PRIME: HUNTERS
NO MULTIPLAYER VOCÊ VIRA DE CAÇA A CAÇADOR EM SEGUNDOS!
Éinegável que o Nintendo DS possui a maior biblioteca de bons títulos entre os portáteis. No entanto, existe um gênero que não conseguiu se popularizar no pequenino: o Tiro em Primeira Pessoa, o FPS.
Talvez isso tenha acontecido porque o público desse estilo não se encaixe no perfil dos jogadores de consoles de bolso, mas aqueles que procuraram por uma experiência divertida em primeira pessoa certamente tiveram bons momentos com Prime: Hunters.
A jogabilidade à primeira vista desengonçada do game se tornava natural em meros minutos de jogatina. Após algumas horinhas atrás do visor de Samus, qualquer jogador já estava pulando por aí, acertando os alvos como se tivesse feito aquilo a vida inteira.
O dinamismo frenético dos tiroteios remetia a pérolas do passado, como Quake, no qual liberdade de movimentos e variedade de arsenal proporcionavam partidas sempre únicas. Em Hunters, esta qualidade admirável era evidente principalmente durante as partidas multiplayer. Ah, o multiplayer...
Tive a audácia de participar de dois campeonatos que promoveram o título e te digo: nenhum outro game do DS pode conceder tanta adrenalina ao jogador, ainda mais quando você joga contra um adversário em rede local. Você pode olhar nos olhos do oponente. Contudo, não faz ideia de onde o personagem dele está até que... Boom! Mais do que uma troca de projéteis explosivos e balas de plasma, há muita estratégia envolvida nos combates. Qual personagem devo usar contra aquele? Qual arma é melhor para pegá-lo desprevenido?
São sete personagens para escolher, cada um com habilidades distintas e especialmente letais com certos tipos de armamentos. A escolha mais popular era o traiçoeiro Trace (trocadilho fraco, eu sei). Se esse carinha odioso ficasse parado em um canto por alguns segundos enquanto tivesse uma arma de alta precisão equipada, ele se tornava invisível. Sim, invisível.
Se a camuflagem de Trace desaparece e um brutamontes como o golem Spire estivesse por perto, dificilmente o covardão sobreviveria. Sua habilidade era diretamente refletida em fragilidade, e assim a balança funcionava com todos os mercenários do game.
Metroid Prime: Hunters foi um tapa na cara de todos que diziam que um FPS nunca funcionaria em um portátil. Se algo do gênero pintar por aí para o Nintendo 3DS, não se esqueça de agradecer a Samus por ter criado, com essa pérola, a fórmula do sucesso.