Motorshow

O visual é polêmico, mas a dirigibili­dade afiada nos conquistou

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Quando o HB20 chegou ao Brasil, o design era um dos atrativos. Ousado e diferente, agradou ao consumidor. Agora, o Hyundai chega à segunda geração totalmente mudado. Ousado e diferente, outra vez, parece ter desagradad­o a muita gente. Ou agradado bem menos que o também novo Chevrolet Onix. Ainda assim, é a Compra do Ano 2020.

Apesar de o Hyundai ser menor por fora que o novo Onix, e também que o VW Polo, o espaço agrada – atrás, assento é grande e confortáve­l, e com boa largura, garantindo conforto mesmo para um quinto passageiro. O acabamento não se destaca e há falhas leves, como o velocímetr­o digital, e graves, como o ar-condiciona­do das versões top, que tem tela digital mas não mantém a temperatur­a automatica­mente. Já a central multimídia é bem posicionad­a e fácil, com botões de verdade para volume e faixa/estação. Há, ainda, duas tomadas USB na dianteira, uma raridade.

Mas o que nos conquistou no novo HB20 é o que mais importa ao motorista: a interface homem-máquina. É boa nas versões de entrada, que mesmo com o 1.0 aspirado já têm um câmbio manual preciso, suspensões perfeitame­nte acertadas – silenciosa­s e confortáve­is, sem serem moles – e freios bem modulados. Além disso, a nova direção elétrica é precisa e bem calibrada, e a posição de dirigir é ótima, com amplos ajustes do volante.

A coisa melhora no 1.0 turbo de 120 cv – com injeção direta, que o Onix não tem. O motor vale mais a pena que o 1.6 (ainda ofertado), respondend­o com uma suavidade que não se vê nos rivais turbinados, com saídas mais confortáve­is. O câmbio automático de seis marchas também prioriza o conforto, mas, para mais esportivid­ade, permite trocas manuais (alavanca ou aletas). O Onix chegou perto, mas o HB20 ganhou, principalm­ente, pelo prazer ao dirigir.

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