Motorshow

Chevrolet Onix Plus

Sucessor do Prisma, o novo Chevrolet Onix Plus estreia com muito espaço interno e um pacote de equipament­os recheado para incomodar VW Virtus, Honda City e cia.

- TEXTO RAFAEL POCI DÉA

Sucessor do Prisma cresce e fica mais sofisticad­o para seguir na briga

Esqueça o Chevrolet Prisma: do sedã popular derivado inicialmen­te do Celta só restou a gravatinha do fabricante. Ele dá lugar ao Chevrolet Onix Plus, que estreia em nosso mercado para redefinir seu segmento, com atributos suficiente­s para fazer inveja em modelos como Volkswagen Virtus, Fiat Cronos e, claro, também no recém-lançado Hyundai HB20S. Tem preço competitiv­o, ótimo pacote de equipament­os e dirigibili­dade muito bem acertada. O Onix Plus custa de R$ 58.790 a R$ 77.780. Desde a versão de entrada, vem com seis airbags (frontais, laterais e cortinas), controle de estabilida­de, alerta de uso do cinto de segurança, inclusive no banco traseiro, e assistente de partida em rampas. Assim sendo, ganhou cinco estrelas na proteção de adultos e crianças nos testes de colisão do Latin NCAP – o Virtus tem o mesmo resultado; o Cronos, apenas três para adultos e quatro para crianças. Desenvolvi­do globalment­e, o Onix Plus apareceu primeiro no mercado chinês. É feito sobre nova plataforma, com 17% a mais de aços de alta resistênci­a. A arquitetur­a cooperou na diminuição de 15 kg no peso do sistema de propulsão e outros 6 kg nas suspensões. A versão avaliada Premier (R$ 77.780) pesa 1.117 kg, ante 1.192 kg do VW Virtus Highline e 1.271 kg do Cronos HGT, todos nas configuraç­ões de topo de linha. Comparado ao seu antecessor Prisma, o Onix Plus é 19,4 cm maior no compriment­o (4,474 m) e cresceu 7,2 cm no entre-eixos (2,600 m). Assim, tem quase o mesmo porte do Cobalt, modelo que continua à venda, mas deve sair de linha em breve. A amplitude interna é ótima, mas o portamalas acabou sendo reduzido de 500 litros para 469 litros – ainda uma boa capacidade, porém menor que a oferecida pelos rivais diretos Fiat Cronos (525 litros) e VW Virtus (521 litros).

A beleza do design aparece na silhueta com proporções muito bem definidas (e a carroceria antiga segue à venda no Prisma Joy, que parte de R$ 49.990). No interior, o Onix Plus recebe os ocupantes com um interior bem construído, que transmite refinament­o com a montagem cuidadosa, apesar dos materiais não serem nobres. A cabine pode ser cinza e preta ou ter detalhes caramelo. O painel tem acabamento­s texturizad­os, formas geométrica­s nas laterais das portas, três entradas USB, carregamen­to de smartphone­s por indução e acendiment­o automático dos faróis.

O quadro de instrument­os aposentou o mostrador digital “de moto”, e, agora, tem velocímetr­o e conta-giros analógicos (a única tela é a TFT, que fica dedicada ao computador de bordo). Já o sistema multimídia MyLink de nova geração teve resolução, gráficos e respostas aos comandos aprimorado­s, e, assim como no Cruze, o Onix Plus recebeu a conectivid­ade nível 4 com wi-fi nativo. A tecnologia é oferecida em parceria com a operadora Claro e permite conectar sete aparelhos ao mesmo tempo, além de receber atualizaçõ­es Over The Air (OTA) para o MyLink.

NOVA MECÂNICA

Sob o capô fica o novíssimo motor tricilíndr­ico 1.0 turbo com correia imersa em óleo e virabrequi­m deslocado (inclinado) para ter menor atrito e deixar a movimentaç­ão dos pistões mais eficientes. Segundo a marca, a injeção indireta foi escolhida por causa da má qualidade do nosso combustíve­l. São 116 cv (gasolina/etanol), com torque de bons 16,8/16,3 kgfm (e/g) disponível logo após a marcha lenta – arrancando sorrisos do motorista.

Eficiente em baixas rotações, o Onix deslancha sem nenhum esforço – sua relação peso/ potência é de 9,62 kg/cv, contra 9,31 kg/cv do Virtus Highline e 9,14 kg/cv do Fiat Cronos. O câmbio automático trabalha suavemente, e este conjunto mecânico nos possibilit­ou cravar médias rodoviária­s de mais de 16 km/l (a 120 km/h, com três ocupantes a bordo). Quem preferir dirigir esportivam­ente pode mudar as seis marchas pelo “pouco prático” botão na lateral da alavanca.

As suspensões são voltadas para o conforto, mas há muita carga nos amortecedo­res e, dependendo do tipo de asfalto, sente-se demais o piso dentro da cabine. Ao menos elas permitem contornar curvas com confiança e estabilida­de, mantendo as rodas de 16” com pneus 195/55 R16 grudadas no chão. Os freios de 14” garantem frenagens seguras, com boa progressiv­idade no acionament­o do pedal. A direção com assistênci­a elétrica é ajustável em altura e profundida­de e bastante leve em baixas velocidade­s e manobras, mas com peso correto ao trafegar entre 60 e 120 km/h. Nestas situações, o isolamento acústico poderia ser melhor, pois o ruído da rolagem dos pneus invade demasiadam­ente a cabine.

Bom, bonito e competitiv­o, o Onix Plus tem qualidades de sobra, mas enfrenta uma concorrênc­ia difícil. Não terá vida fácil no mercado, mas deve seguir entre os modelos mais vendidos.

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A cabine tem materiais simples, mas com texturas que agradam ao visual. Poderia, porém, ser mais espaçosa lateralmen­te. A tela central é bonita e fica bem posicionad­a, apesar de não ser tão grande assim À direita, de cima para baixo: o botão de partida, a central multimídia, o carregador de celular sem fio, o ar-condiciona­do com ajuste automático, a alavanca de câmbio (com botão para trocas sequenciai­s na lateral) e o monitor de ponto-cego (bastante útil no trânsito urbano)
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