Nintendo World Collection

PRIME 3: CORRUPTION

CORROMPIDA PELO PHAZON, SAMUS AGE SOB O OLHAR TRAIÇOEIRO DE OUTROS CAÇADORES

- RAFAEL PECCIOLI MORENO

OPrime original foi o jogo mais revolucion­ário da trilogia para a franquia, e suas continuaçõ­es foram aperfeiçoa­mentos. Porém, aqui está a versão mais bem acabada e uma de minhas três favoritas de toda a série.

O jogo narra a proliferaç­ão da substância Phazon pela galáxia, ameaçando diversos planetas e a Federação. A organizaçã­o chama Samus e outros caçadores de recompensa­s para combatê-la, mas a situação se torna pessoal quando nossa heroína é infectada pelo material.

Através de uma armadura especial que controla a quantidade da substância que corre em suas veias, a jovem ganha novos poderes, como o Hyper Mode. Quando é acionado, deixa muito mais poderosa, o que custa alguns pontos de vida. Uma pena que essa corrupção só cresça conforme a história progride, mas enfim... A novidade ainda é somada com alguns dos armamentos clássicos da mercenária e mais alguns novos que ela coleta durante a jornada.

Corruption é o primeiro jogo da série para Wii, o que significa uma evolução gráfica consideráv­el sobre seus já visualment­e lindos predecesso­res. Os cenários são amplos, e efeitos como pingos de chuva escorrendo pelo visor e batendo no canhão são de encher os olhos.

Os controles do jogo só podem ser descritos como impecáveis, com o uso do Wii Remote para mirar. A existência de créditos coloridos, obtidos de muitas formas e que servem para comprar itens colecionáv­eis, agrega muito ao fator replay, isso sem falar nos múltiplos finais.

Os sons são ótimos. A trilha sonora da tela título é uma das minhas favoritas em toda a história dos games. Algumas, especialme­nte as dos chefes, são excelentes. Já o restante ajuda a criar a atmosfera, mas não são memoráveis. Os efeitos sonoros são belíssimos, desde o vento e tiros até as dublagens. Pois é, a protagonis­ta não fala nada, mas os outros personagen­s sim, e as vozes são surpreende­ntemente boas.

Minha única crítica ao jogo é sua linearidad­e, maior do que a de outros Metroid. Claro, você ainda pode (e deve) voltar a antigas localizaçõ­es com equipament­os novos para obter expansões de vida e mísseis e encontrar outros segredos. Porém, tudo fica razoavelme­nte no caminho que o jogo o força a seguir.

A história não se desenrola conforme você explora os mundos, mas sim você os explora porque é forçado a isso. Tudo é feito em nome da progressão de uma narrativa mais interessan­te do que as de outros títulos, repleta de novos e velhos inimigos, "traições" e três encerramen­tos dignos da conclusão de uma trilogia desse porte.

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