GUERREIRA UMA GRANDE
Édifícil explicar como uma criança se sente, pela primeira vez, ao se deparar com aquele personagem que, ao tirar seu capacete, revelava ser uma mulher de longos cabelos loiros. Tenho quase certeza que abri a boca e arregalei os olhos.
Hoje, ter uma heroína protagonizando um game não é nada fora do esperado, mas isso só é assim por causa de Samus Aran e sua coragem inabalável, enfrentando terrenos desconhecidos, inimigos ferozes e uma solidão tocante.
Foi a partir de Metroid, de 1986, que presenciamos essa trajetória de medo e incerteza por cada um de seus caminhos tortuosos. Passar por toda aquela aventura acreditando que estávamos controlando um herói como Sylvester Stallone em Rambo ou Bruce Wayne encarnado como Batman era algo confortante, pois sabemos que os heróis sempre vencem no final e salvam a donzela em perigo. Porém, o que acontece se não há uma donzela em perigo?
O choque, ao vermos aquela fisionomia feminina, era inevitável mas era momentâneo. Depois de encarar confrontos que pareciam impossíveis de superar, por que acharíamos estranho controlar uma mulher que se mostrou nada menos do que grandiosa?
Desde então, as portas foram abertas para Alex Rovias, Chun-li, Joanna Dark, Bayonetta e Lara Croft, entre outros exemplos. É claro que ainda há muito a percorrer. Contudo, as heroínas vêm ganhando cada vez mais espaço, graças à minha personagem favorita da minha franquia favorita.
Sou um ser humano nascido no planeta Terra, mas vivi incríveis experiências em Zebes, Phaaze, SR388 e outros planetas maravilhosos. E, por tudo isso, sou muito feliz.