POKÉMON CRYSTAL
As treinadoras ganham espaço em Johto
Não é só pelas novidades que Crystal se tornou um marco, e tampouco pelo fato de ser o primeiro e único game da série principal exclusivo para Game Boy Color. O "complemento" de Gold e Silver veio para radicalizar. Apesar de já termos passado uma vez (ou várias vezes) por Johto, a volta para New Bark Town foi diferente de tudo o que já conhecíamos sobre Pokémon.
Pela primeira vez, foi possível escolher entre um garoto ou garota para jogar, o que foi uma espécie de reconhecimento da Game Freak de que não eram só os meninos que gostavam daquilo. Isso era necessário desde o início, já que o público do portátil nunca tinha sido apenas masculino.
Mas não foi só isso que mudou. Tivemos monstrinhos se mexendo na batalha, Battle Tower, Move Tutor, placas no canto da tela com nomes das cidades e vários pequenos detalhes que só fizeram parte daquela versão, mas que ainda acho que deveriam ter continuado.
Esse foi o primeiro cartucho de Pokémon que tive e também a minha primeira frustração com a série, ao saber que ele não era lido por um Game Boy clássico. É claro que pouco tempo depois consegui um Game Boy Advance e pude me divertir por muitas horas com o cartucho que rodava no console mais novo.
Foi um jogo épico, feito com cuidado para que, a cada rota, o treinador descobrisse uma pequena nova variação em relação aos títulos anteriores, tanto visualmente nos cenários quanto nos monstros que apareciam nos gramados e nas falas engraçadas dos NPCS.
É estranho como um jogo feito para complementar dois anteriores pode influenciar tanto uma geração. Crystal é isso, com muitas novidades relevantes, que marcou por ser diferente, por trazer uma nova história e pequenos ajustes que chamam nossa atenção até hoje.