evitar o “efeito enceradeir­a” típico do CVT (excessiva subida de giros/patinação), aqui é menos necessário. Afinal, o motor turbinado tem muito mais torque em baixas rotações, exigindo menos esticadas de marcha (ainda bem, pois o isolamento acústico da cabine deixa o motor se ouvir bem além das 3.000 rpm). Com turbina pequena, o 1.5 16V de 173 cv é o motor mais potente desta disputa e responde sempre com rapidez. Não é flex, mas faz o Honda andar junto com o T-Cross e o Peugeot – e sendo mais econômico, segundo o PBEV-Inmetro (veja fichas). Em nossos testes práticos, marcamos os mesmos 15,5 km/l na estrada a 120 km/h (2.100 rpm também, mas com menos ruído de pneus e vento). Já na cidade, o HR-V foi melhor, superando 10 km/l, além de ser mais sutil, linear e suave nas respostas – para muitos, uma das caracterís­ticas positivas dos CVTs.

Bom de guiar e ágil como o T-Cross, embora não tão dinâmico, o Honda também agrada pela cabine. Mais equipado que nas demais versões, o Touring tem itens que faltam nelas, como sensores de luz e chuva, faróis de LED e teto panorâmico – que se somam aos itens que já tinha e são exclusivos aqui, como freio de mão elétrico com auto-hold e câmera de ponto-cego (mas não há sistemas semiautôno­mos nem como opcionais). Outro ponto positivo, e exclusivo, está na versatilid­ade da plataforma emprestada do Fit: o assento traseiro abaixa ao se rebater o encosto, abrindo um espaço surpreende­nte, ou pode ser elevado para acomodar objetos altos. Estranha é a fixação da alça do isofix (top tethering) no teto, prática, porém feia.

Mas a maior evolução ao sair do Volks para o Honda está na qualidade do acabamento. Em um carro que não era muito elogiado por isso, a Honda melhorou o que pôde: esse Touring tem acabamento que mistura superfície­s macias, couro claro e black piano, bancos mais confortáve­is, porta-objetos revestidos para evitar ruído, teto claro… Mas o painel de instrument­os com o computador de bordo monocromát­ico e controlado pela varetinha, exatamente como no Fit de entrada… é difícil de engolir. E a central multimídia, embora completa, também parece meio adaptada, além de travar com frequência o Android Auto. Dois pontos que destoam do resto do carro – e, principalm­ente, dos rivais.

LÍDER, APESAR DO MOTOR

O Compass soluciona esses problemas do Honda com um painel que pode não ser totalmente digital, mas tem um belíssima e útil tela multifunçã­o, e uma central multimídia tão boa quanto a do Volks – que também pode vir com o som Beats e reune muitos comandos do carro, até mesmo os do sistema de ar-condiciona­do.

O acabamento é ainda melhor que o do Honda, sendo um grandes destaques do SUV pernambuca­no. A linha 2020 ficou um pouco mais cara, e agora os flex partem de R$ 116.990 na versão básica Sport – mas ele fica bem mais interessan­te na intermediá­ria Longitude, de R$ 132.990, já muito bem equipada, e na Limited, de R$ 149.990, com direito a sistema de estacionam­ento automático, bancos elétricos… mas ainda assim há opcionais, que podem levá-lo a mais de R$ 165 mil (quando fica mais completo que a maioria dos rivais; confira tabela ao lado). Além do belo teto e da útil tampa do porta-malas motorizada, os extras são na maioria sistemas semiautôno­mos, de utilidade relativa (vai do gosto do freguês; achamos mais válidos os alertas de tráfego cruzado e ponto-cego).

Em termos de espaço interno, o Jeep pode ser 8,7 cm mais longo que o HR-V, mas tem só 2,6 cm a mais de entre-eixos, então a cabine não é sensivelme­nte maior. No banco traseiro, há centímetro­s extras na largura, mas o assento é meio baixo e curto e o encosto, bem mais vertical – o que result em um porta-malas só um pouco maior que no Honda: 410 litros. O conforto de rodagem é um pouco inferior ao dele porque as suspensões são firmes, porém dinamicame­nte ele é superior, até por ter sistema traseiro independen­te. E, na terra, vai muito bem, com um isolamento e uma robustez aparente superior à média.

Todos esses pontos positivos ajudaram o Compass a se tornar líder de vendas, apesar do motor que tem. Porque na mecânica ele destoa, e muito, dos rivais. Em relação ao câmbio automático de seis marchas não há o que criticar – inclusive ele faz um trabalho excepciona­l para

extrair tudo o que pode do 2.0 flex aspirado. Sua potência fica alinhada com a do HR-V e a do 3008, mas o torque é um pouco inferior e o Compass é pesado, então é um carro para dirigir um pouco mais “na boa” (no 0-100 km/h, por exemplo, leva quase dois segundos a mais).

Para quem constuma andar mais na estrada, em velocidade de cruzeiro, ele vai bem e é silencioso, mas já gasta mais gasolina que os rivais (a 120 km/h e 2.500 rpm marcamos apenas 12,5 km/l). Mas as retomadas e ultrapassa­gens vagarosas e ruidosas incomodam, e a qualquer pisadinha ou em qualquer subda ele já reduz para a quinta marcha (há a opção de impedir reduções usando as trocas manuais, por aletas ou alavanca). Já na cidade, em mudanças de faixa, no anda e para e em lugares sinuosos, essa falta de força incomoda mais e o consumo é pior (durante a avaliação, ficou abaixo de 7 km/l). Então, não adianta muito: embora o Compass se destaque em muitos pontos, sua mecânica precisa ser atualizada. Portanto, a quem busca mais economia e/ou um desempenho mais apimentado, recomendam­os evitar este Jeep.

UMA GRANDE INJUSTIÇA

Aqui não se trata de botar em uma briga de pequenos uma versão pelada de um carro maior. Por R$ 145 mil, o novo 3008 Allure avaliado abre mão, basicament­e, dos bancos elétricos com massagem, dos faróis de LED, do teto panorâmico e dos sistemas semiautôno­mos – no mais, é bastante completo, bem mais que o Honda, por exemplo, com direito a câmeras 360o e rodas aro 19. O teto pode ser adicionado por R$ 10 mil, e por R$ 174.990 (na compra pela internet) você leva o Griffe Pack, com estes itens citados, (aí fica tão equipado quanto o Compass adicionado de todos os opcionais disponívei­s).

Voltando aos tais R$ 145 mil, temos um SUV discretame­nte maior que os demais no compriment­o, largura e entre-eixos, mas q-ue ganha principalm­ente no porta-malas. São 521 litros, mais de 100 litros de vantagem em relação ao segundo colocado (mas a tampa é pesada, devia ser motorizada). Por causa do design, quem viaja na frente pode reclamar do console alto roubar espaço, mas os bancos são excelentes. Já atrás, há mais espaço para a cabeça, além de um assento mais longo e ligeiramen­te mais largo e um encosto mais

reclinado e confortáve­l (e, como em todos exceto o Honda, há saídas de ar-condiciona­do para os ocupantes traseiros).

O 3008 também se destaca em design e acabamento. Claro que design é questão de gosto, mas como já é costume nos franceses, ele é mais moderno/ousado por fora e, principalm­ente, por dentro. Além do console alto e da alavanca de câmbio eletrônica, o painel é lindo, totalmente digital e visto por cima volante. Este, aliás, é menor que a média e ligeiramen­te “quadrado”, completand­o a experiênci­a diferente a bordo. Para completar, os bancos têm desenho imponente, o teto panorâmico tem moldura em LED azul que se ilumina no escuro. A única coisa “antiga” adentro dele é o controle do piloto automático na coluna de direção – mas a indicação no painel é bastante clara e o uso é fácil.

Então o 3008 oferece o acabamento que falta ao T-Cross e o belo painel que falta ao Honda, com um pouco de espaço extra – mas sem decepciona­r na mecânica como o Compass. Apesar de não ser flex como ele, o Peugeot um 1.6 16V de 165 cv que garante um ótima experiênci­a ao volante, com desempenho idêntico ao do Honda (quem por sua vez, é quase igual ao do Volks). A 120 km/h na estrada ele segue a 2.250 rpm e é o mais silencioso. Nesse cenário, marcamos um consumo melhor que o oficial e ligeiramen­te pior que o dos (mais leves) Honda e Volks: 14,6 km/l. Bom é que o câmbio, também automático de seis marchas, demora mais a reduzir em retomadas, aumentando o conforto – exceto no modo Sport, quando fica bem arisco.

Ainda a favor deste Peugeot está a experiênci­a ao volante, quase tão dinâmica quanto a vista no T-Cross, mas sem abrir mão das sensações de se estar em um SUV. A estabilida­de direcional e o comportame­nto em curvas são excelentes, apesar do eixo de torção traseiro deixá-lo rolar um pouco mais nas curvas, e o volante pequeno aumenta bastante a diversão do motorista. No modo manual, o câmbio tem aletas fixas, mas elas são bem grandes, então você não precisa ficar procurando-as muito. Espaçoso, bonito, bem acabado, econômico e bom de guiar, o 3008 não foi nossa Compra do Ano 2019 por acaso (e também foi eleito Carro do Ano europeu, ganhando dos alemães). Mas vende pouco por aqui. Um injustiçad­o.

A NOSSA (E A SUA) CONCLUSÃO

Nossas notas finais, abaixo, mostram um triplo empate no segundo lugar e um claro vencedor. Mas elas não dizem tudo, então mesmo entre os “perdedores” você pode encontrar seu favorito. No VW T-Cross o que pega é mais o acabamento e as sensações ao volante, embora ofereça desempenho e espaço praticamen­te alinhados com os melhores da disputa – a um preço menor. Já o Honda HR-V tem bom espaço, versatilid­ade imbatível, acabamento decente e ótima mecânica, além da confiabili­dade, mas fica devendo em acústica, nos equipament­os e, principalm­ente, no painel de instrument­os e no sistema multimídia. Enquanto isso, o Compass tem um interior excelente, porte respeitáve­l e suspensões e sensações de legítimo SUV, mas uma mecânica considerav­elmente (e imperdoave­lmente) pior em desempenho e consumo. Único que ainda não se rendeu ao turbo, vende bem apesar da mecânica (também há versões a diesel; mas a maioria das vendas é do flex).

Por fim, por R$ 145 mil o Peugeot 3008 Allure, abrindo mão de apenas alguns equipament­os mais supérfluos (que se você quiser pode pagar pouco mais e levar na versão Griffe), oferece uma combinação imbatível de design, espaço interno, porta-malas, mecânica e dirigibili­dade. Ele tem tudo o que falta em cada um destes três rivais aqui, e até mais – ou seja, não lhe falta nada, a não ser vender mais. Era carro para ser fabricado no Brasil e virar best-seller.

O que o impede de vender mais? Além de a produção na França ter suas limitações – o SUV é um sucesso enorme na Europa –, o serviço pós-venda da Peugeot já teve alguns problemas no Brasil, como a marca reconheceu ao iniciou uma campanha com consumidor­es e rede para melhorá-la. Embora ainda tenha alguns carros que sofrem de problemas, produtos como o 3008 já mostram bem mais qualidade, e, assim, têm melhorado a imagem da marca, reduzindo sua própria desvaloriz­ação.

Nesse sentido, um levantamen­to da Agência Autoinform­e no ano passado mostrou mostra que, se, entre todos os carros o Compass foi o que menos desvaloriz­ou no período de um ano após sair da concession­ária, apenas 7,3%, o 3008 foi o segundo colocado entre os SUVs e apenas quarto no ranking geral, com 8,7% – melhor que o HR-V, que perdeu 9,5% do valor. De vilão, será que o pós-venda passará a ser mais um motivo para escolher o francês?

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Compass Limited e 3008 Allure vêm com rodas aro 19. Apesar de serem considerad­os médios, na altura são menos de 4 cm mais altos que o Honda, e no entre-eixos o primeiro perde do T-Cross. A pintura em dois tons é opcional nos dois, como o teto panorâmico
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 ??  ?? O Honda tem o menor entre-eixos e ganha um visual mais atraente nesta versão Touring com faróis de LED e rodas diferentes. Já o T-Cross é o mais baixo do grupo, mas, por outro lado, tem a maior distância entre-eixos. O visual do Volkswagen poderia ser mais ousado
O Honda tem o menor entre-eixos e ganha um visual mais atraente nesta versão Touring com faróis de LED e rodas diferentes. Já o T-Cross é o mais baixo do grupo, mas, por outro lado, tem a maior distância entre-eixos. O visual do Volkswagen poderia ser mais ousado
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Uma das caracterís­ticas que costumam (ou costumavam) diferencia­s os SUVs dos hatches é o vidro atrás da porta traseira e a quarta coluna (D) na traseira. O Compass tem um vidrinho ali
Atrás, o Compass tem bom espaço para as pernas, mas o encosto vertical demais, que cansa em viagens longas. O Limited tem banco do motorista com ajuste totalmente elétrico Uma das caracterís­ticas que costumam (ou costumavam) diferencia­s os SUVs dos hatches é o vidro atrás da porta traseira e a quarta coluna (D) na traseira. O Compass tem um vidrinho ali
 ??  ?? O 3008 tem os melhores assentos. O dianteiro, na versão topo de linha, é elétrico e tem até massagem. Neste Allure, o ajuste é manual, mas o design e o suporte são excelentes
O Peugeot 3008 também tem o vidro entre as colunas C e D – que, como são pretas, dão a ele um efeito legal de “teto flutuante”, mais que no Compass. De perfil, é o mais ousado e esportivo aqui
O 3008 tem os melhores assentos. O dianteiro, na versão topo de linha, é elétrico e tem até massagem. Neste Allure, o ajuste é manual, mas o design e o suporte são excelentes O Peugeot 3008 também tem o vidro entre as colunas C e D – que, como são pretas, dão a ele um efeito legal de “teto flutuante”, mais que no Compass. De perfil, é o mais ousado e esportivo aqui
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Crossover por definição, mas tratado como SUV compacto (como muitos), o HR-V esconde suas maçanetas traseiras na coluna para ganhar ares de cupê. Note que não há vidro atrás da coluna C
O HR-V Touring tem couro claro e os bancos são macios e confortáve­is. Como no Fit, o assento traseiro pode ser elevado para levar objetos altos. É o único sem saídas de ar traseiras Crossover por definição, mas tratado como SUV compacto (como muitos), o HR-V esconde suas maçanetas traseiras na coluna para ganhar ares de cupê. Note que não há vidro atrás da coluna C
 ??  ?? Como o Honda, o VW T-Cross vem com rodas de aro 17. Suas portas traseiras incorporam uma “mini-coluna” (recurso para o vidro abrir mais). O entre-eixos é longo e os balanços são curtos
Como o Honda, o VW T-Cross vem com rodas de aro 17. Suas portas traseiras incorporam uma “mini-coluna” (recurso para o vidro abrir mais). O entre-eixos é longo e os balanços são curtos
 ??  ?? O T-Cross topo de linha tem couro bicolor de série. Atrás, tem tomadas USB extras. Os bancos dianteiros são bem desenhados, porém um pouco menores. Não há ajuste elétrico
O T-Cross topo de linha tem couro bicolor de série. Atrás, tem tomadas USB extras. Os bancos dianteiros são bem desenhados, porém um pouco menores. Não há ajuste elétrico
 ??  ?? Acima, o cluster totalmente digital , com conta-giros no sentido anti-horário. Ao lado, os comando do ar na tela central que controla tudo (felizmente os atalhos abaixo para facilitar a vida). Moderna, a alavanca de câmbio é do tipo eletrônica
A qualidade de acabamento do 3008 é ótima, e ele ousa mais no design interno, com um belo console central. Destaque para o volante diferente, com aletas fixas e mais baixo: o cluster é visto por cima dele
Acima, o cluster totalmente digital , com conta-giros no sentido anti-horário. Ao lado, os comando do ar na tela central que controla tudo (felizmente os atalhos abaixo para facilitar a vida). Moderna, a alavanca de câmbio é do tipo eletrônica A qualidade de acabamento do 3008 é ótima, e ele ousa mais no design interno, com um belo console central. Destaque para o volante diferente, com aletas fixas e mais baixo: o cluster é visto por cima dele
 ??  ?? O acabamento do Compass, com materiais macios e boa montagem, sempre foi um de seus maiores destaques. O volante tem aro mais grosso e muitos botões, além de aletas para trocas de marchas
O acabamento do Compass, com materiais macios e boa montagem, sempre foi um de seus maiores destaques. O volante tem aro mais grosso e muitos botões, além de aletas para trocas de marchas
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 ??  ?? Acima, o cluster com dois instrument­os principais analógicos e uma bela tela multifunçã­o colorida entre eles. Ao lado, a tela multimídia de 8,4” e os botões do freio de mão elétrico, do sistema ESP e do start-stop junto à alavanca de câmbio
Acima, o cluster com dois instrument­os principais analógicos e uma bela tela multifunçã­o colorida entre eles. Ao lado, a tela multimídia de 8,4” e os botões do freio de mão elétrico, do sistema ESP e do start-stop junto à alavanca de câmbio
 ??  ?? O T-Cross tem painel parecido com o do Polo, e para disfarçar o excesso de plástico duro, nesta versão topo de linha há apliques decorativo­s. A posição de dirigir também não é tão diferente daquela do hatch
O painel digital opcional é melhor do que o dos rivais (acima, indica que o sistema de estacionam­ento automático procura vaga). Ao lado, o seletor de modo de condução e a alavanca de câmbio. Abaixo, os comandos do ar-condiciona­do
O T-Cross tem painel parecido com o do Polo, e para disfarçar o excesso de plástico duro, nesta versão topo de linha há apliques decorativo­s. A posição de dirigir também não é tão diferente daquela do hatch O painel digital opcional é melhor do que o dos rivais (acima, indica que o sistema de estacionam­ento automático procura vaga). Ao lado, o seletor de modo de condução e a alavanca de câmbio. Abaixo, os comandos do ar-condiciona­do
 ??  ?? A Honda colocou couro sintético claro e black piano onde pôde, e o console elevado tem seu charme. Esta versão ainda ganhou botão de partida e outros mimos. A posição de dirigir não é tão alta assim
Acima, o cluster igual ao do Fit básico, com computador de bordo pequeno e monocromát­ico – algo quase inaceitáve­l em um carro deste valor. Ao lado, a central multimídia ruim e o freio de mão elétrico com auto-hold, único na disputa
A Honda colocou couro sintético claro e black piano onde pôde, e o console elevado tem seu charme. Esta versão ainda ganhou botão de partida e outros mimos. A posição de dirigir não é tão alta assim Acima, o cluster igual ao do Fit básico, com computador de bordo pequeno e monocromát­ico – algo quase inaceitáve­l em um carro deste valor. Ao lado, a central multimídia ruim e o freio de mão elétrico com auto-hold, único na disputa
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 ??  ?? A tampa traseira do Jeep tem acionament­o elétrico na versão topo de linha. O 3008, abaixo, deveria ter a mesma opção, pois sua tampa é bem pesada.As lanternas do francês imitam o desenho de garras de leão
A tampa traseira do Jeep tem acionament­o elétrico na versão topo de linha. O 3008, abaixo, deveria ter a mesma opção, pois sua tampa é bem pesada.As lanternas do francês imitam o desenho de garras de leão
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Ele pode ser o segundo maior porta-malas da disputa, mas ainda assim são apenas 411 litros, menos que na maioria dos sedãs
JEEP COMPASS - Ele pode ser o segundo maior porta-malas da disputa, mas ainda assim são apenas 411 litros, menos que na maioria dos sedãs
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Ele perdeu quase 50 litros nesta versão, mas compensa com muito espaço ao rebater o banco traseiro, já que o tanque não fica debaixo dele
HONDA HR-V - Ele perdeu quase 50 litros nesta versão, mas compensa com muito espaço ao rebater o banco traseiro, já que o tanque não fica debaixo dele
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Entre os quatro aqui, o 3008 é o único com porta-malas de fato capaz de substituir o de um sedã. São 521 litros, com fundo ajustável
PEUGEOT 3008 - Entre os quatro aqui, o 3008 é o único com porta-malas de fato capaz de substituir o de um sedã. São 521 litros, com fundo ajustável
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menor bagageiro da disputa, perde parte dos 373 litros quando se opta pelo som Beats, que não deixa a divisória ir para o nível baixo
VW T-CROSS - menor bagageiro da disputa, perde parte dos 373 litros quando se opta pelo som Beats, que não deixa a divisória ir para o nível baixo
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 ??  ?? O Honda tem lanternas de LED, com desenho mais atual, e o T-Cross também as usa como elemento de design. A saida de escape dupla do HR-V Touring roubou espaço no porta-malas; as do T-Cross são “falsas”
O Honda tem lanternas de LED, com desenho mais atual, e o T-Cross também as usa como elemento de design. A saida de escape dupla do HR-V Touring roubou espaço no porta-malas; as do T-Cross são “falsas”
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