Cabine revolucionária e muita sofisticação e precisão ao volante
Com os hatches médios de produção local morrendo para dar lugar aos cobiçados SUVs compactos, fomos forçados a aposentar a categoria Hatch Médio na Compra do Ano. Na Volkswagen, o T-Cross tirou de linha o Golf nacional – é agora só importado, na versão híbrida da geração que está saindo de linha. De qualquer modo, a Chevrolet merece os parabéns por manter a versão hatch do Cruze em linha – mas é um modelo que não se destaca muito em nada (e é melhor na versão sedã).
Para quem curte este tipo de carro, então, restam os modelos importados – alguns, pois a Volvo, por exemplo, também desistiu deles. As alemãs Audi, BMW e Mercedes seguem fazendo hatches médios, e dos bons. O BMW Série 1 perdeu a tração traseira, e agora não tem a mesma dirigibilidade – nem um visual muito encantador –, enquanto o Audi A3 está prestes a mudar de geração. De qualquer modo, terá que se esforçar para superar o mais recente Mercedes Classe A, que superou com facilidade na votação o BMW, que foi Compra do Ano 2019.
Além da dinâmica incrível, das suspensões que combinam maciez e esportividade como poucas e da direção
afiadíssima, o Mercedes Classe A impressiona, e muito, por seu interior. As belíssimas e enormes telas – do painel de instrumentos e central multimídia e de controle – formam um design revolucionário, o acabamento é impecável e a central multimídia Mbux, apesar de algumas discretas “pisadas na bola”, é de fato bastante especial.
Faltam ao consumidor opções mais acessíveis, como a europeia 1.3 turbo, que não é importada ( o motor aparece aqui, mas só na versão Sedan do Classe A). Mas a marca preferiu que esta mais nova geração viesse ao Brasil na sua melhor forma, com a melhor combinação de esportividade e conforto: a versão A250 (além da exagerada AMG de 306 cv). Assim, o Classe A não é um carro barato, mas, se você não curte SUVs e procura um hatch médio tradicional, não há hoje opção melhor.