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Virtus GTS

Quem busca um sedã esportivo hoje e não tem maisi que R$ 100.000100000 para gastar, sóó tem uma opção: o novo VW Virtus GTS. Que custa um pouquinho mais do que isso, na verdade

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Para quem busca um sedã esportivo acessível, uma ótima opção. E a única.

Sedã esportivo por R$ 100.000? Pode procurar que você não vai achar. Mas, por R$ 107.990, agora a Volkswagen oferece este novo e aguardado Virtus GTS. Se ele fosse esportivo apenas no visual, ou “esportivad­o”, como preferimos chamar esse tipo de carro, o preço seria injusto. No entanto, além do visual incrementa­do – por dentro e por fora –, esse Volks ganha um motor mais forte e um acerto mais “no chão”. Vale o que custa? Sim, principalm­ente consideran­do que o Virtus Highline já custa R$ 94.090. No visual, o Virtus GTS deixa muito claro que é diferente. Rodas, para-choques, saias... são inúmeros os detalhes externos que lhe conferem um ar mais sofisticad­o e, sobretudo, bem mais esportivo. Mas o que mais chama a atenção é a linha vermelha que nasce dentro dos farois e atravessa a grade, além das maçanetas e retrovisor­es pretos. Dentro da cabine, pedaleiras esportivas, detalhes vermelhos nas saídas de ar, grafia exclusiva do painel de instrument­os digital e bancos com abas generosas – até demais: ótimas para prender o corpo do motorista empolgado, mas é preciso cuidado ao entrar (eu batia na esquerda toda hora). Tudo isso garante ao sedã um verdadeiro “clima” de esportivo. Nos itens de série, além de todo o bom pacote que vem no Virtus Highline – com quatro airbags, saídas de ar traseiras, multimídia excelente e muito mais –, ainda tem lanternas escurecida­s e faróis full-LED com excelente iluminação. Falta só um freio de mão elétrico. Fora isso, o Virtus é bastante tecnológic­o e bem equipado. Mas não pode ser chamado de sofisticad­o: são mais de R$ 100 mil em um carro com acabamento simples demais, que abusa de plásticos rígidos.

Além da aparência

Mas, convenhamo­s, uma boa parte do que este Virtus GTS mostrou até agora alguns de seus rivais têm, e talvez por menos dinheiro. Mas este sedã veio ao mundo de olho exclusivam­ente em quem busca esportivid­ade ao volante. E, nesse ponto, mesmo esquecendo tudo o que já foi citado, talvez só a melhoria mecânica do GTS frente ao Virtus 1.0 Highline já justifique os R$ 13.900 da diferença. Em vez dos até 128 cv e 20,4 kgfm do motor três cilindros 1.0 turbo, aqui está o quatro cilindros 1.4 também turbinado, com 150 cv e 25,5 kgfm. Na ponta do lápis, o 0-100 km/h cai de 9,9 segundos para 8,7 e a máxima passa de 194 para 210 km/h. Não é tanta diferença assim, mas claro que isso está longe de ser tudo que o GTS oferece a mais ao motorista. As retomadas são melhores, e, acima de tudo, há um seletor de modo de condução com opção Sport. E é nele que está a diversão. O Virtus GTS fica bem “nervosinho”. Um carro muito gostoso de dirigir, de verdade. Sua calibragem passa a um acerto bem mais agressivo, com o mapa da transmissã­o segurando marcha, simulando punta-taco na hora das trocas, com efeitos dignos de esportivo “old school”. Certamente inspiram o motorista. As suspensões recalibrad­as não chegam a ser duras, como em um esportivo de verdade (Renault Sandero RS, por exemplo). Mas o Virtus, mesmo com entre-eixos maior que o do Polo GTS, transmite agilidade e se segura muito bem nas curvas, obrigado (principalm­ente consideran­do a traseira com eixo de torção). Apesar de este ser um esportivo oferecido apenas com câmbio automático, o que alguns desaprovam, as trocas de marcha podem ser feitas sempre manualment­e, e de modo imediato, usando as pequenas aletas no volante. Se você preferir, ainda pode usar a alavanca para isso – mas, na maior parte do tempo, dá para deixar a caixa no automático mesmo. De frustrante, só o ronco “falso” do motor. Porque esse 1.4 turbo tem muitas aplicações “civis” – de TCross a Tiguan, passando pelo Jetta –, e é conhecido por sua operação silenciosa. Para agradar aos fãs de esportivos, então, a Volkswagen investiu em uma simulação de som, um emulador que aplica uma vibração na parte dianteira do painel para levar ao motorista uma sonoridade que combine mais com a proposta esportiva do sedã. Bom? Não exatamente. Ruim? Também não. Apenas aceitável, digamos. O bom é que quando você estiver com a família – porque este é um carro supostamen­te versátil –, ninguém vai reclamar do ruído (se você não deixar no Sport). Assim como os passageiro­s não se queixarão das suspensões e você não precisará virar sócio do posto de gasolina: andando na boa, fica fácil passar dos 14 km/l na estrada, outra vantagem do motor turbinado e do seletor de modo de condução. No fim, este GTS é um modelo caro, sim, mas o Jetta GLI, com 225 cv, sai por no mínimo R$ 155.780. E não há outro modelo similar que divirta tanto ao volante. Então, como única opção, até que ele é uma ótima opção. E, lembrando porque muitos escolhem um sedã, tem um porta malas 521 litros (e, se você liga muito para isso, não compre o sistema se som Beats opcional, que rouba parte do espaço).

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 ??  ?? Para-choque esportivo, grade com logo GTS e linha vermelha cruzando a dianteira, além de rodas exclusivas e saias laterais, caracteriz­am o esportivo
Para-choque esportivo, grade com logo GTS e linha vermelha cruzando a dianteira, além de rodas exclusivas e saias laterais, caracteriz­am o esportivo
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