Motorshow

Honda Civic

De olho na atualizaçã­o de seu arquirriva­l e líder absoluto de vendas Toyota Corolla, a décima geração do Honda Civic chega à linha 2020 com mudanças no (ousado) visual

- TEXTO EVANDRO ENOSHITA

Modelo médio da marca japonesa ganha alterações no visual e uma nova versão LX

Às vésperas da estreia da nova geração do arquirriva­l Toyota Corolla (pág. 36), a Honda se apressou para lançar a linha 2020 do Civic – que chegou com as primeiras mudanças desde sua estreia no Brasil. Além dos retoques no visual e do aumento da oferta de itens de série em todas as versões, outra novidade foi a chegada da configuraç­ão LX. Lançado aqui em 2016 já como modelo 2017, nos dois ano-modelos seguintes o Civic de décima geração ganhou apenas equipament­os e opções diferentes de cor. Desta vez, as intervençõ­es foram um pouco maiores, com adoção de um novo para-choque dianteiro, inéditas rodas aro 17 em quase toda a linha (exceto a versão Sport), monitor de pressão dos pneus em todas as versões e retoques no acabamento interno e externo. Boa parte das novidades, como as rodas, são as mesmas da linha 2019 do Civic vendido nos Estados Unidos. Os preços variam entre R$ 97.900 e R$ 134.900.

Com o fim da versão Sport manual, toda a linha passa a ter câmbio automático tipo CVT. Ocupando o espaço da antiga Sport manual, entra na linha a já citada opção de entrada LX. Trazendo praticamen­te o mesmo visual externo das mais caras, se diferencia apenas pela ausência dos faróis de neblina. Por dentro, as diferenças são um pouco mais profundas: os bancos são de tecido e a central multimídia é mais simples, com tela de só 5” (a mesma que era usada no Civic Sport 2017).

Já a esportivad­a (esportiva só no visual) Sport, de R$ 104.100, continua usando as mesmas rodas antigas (mas agora com acabamento escurecido). Ganhou, entretanto, acendiment­o automático de faróis e o sistema multimídia melhor, de 7”, que antes antes exclusivo do EXL e do Touring. Já a antiga versão básica EX, vendida por R$ 107.600, agora tem som com oito alto-falantes, bancos de couro e retrovisor interno eletrocrôm­ico. Na versão EXL (R$ 112.600), a lista de equipament­os foi reforçada com sensor de chuva e chave presencial, enquanto os passageiro­s que viajam no banco traseiro agora contam com saídas de ar-condiciona­do (bom em um

país quente como o nosso). Topo de linha, a Touring (R$ 134.900) também ganhou saídas de ventilação traseiras, além de um sistema de som premium com 10 alto-falantes, carregador de celular por indução e banco do motorista com ajuste elétrico lombar.

Diferentem­ente do que houve com o modelo nos Estados Unidos, onde é um carro usapo por clientes mais jovens, não foi desta vez que a Honda aplicou o sistema Sensing no Civic brasileiro – que inclui itens como controlado­r automático de velocidade adaptativo, farol alto automático e frenagem automática de emergência – mas por enquanto só está disponível por aqui no Accord.

Um problema para este Civic encarar rivais como o novo Corolla, e mesmo o Cruze das páginas anteriores, está na mecânica: as versões LX, EX e EXL mantêmo velho 2.0 flex de 155 cv (etanol), e só a Touring tem o 1.5 turbo de 173 cv. Não que o aspirado seja ruim, mas contra rivais que estão evoluindo com motores turbo ou sistemas híbridos, pode não ser o suficiente.

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A qualidade do acabamento é destaque desta décima geração. O cluster tem um grande conta-giros e velocímetr­o digital dentro. As aletas do volantes ajudam a “domar” o CVT
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