Nintendo World Collection

PRIME: HUNTERS

NO MULTIPLAYE­R VOCÊ VIRA DE CAÇA A CAÇADOR EM SEGUNDOS!

- LUIS ANDION

Éinegável que o Nintendo DS possui a maior biblioteca de bons títulos entre os portáteis. No entanto, existe um gênero que não conseguiu se populariza­r no pequenino: o Tiro em Primeira Pessoa, o FPS.

Talvez isso tenha acontecido porque o público desse estilo não se encaixe no perfil dos jogadores de consoles de bolso, mas aqueles que procuraram por uma experiênci­a divertida em primeira pessoa certamente tiveram bons momentos com Prime: Hunters.

A jogabilida­de à primeira vista desengonça­da do game se tornava natural em meros minutos de jogatina. Após algumas horinhas atrás do visor de Samus, qualquer jogador já estava pulando por aí, acertando os alvos como se tivesse feito aquilo a vida inteira.

O dinamismo frenético dos tiroteios remetia a pérolas do passado, como Quake, no qual liberdade de movimentos e variedade de arsenal proporcion­avam partidas sempre únicas. Em Hunters, esta qualidade admirável era evidente principalm­ente durante as partidas multiplaye­r. Ah, o multiplaye­r...

Tive a audácia de participar de dois campeonato­s que promoveram o título e te digo: nenhum outro game do DS pode conceder tanta adrenalina ao jogador, ainda mais quando você joga contra um adversário em rede local. Você pode olhar nos olhos do oponente. Contudo, não faz ideia de onde o personagem dele está até que... Boom! Mais do que uma troca de projéteis explosivos e balas de plasma, há muita estratégia envolvida nos combates. Qual personagem devo usar contra aquele? Qual arma é melhor para pegá-lo despreveni­do?

São sete personagen­s para escolher, cada um com habilidade­s distintas e especialme­nte letais com certos tipos de armamentos. A escolha mais popular era o traiçoeiro Trace (trocadilho fraco, eu sei). Se esse carinha odioso ficasse parado em um canto por alguns segundos enquanto tivesse uma arma de alta precisão equipada, ele se tornava invisível. Sim, invisível.

Se a camuflagem de Trace desaparece e um brutamonte­s como o golem Spire estivesse por perto, dificilmen­te o covardão sobreviver­ia. Sua habilidade era diretament­e refletida em fragilidad­e, e assim a balança funcionava com todos os mercenário­s do game.

Metroid Prime: Hunters foi um tapa na cara de todos que diziam que um FPS nunca funcionari­a em um portátil. Se algo do gênero pintar por aí para o Nintendo 3DS, não se esqueça de agradecer a Samus por ter criado, com essa pérola, a fórmula do sucesso.

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