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Renault Logan

O Renault Logan 2020 ganha atualizaçõ­es no design, melhorias internas, mais itens de segurança e um câmbio automático CVT – mas sua altura teve que ser aumentada para acomodá-lo, e assim a marca acabou criando o sedã “cross light”

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Entre as novidades da linha 2020 estão o câmbio CVT e a suspensão elevada

Quando o Logan chegou ao Brasil, em 2007, não era mais só um modelo de baixo custo de uma marca desconheci­da do leste europeu (a Dacia, de propriedad­e Renault). Ele já era fenômeno de mercado na França graças à fórmula de mais espaço por menos dinheiro. Então a marca o lançou aqui, como Renault mesmo, e foi um sucesso – criando uma família com Sandero e Duster. Agora, o sedã chega à linha 2020 com novos visual e equipament­os, além de um câmbio CVT – que exigiu elevar a carroceria e fez, assim, nascer um inédito sedã “cross light”.

Visualment­e, na dianteira do Logan 2020 há novos para-choque, luzes diurnas (DRLs) de LED, grade e logo (remetem aos Renault europeus). Nas versões CVT, há ainda apliques nas caixa de roda (voltaremos a isso). Já na cabine, os comandos dos vidros foram agrupados, mas falta ajuste de profundida­de do volante. A multimídia enfim tem Android Auto/Apple CarPlay e o espaço é amplo, graças aos entre-eixos de 2,64 m. Seu porta-malas manteve 510 litros.

Nos equipament­os, airbags laterais e DRLs em todas as versões, mesmo as 1.0. Falando das com motor 1.6, a Zen (R$ 60.390 com câmbio manual ou R$ 67.490 CVT) tem central multimídia, sensor de estacionam­ento, ajuste de altura do banco/volante e computador de bordo (a CV T ganha E SP erodas 16). Há, ainda, a Intense CVT (R$ 69.990), com ar automático, câmera de ré, faróis de neblina, quatro vidros elétricos, piloto automático erodas diamantada­s, e aI co ni cCV T (R$ 72.090), com couro e sensores de chuva/luz.

Os motores 1.0 e 1.6 não mudaram, e nem precisavam. O fôlego do 1.6 de 118 cv é suficiente. O câmbio CVT atua sem grandes subidas de rotação, eliminado o efeito “enceradeir­a”. Pisando pouco, o conta-giros não passa de 2.000 rpm – mesma faixa em que fica a 120 km/h – ea condução é suave e confortáve­l. Dirigindo de forma esportiva ou em ultrapassa­gens o ruído sobe e o desempenho não agrada. Aí é melhor usar o modo manual, com seis marchas controlada­s apenas pela alavanca.

Função útil quando se busca esportivid­ade (mas não muita) ou para retomar com menos ruído. Pena que a marca insista na direção eletro-hidráulica que ainda é mais pesada e menos cômoda que as elétricas no uso urbano e mais leve do que deveria na estrada. No consumo, não há dados oficiais, mas fizemos 9,5 km/l na estrada e 7 na cidade (etanol).

Agora, sedã com suspensão alta? Na verdade, foi um jeitinho brasileiro, uma gambiarra (a marca prefere “solução técnica”) para compensar o tamanho maior da caixa do câmbio CVT: ela vai mais baixo, e reduziria o vão do solo para apenas 10 cm. Assim, foi preciso erguer o carro 4 cm para manter 14 (ficou com 14,5). Aí parece que os apliques plásticos nas caixas de roda foram “inevitávei­s” para combinar com o vão maior que surgiu.

No fim, isso pode até ser interessan­te para o consumidor – tanto pelo visual (questão de gosto) quanto por ganhar um pouco de vão livre em partes do assoalho (valetas, buracos e estradas são iguais para quem anda de sedã ou SUV). E essas suspensões modificada­s não interferem tão negativame­nte na dinâmica, afinal o Logan nunca foi referência nisso. O carro inclina nas curvas, até mais que antes, mas sem sustos, e os buracos são encarados sem pancadas secas. O Logan segue focado no custo-benefício. O visual “cross light” pode não agradar a todos, mas o maior obstáculo será a chegada dos novos Hyundai HB20 e Chevrolet Prisma/Onix Sedan, em breve.

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Motor: quatro cilindros em linha 1.6, 16V, duplo comando variável Cilindrada: 1597 cm3 Combustíve­l: flex Potência: 115 cv (g) e 118 cv (e) a 5.500 rpm Torque: 16 kgfm a 4.000 rpm (g/e) Câmbio: continuame­nte variável (CVT), seis marchas virtuais Direção: eletro-hidráulica Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t) Freios: disco ventilado (d) e tambor (t) Tração: dianteira Dimensões: 4,350 m (c), 1,730 m (l), 1,570 m (a) Entre-eixos: 2,635 m Pneus: 205/55 R16 Porta-malas: 510 litros Tanque: 50 litros Peso: 1.160 kg 0-100 km/h: 11s2 (g/e) Velocidade máxima: 174 km/h (g) e 177 km/h (e) Consumo cidade: 7,0 km/l (e)** Consumo estrada: 9,5 km/l (e)** Nota Inmetro: B* Classif. na categoria: C*
Renault Logan Iconic 1.6 CVT Motor: quatro cilindros em linha 1.6, 16V, duplo comando variável Cilindrada: 1597 cm3 Combustíve­l: flex Potência: 115 cv (g) e 118 cv (e) a 5.500 rpm Torque: 16 kgfm a 4.000 rpm (g/e) Câmbio: continuame­nte variável (CVT), seis marchas virtuais Direção: eletro-hidráulica Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t) Freios: disco ventilado (d) e tambor (t) Tração: dianteira Dimensões: 4,350 m (c), 1,730 m (l), 1,570 m (a) Entre-eixos: 2,635 m Pneus: 205/55 R16 Porta-malas: 510 litros Tanque: 50 litros Peso: 1.160 kg 0-100 km/h: 11s2 (g/e) Velocidade máxima: 174 km/h (g) e 177 km/h (e) Consumo cidade: 7,0 km/l (e)** Consumo estrada: 9,5 km/l (e)** Nota Inmetro: B* Classif. na categoria: C*
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No interior, o acabamento mudou discretame­nte, mas continua simples. Abaixo, o amplo espaço e os bons bancos, a alavanca do câmbio CVT e a central multimídia mais conectada

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