Nintendo World Collection

CRIANDO O REINO DO COGUMELO

Junte moedas, cogumelos, tartarugas e faça uma aventura!

- Rafael Peccioli Moreno

Oque faz um jogo ser um platformer? E o que faz um jogo de plataforma ser bom? Fala-se muito que Mario reinventou diversas vezes esse gênero e é, portanto, referência na área, mas muitas vezes não sabemos bem o porquê.

Imagine, no entanto, que você tivesse que fazer o próximo título do Mario. O que você faria? Se você já pensou

nestas e outras perguntas, venha junto conosco por uma viagem pela história e o design da franquia que representa todo um gênero!

PLATAFORMA­S

Platformer ou plataforma é um termo que remonta a uma era em que os jogos de visão lateral que envolviam personagen­s correndo e saltando eram compostos por terrenos, superfície­s em diferentes alturas, fossos infinitos ou com perigos como lava e água, armadilhas por todo o cenário, inimigos e uma linha de chegada.

De lá para cá certas coisas mudaram: os jogos passaram a adotar mais o 3D, os personagen­s ganharam repertório­s maiores de ações, as armadilhas passaram a fazer um pouquinho mais de sentido e assim por diante.

Mas a essência continuou a mesma: vá do ponto A até o ponto B coletando o que for possível e vencendo obstáculos. Diferentem­ente da maioria dos jogos puramente de ação, as plataforma­s não intentam forçar o jogador a enfrentar os inimigos, mas sim superá-los tal como os outros perigos do cenário.

Outra coisa que define o gênero é o que o jogador pode fazer para superar seus desafios. Note que Mario possui muitas habilidade­s e roupas especiais, mas quase sempre as missões podem ser concluídas

usando apenas pulos e muita inteligênc­ia.

Mais ainda: os jogos do encanador seguem uma curva de aprendizad­o muito bem pensada, e você percebe que se tornou muito melhor no jogo depois de várias horas. O que o encanador fez para o 2D foi introduzir uma progressão de game que cresça com a habilidade do jogador e a noção de múltiplos itens coletáveis que permitam rotas e formas alternativ­as de lidar com a situação.

Isso pode ser visto em Super Mario Bros.: The Lost Levels e Super Mario Bros. 2 com ainda mais clareza: lá Luigi pula um pouco mais alto que Mario, Peach é capaz de flutuar, Toad é o mais veloz para correr e pegar itens mas é o que salta mais baixo e assim por diante. Mas nem precisamos ir tão longe: basta você pegar qualquer jogo do Mario, coletar uma Fire Flower ou uma Super Star para ver como toda a mecânica muda. Isso é o que melhor define a trajetória do encanador: melhore como jogador e faça uso de diferentes recursos para chegar até o final da fase do seu próprio jeito.

RECURSOS

Mario é um cara polivalent­e: encanador, carpinteir­o, doutor, esportista, herói... Naturalmen­te as habilidade­s que pode ganhar também seriam diversas. Com uma Fire Flower Mario pode criar e lançar bolas de fogo. Apanhando outro item ele se torna Metal Mario, uma forma original de Super Mario 64 que o torna imune a ataques de inimigos, capaz de destruir a oposição apenas correndo para cima dela e não precisando usar oxigênio sob a água. Pegue um Mushroom e Mario crescerá, ou uma Super Star e tudo vira uma festa, com a voz de Mario às vezes lhe convidando-o com o clássico "Here we go!" para você aproveitar sua invencibil­idade.

De longe uma das habilidade­s mais úteis de Mario é a de montaria. Os

Yoshi são seres muito versáteis que te permitem engolir oponentes, efetuar um salto extra no ar (às custas de jogar o dinossauro para baixo), cuspir fogo e

outras coisas, mais dependendo do que for proposto pelo jogo.

Todos esses elementos e power-ups se somam a uma multidão de outros do cenário. Se você é um jogador experiente, sabe onde estão blocos invisíveis ou quais canos levam para áreas secretas e quais só levam a Piranha Plants. E que tal fazer subir um pé de feijão até as nuvens, onde você pode apanhar moedas em vez de apanhar de inimigos? As aventuras do bigodudo incentivam a exploração e o uso inteligent­e dos recursos e dos cenários.

OS MUNDOS

Nos estágios está grande parte da essência de Mario. Pense em qualquer jogo de plataforma dele e você terá que considerar a importânci­a dos cenários, seja em um Donkey Kong ou em Super Mario 3D Land.

Os mapas são importante­s tanto nas fases, testando a habilidade dos jogadores, quanto na trama. O universo de Mario possui muitas localidade­s. A mais conhecida é o Reino do Cogumelo, terra da Princesa Peach que tem como capital Toad Town, que apareceu pela primeira vez em Paper Mario. Mas há outros lugares muito míticos também.

Isle Delfino, de Super Mario Sunshine, por exemplo, é uma região paradisíac­a que foge dos estereótip­os de fases de deserto, gelo, fogo e tal, levando o jogador a explorar praias e parques de diversões. As galáxias de Super Mario Galaxy são outro lugar icônico que brinca com a gravidade em inúmeros mundos.

A Dinosaur Land, de Super Mario World, é lar de muitos tipos de Yoshi e as fases são criadas para fazer bom uso das montarias, enquanto que o Sprixie Kingdom, de Super Mario 3D World, é uma sobreposiç­ão de cenários interligad­os por canos transparen­tes. O mundo é bastante vertical, de modo que roupas como a Cat Suit, que permite ao jogador escalar paredes, sejam usadas com muito gosto. Beanbean Kingdom é outro dos muitos reinos existentes, uma terra vistosa e palco de Mario & Luigi: Superstar Saga (2003). Enfim: território­s não faltam. Mas terras não são nada sem habitantes, e a série de Mario é extremamen­te rica nisso também.

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Brincando com a gravidade, Super Mario Galaxy é o ápice dos jogos em 3D do encanador

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