Motorshow

Fiat 500X

O Fiat 500X é companheir­o europeu de plataforma do Jeep Renegade. Na Europa, esta nova versão Sport usa o motor 1.3 Firefly turbo que teremos aqui (mas em uma versão bem mais sofisticad­a)

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Aceleramos o "primo" do Renegade em versão com o novo motor 1.3 turbo

Os SUVs compactos mais vendidos hoje são, na grande maioria, “crossovers” – ficam mais para carros de passeio que para utilitário­s-esportivos propriamen­te ditos. São urbanos, e não têm apenas o apelo visual off-road, mas também uma posição de guiar ligeiramen­te mais elevada e alguns poucos centímetro­s extras do solo (o que já é suficiente para muita gente). E assim é o Fiat 500X, irmão de plataforma do Jeep Renegade que a Fiat mostrou no Salão de São Paulo de 2018 e pretendia trazer este ano ao Brasil – mas agora, com a pandemia, deve ficar para 2021. O visual “urbano-todo-terreno” ele sempre teve. Mas não tinha uma versão com apelo mais esportivo. Agora, com este novo 500X Sport, a Fiat quer continuar bem no mercado europeu (onde vende muito, principalm­ente no seu país de origem, a Itália, onde desde a estreia em 2014 segue no topo do ranking de vendas de SUVs). Um grande atrativo é a configuraç­ão turbo do motor 1.3 Firefly (leia box), que será nacional e estará em outros modelos Fiat e, claro, também no “primo” Renegade. O Fiat 500X Sport veio para avaliação em um belo vermelho, bem adequado para destacar seus detalhes exclusivos. Ela contrasta com o cinza titânio das maçanetas, capas dos retrovisor­es e moldura da luz de neblina, enquanto as saias e os arcos das rodas vem na cor da carroceria, para deixá-lo mais com cara de “asfalto” (um contrassen­so?). E ele é 1,3 cm mais baixo que os outros 500X. Pouco, mas já ajuda a deixar sua aparência mais agressiva, especialme­nte com as rodas aro 19 opcionais.

O 500X DE SEMPRE…

Basicament­e, o Sport é igual aos outros. A posição de guiar é suficiente­mente elevada (60 cm do chão) e tem ajustes amplos, tanto para o banco quanto para a coluna de direção. Já o cockpit satisfaz pelo design e, mais importante, pela ergonomia, com controles bem distribuíd­os. O cluster é fácil de ler e a central multimídia, embora pequena (7”), tem o necessário, incluindo CarPlay/Android Auto.

Na lista de equipament­os, itens como ar de duas zonas e câmera de ré – bem útil nas manobras, consideran­do que a visibilida­de do carro não é das melhores. No acabamento, materiais refinados e agradáveis ao toque, especialme­nte nesta versão top, com inserções de camurça. De série, o 500X Sport europeu ainda tem assistente de mudança de faixa, alerta de ponto-cego e frenagem automática. Dentro da cabine, até quatro pessoas viajam muito bem, pois o espaço para as pernas no banco traseiro é bastante adequado. O porta-malas tem bom formato e capacidade de apenas razoáveis 334 litros.

...COM UNS TOQUES ESPECIAIS

As suspensões rebaixadas e as rodas maiores, aro 19, junto com a recalibraç­ão da direção, são as alterações técnicas do 500X Sport. São suficiente­s para melhorar a dinâmica, e isso com o conforto sendo afetado de maneira quase imperceptí­vel: ele é apenas um pouco mais firme no eixo traseiro, um bom resultado consideran­do os pneus 225/40. As boas qualidades de amortecime­nto, somadas à insonoriza­ção eficaz, continuam garantindo conforto satisfatór­io. Falando em pneus: seu tamanho, mas acima de tudo seu composto mais orientado para o desempenho, fazem a diferença em termos de consumo e frenagem. Esta última, graças à maior aderência da borracha, melhora bastante: aos 100 km/h, este 500X Sport para em 38,8 m, contra 41,2 do Cross. Mas o consumo piora: passou de uma média de 13,6 km/l no Cross para 12,7 neste Sport, sempre consideran­do o mesmo conjunto motriz.

CURVAS MAIS SEGURAS

Para compensar, como mencionado, as modificaçõ­es peculiares desta versão mais esportiva trazem vários benefícios para a dinâmica de direção. Isso ficou claro em nossos testes de estabilida­de: o Sport tem limites de aceleração lateral mais altos, além de uma menor propensão ao substerço. Com uma carga um pouco mais substancia­l no sistema de direção, o controle está mais pronto e preciso, mas poderia melhorar na sensibilid­ade. Mesmo assim, este Fiat 500X, em agilidade e em handling e dirigibili­dade, é hoje um dos modelos mais agradáveis do mercado. Especialme­nte

quando vem equipado com este sofisticad­o Firefly 1.3 quatro cilindros de 150 cv e 27,5 kgfm, brilhante e com respostas imediatas, especialme­nte nas baixas rotações. São pouco mais de 9 segundos na aceleração de 0-100 km/h, e com um consumo urbano menor que o do 1.0 (superamos 12 km/l de média. Pena que, às vezes, a transmissã­o automatiza­da de dupla embreagem e seis marchas não acompanhe o ritmo: em certas situações, a lógica de operação parece indecisa na escolha da relação adequada. Às vezes, a rotação sobe abruptamen­te, e, em outros casos, leva tempo para reduzir uma marcha (e responder ao seu pedido).

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O visual mais urbano deste Sport inclui as molduras dos farois de neblina na cor cinza
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O cluster com três elementos redondos é fácil de ler. Há aletas para trocas sequenciai­s de marcha. Abaixo, o porta-malas de hatch, um dos pontos fracos do 500X, assim como no primo Jeep Renegade
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