Nintendo World Collection

POKÉMON CRYSTAL

As treinadora­s ganham espaço em Johto

- FLAVIO FERREIRA

Não é só pelas novidades que Crystal se tornou um marco, e tampouco pelo fato de ser o primeiro e único game da série principal exclusivo para Game Boy Color. O "complement­o" de Gold e Silver veio para radicaliza­r. Apesar de já termos passado uma vez (ou várias vezes) por Johto, a volta para New Bark Town foi diferente de tudo o que já conhecíamo­s sobre Pokémon.

Pela primeira vez, foi possível escolher entre um garoto ou garota para jogar, o que foi uma espécie de reconhecim­ento da Game Freak de que não eram só os meninos que gostavam daquilo. Isso era necessário desde o início, já que o público do portátil nunca tinha sido apenas masculino.

Mas não foi só isso que mudou. Tivemos monstrinho­s se mexendo na batalha, Battle Tower, Move Tutor, placas no canto da tela com nomes das cidades e vários pequenos detalhes que só fizeram parte daquela versão, mas que ainda acho que deveriam ter continuado.

Esse foi o primeiro cartucho de Pokémon que tive e também a minha primeira frustração com a série, ao saber que ele não era lido por um Game Boy clássico. É claro que pouco tempo depois consegui um Game Boy Advance e pude me divertir por muitas horas com o cartucho que rodava no console mais novo.

Foi um jogo épico, feito com cuidado para que, a cada rota, o treinador descobriss­e uma pequena nova variação em relação aos títulos anteriores, tanto visualment­e nos cenários quanto nos monstros que apareciam nos gramados e nas falas engraçadas dos NPCS.

É estranho como um jogo feito para complement­ar dois anteriores pode influencia­r tanto uma geração. Crystal é isso, com muitas novidades relevantes, que marcou por ser diferente, por trazer uma nova história e pequenos ajustes que chamam nossa atenção até hoje.

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