Honda WR-V
O SUV compacto baseado no Fit ganha uma atualização visual e de conteúdo.
OHonda WR-V estreou há pouco mais de três anos, sobre a base do Fit, para incrementar a gama de SUVs da marca no Brasil. Agora, em um retoque de metade de ciclo de vida, a linha 2021 traz alterações pontuais no visual e nos conteúdos – e, de quebra, estreia a inédita opção de entrada LX. A dianteira das versões EX e EXL receberam faróis com projetores em LED e iluminação diurna (DRL), grade do radiador com desenho mais horizontal e porção cromada diminuída, além de luzes de neblina (também de LED) circuladas por novas molduras. Atrás, destaque para as novas lanternas de LED, o friso da placa pintado na cor da carroceria (antes era cromado) e o para-choque, que cresceu 67 mm em relação ao do antecessor. Desta forma, o comprimento da carroceria passou a 4,068 m. Outras novidades do Honda aparecem nas rodas de 16” escurecidas e na introdução da tonalidade metálica azul Cósmico – já disponível no HR-V e no Civic. Apesar de tudo isso, um dos pontos altos do WR-V continua sendo a habitabilidade e a versatilidade do seu interior, que ganhou uma injeção de ânimo. Dentro da cabine, as mudanças aparecem no volante que agora tem molduras cromadas, controles e raios em preto brilhante (mesma cor das saídas de ar) e nos novos tecidos nos bancos das versões LX (R$ 84.900) e EX (R$ 91.800) – na EXL (R$ 96.200), eles têm revestimento em couro e costuras em preto. O sistema Magic Seat está presente em toda a família, permitindo configurar os assentos em quatro posições para transportar objetos volumosos. Também novidade em toda a linha são os itens de segurança: controles eletrônicos de tração e estabilidade, o assistente de partidas em rampas, o monitoramento da pressão dos pneus e as luzes de frenagem de emergência. Ainda falando do bem-estar dos ocupantes, a LX oferece os airbags frontais, enquanto a EX e EXL trazem quatro e seis bolsas de ar, respectivamente. Nosso primeiro contato com o WR-V 2021 foi na pista de testes do fabricante A parte mecânica não sofreu alterações: o SUV continua com o motor 1.5 aspirado associado a câmbio continuamente variável (CVT). Esse conjunto agrada tanto pelo funcionamento suave quanto por entregar uma dirigibilidade condizente à proposta.
O Honda tem bom fôlego desde baixos giros, e a condução é beneficiada pelas respostas bastante progressivas. Não é para quem procura emoção ao volante, mas para quem deseja tranquilidade em deslocamentos urbanos. Somente ao exigir mais do pedal do acelerador é que o ruído do propulsor invade a cabine, mas nada fora do normal. A boa dinâmica é assegurada pelas suspensões dotadas de amortecedores, buchas, subchassis, eixo traseiro e pneus diferentes dos encontrados no Fit, que serve de base ao WR-V, permitindo uma pitada de estripulias nas curvas. Já os bons ângulos de entrada (21º), de saída (30,1º) e os 20,7 cm de altura livre do solo permitem transpor valetas ou lombadas e encarar estradinhas de terra sem dor de cabeça. Na hora de manobrar em locais apertados, o raio de giro de 5,3 me a leveza da direção assistida eletricamente ajudam. Com a linha 2021 do WRV, segue mirando nos SUVs de entrada, como os novos VW Nivus e Chevrolet Tracker 1.0, além dos conhecidos Ford EcoSport e Nissan Kicks.