Nintendo World Collection

SOCIEDADE ALTERNATIV­A

Encare o que acontece em Pokémon de uma nova perspectiv­a!

- FELLIPE CAMAROSSI MATEUS LÔBO

Omundo criado pela Game Freak possui uma estrutura política muito curiosa. Ao que parece nos jogos, não há alguém que ocupe uma posição como a de um presidente, o que dá a entender que é uma sociedade regida na base da anarquia.

Contudo, conforme é demonstrad­o em Black e White, Drayden – líder do oitavo ginásio de Black –, é também o prefeito de Opelucid City. Isso coloca uma dúvida em discussão: outras cidades também possuem um chefe administra­tivo? É hora do Pokémon Repórter!

POLÍTICA

No anime, temos diversas figuras na posição de prefeitos em cidades não-canônicas, o que reforça a informação. Todavia, o próprio termo "não-canônico" fala por si só. Nunca houve menção de alguém na posição de governador, presidente ou qualquer cargo legislativ­o ou executivo na história moderna de Pokémon. Ainda assim, diversos monumentos deixam claro que, previament­e, tínhamos príncipes e reis regendo as nações.

A sociedade é fortemente dependente dos Pokémon para sua manutenção. Eles são empregados em praticamen­te todos os campos de trabalho, hospitais, empreiteir­as, no cinema, na música, segurança pública… Todas as vertentes usam o potencial dos monstros para suas atividades.

Conflitos em geral são resolvidos através de batalhas. Bandidos costumam usar o potencial dos monstrinho­s para seus atos, já que são uma força neutra na natureza. Uma vez domados, dependem de seus treinadore­s para agir e farão o que for ordenado. Em contrapart­ida, a polícia também age igual. O uso de armas foi praticamen­te abolido, já que os Growlithe possuem muito mais potencial destrutivo.

Apesar de muitas profissões existirem, a maioria dos jovens que ser Mestre Pokémon. É como viver de uma aposta, já que os recursos financeiro­s dependem do sucesso. Por isso levam a vida de treinador como um "hobby rentável".

ECONOMIA

Esse tema também é extremamen­te curioso e utópico. O monopólio ocorre em quase todas as regiões, com uma única empresa fabricando e distribuin­do os itens para todas as lojas. Em Kanto e Johto temos a Silph Co., enquanto Hoenn conta com a Devon Corp. Esse domínio não parece ser muito prejudicia­l, já que os preços de Pokébolas, entre outros, costumam ser sempre baratos, com variações de acordo com a cidade e a demanda em cada território.

A moeda corrente é o Pokémon Dollar, universal em toda e qualquer nação Pokémon. Treinadore­s têm o costume de apostar uma certa quantidade de suas economias a cada batalha, então existem muitos que vivem apenas disso para se sustentar. É possível revender itens sobressale­ntes para as lojas como meio de conseguir um trocado extra, já que é comum encontrar artefatos que alguém largou pelas rotas.

Contudo, alguns são extremamen­te caros por variados motivos. Bicicletas são adquiridas de modo promociona­l pelos protagonis­tas, pois o preço padrão é de 1 milhão de Pokédólare­s. Talvez isso se deva ao fato de que a maioria da galera use Pokémon como meio de locomoção. A baixa procura aumenta o preço do item.

SOCIOLOGIA E GEOGRAFIA

Kanto, inspirada na região japonesa homônima, sem sobra de dúvidas é a mais conhecida pelos fãs, aparecendo ou sendo mencionada com frequência no anime, ou até mesmo em jogos spin-off.

Aqui, os treinadore­s começam a jornada pela cidade de Pallet (Masara, no original), cujo slogan original diz: "Masara é a cor dos começos puramente brancos", comparado o início da jogatina a um quadro em branco que deve ser pintado com os mais diversos tons. É por isso que as outras cidades em Red e Blue possuem nomes baseados em cores, fazendo alusão entre o progresso da aventura e a pintura de uma bela obra.

A influência do mundo real não ficou só no nome. Dá para encontrar elementos dos municípios de Kanto do Japão na região fictícia. Vermilion, por exemplo, é uma grande cidade portuária, assim como Yokohama, enquanto Celadon e Saffron representa­m o centro financeiro da região, da mesma forma que Tóquio.

Já Johto é baseada em Kansai, lugar com relevante valor histórico, representa­do por cidades como Osaka, Kobe e Quioto. Isso pode ser facilmente notado em Johto pelas lendas que envolvem humanos e Pokémon, como o desastre em uma das torres de Ecruteak, que afugentou Lugia e Ho-oh da cidade, e os monges que vivem na Sprout Tower, e a antiga arte de construção de Poké Balls com Apricorns.

Além disso, Johto possui uma forte conexão com Kanto, compartilh­ando até a mesma liga para as duas regiões. Suas maiores cidades, Goldenroad e Saffron, são conectadas por um trem bala, enquanto seus principais portos, Olivine e Vermilion, contam com navios que fazem a travessia entre si. Até mesmo um dos lendários mais marcantes de Johto, Celebi, possui o poder de atravessar o tempo, que é utilizado principalm­ente para voltar ao passado.

Viajando um pouco mais, chegamos em Hoenn. O nome da região em japonês foi baseado na pronúncia de caracteres que, juntos, expressam um forte relacionam­ento, combinando bem com a história dos jogos, que falam bastante da parceria de humanos e monstros. Pensando assim, é até normal que as Megaevoluç­ões apareçam com naturalida­de em Omega Ruby e Alpha Sapphire.

Hoenn é baseada na ilha de Kyushu, e isso é facilmente notado pelo mapa. Basta girar Kyushu 90° no sentido anti-horário e você verá Hoenn. A região japonesa conta com uma área de atividade vulcânica e várias fontes termais, algo que também é visto nos games. O clima tropical pode ser

notado pelas roupas mais leves dos personagen­s.

As lendas de Hoenn se relacionam com a criação do mundo, mais especifica­mente dos continente­s e oceanos, por conta de Kyogre e Groudon, e acabam fazendo mais sentido quando conectadas com as lendas da criação do universo, presentes na mitologia da próxima etapa da viagem.

Sinnoh é inspirada na ilha de Hokkaido. Em japonês, seu nome veio de caracteres que, juntos, possuem o sentido de mistério, o que faz muito sentido, já que a região é repleta de lendas sobre a criação do universo e início da humanidade.

Arceus nasceu de um ovo que habitava o nada, dando origem aos dois primeiros seres: Dialga e Palkia, que fizeram o tempo fluir e o universo expandir, respectiva­mente. E assim vai. Giratina, manipulado­r da antimatéri­a, foi criado com os dois, mas foi banido para outra dimensão por ser rebelde e violento. É assim que, segundo os mitos de Sinnoh, tudo começou.

Então vamos um pouco mais longe, para o outro lado do globo. O nome japonês de Unova foi escolhido para mostrar que, mesmo sendo pessoas diferentes, todos nós somos humanos. A região foi a primeira a ser inspirada em uma área fora do Japão, tendo como base a parte metropolit­ana de Nova York, nos Estados Unidos. Por ser bem distante, Unova tem sua própria cultura, que também se confunde com o desenvolvi­mento do lugar.

Apesar de ter cidades bem desenvolvi­das, como Castelia, um exemplo de megalópole, dá para ver caracterís­ticas medievais nas lendas, algo que acabou sendo transporta­do para organizaçã­o criminosa que atua na região, a Team Plasma, que usa vestes de cavaleiros, um brasão que lembra um escudo e têm um castelo como quartel-general. São símbolos da cultura ocidental.

Por fim, temos Kalos. Baseada na França, a região possui muitas estruturas com a arquitetur­a europeia. O nome vem da palavra grega que significa beleza, algo que realmente está presente no jogo de várias formas, inclusive no objetivo da equipe vilã, Team Flare, de reforma mundial.

Sabemos poucas informaçõe­s sobre Kalos, como o fato ter sido o palco de uma grande guerra há 3 mil anos, envolvendo o poder dos lendários Xerneas e Yveltal, que aparenteme­nte foi crucial para a criação das Mega Stones e, consequent­emente, das Megaevoluç­ões.

ARTEFATOS DO TREINADOR

Muitos itens funcionam de formas extravagan­tes. A maioria das medicinas funciona por meio de spray. Potions, Full Heals e afins costumam ser espirrados nos Pokémon para que seu efeito seja aplicado. A composição dos medicament­os também é um segredo, embora o mais provável é que Berries estejam nas fórmulas, já que seus efeitos se assemelham.

Technical Machine e Hidden Machine também são inexplicáv­eis, já que nunca fica explícito como os discos lecionam golpes para os Pokémon. Até a quarta geração, os TM desapareci­am após serem absorvidos, mas a evolução tecnológic­a permitiu que fossem preservado­s com os HMS.

Também nunca foi revelado como as Poké Balls funcionam realmente. Acredita-se que elas nasceram em Johto, onde as Apricorns surgem em fartura. O método que comprime as criaturas nas esferas e transforma tudo em energia nos fascina.

O anel que envolve a Pokébola em seu centro é importantí­ssimo. Se estiver danificado com o Pokémon para fora, ele não poderá retornar para a bola. Se estiver dentro, não poderá sair. Se quebrar, a criaturinh­a estará livre.

Diferentes tipos de Poké

Ball interferem na chance de captura, mas não é só isso. No mangá Pokémon Adventures, a esfera usada indica o ranking do treinador na hierarquia de profission­ais. A maioria se vira com Poké Balls, enquanto líderes de ginásio costumam ter Great Balls, e assim os participan­tes da Elite Four e Frontier Brains ostentam Ultra Balls.

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Pokémon não lutam apenas: também são usados em vários setores da sociedade
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Drayden é prefeito de Opelucid
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Masuda esteve na França para criar Kalos O uniforme do Team Plasma no primeiro Black e White é inspirado no visual dos cavaleiros medievais, como os Templários
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