PRIME 3: CORRUPTION
CORROMPIDA PELO PHAZON, SAMUS AGE SOB O OLHAR TRAIÇOEIRO DE OUTROS CAÇADORES
OPrime original foi o jogo mais revolucionário da trilogia para a franquia, e suas continuações foram aperfeiçoamentos. Porém, aqui está a versão mais bem acabada e uma de minhas três favoritas de toda a série.
O jogo narra a proliferação da substância Phazon pela galáxia, ameaçando diversos planetas e a Federação. A organização chama Samus e outros caçadores de recompensas para combatê-la, mas a situação se torna pessoal quando nossa heroína é infectada pelo material.
Através de uma armadura especial que controla a quantidade da substância que corre em suas veias, a jovem ganha novos poderes, como o Hyper Mode. Quando é acionado, deixa muito mais poderosa, o que custa alguns pontos de vida. Uma pena que essa corrupção só cresça conforme a história progride, mas enfim... A novidade ainda é somada com alguns dos armamentos clássicos da mercenária e mais alguns novos que ela coleta durante a jornada.
Corruption é o primeiro jogo da série para Wii, o que significa uma evolução gráfica considerável sobre seus já visualmente lindos predecessores. Os cenários são amplos, e efeitos como pingos de chuva escorrendo pelo visor e batendo no canhão são de encher os olhos.
Os controles do jogo só podem ser descritos como impecáveis, com o uso do Wii Remote para mirar. A existência de créditos coloridos, obtidos de muitas formas e que servem para comprar itens colecionáveis, agrega muito ao fator replay, isso sem falar nos múltiplos finais.
Os sons são ótimos. A trilha sonora da tela título é uma das minhas favoritas em toda a história dos games. Algumas, especialmente as dos chefes, são excelentes. Já o restante ajuda a criar a atmosfera, mas não são memoráveis. Os efeitos sonoros são belíssimos, desde o vento e tiros até as dublagens. Pois é, a protagonista não fala nada, mas os outros personagens sim, e as vozes são surpreendentemente boas.
Minha única crítica ao jogo é sua linearidade, maior do que a de outros Metroid. Claro, você ainda pode (e deve) voltar a antigas localizações com equipamentos novos para obter expansões de vida e mísseis e encontrar outros segredos. Porém, tudo fica razoavelmente no caminho que o jogo o força a seguir.
A história não se desenrola conforme você explora os mundos, mas sim você os explora porque é forçado a isso. Tudo é feito em nome da progressão de uma narrativa mais interessante do que as de outros títulos, repleta de novos e velhos inimigos, "traições" e três encerramentos dignos da conclusão de uma trilogia desse porte.