Nintendo World Collection

METROID FUSION

O CONFLITO FICA MAIS PESSOAL DO QUE NUNCA. É SAMUS vs. SAMUS!

- RENATO ALMEIDA

Solidão é a palavra que me faz lembrar de Metroid. E isso não é ruim. Colocar Aran em ambientes insólitos, na verdade enriquece seus jogos com originalid­ade. Fusion não foge da regra e aprendi isso da mesma maneira que a caçadora: sozinho.

Metroid, principalm­ente os clássicos, nunca foi daquele tipo de game que se joga com o irmão, amigos ou primos.

Não, é um jogo que faz contigo o mesmo que faz com a protagonis­ta: te isola e reproduz as sensações dela da melhor maneira possível.

Com um Game Boy Advance SP emprestado de meu irmão na marra, testei aquele que seria o grande retorno da personagem, após uma passagem épica no SNES. Minha formação em cinema não me deixou escapar aos olhos os detalhes visuais ou sonoros que colaborara­m com a narrativa. Usando fones de ouvido, já na tela inicial de Fusion vi que realmente estava próximo de me isolar em um lugar do qual jamais me esqueceria. As batidas iniciais da música, que situavam o gamer em meio à história de introdução, logo se tornariam memórias auditivas no momento em que desligasse o game. Afinal, era como se aquela tensão que Samus experiment­ava ao explorar ambientes se traduzisse em ondas sonoras. Os longos momentos de solidão sem se deparar com inimigos colaborava­m para que a sensação aumentasse. A jogatina poderia assim se estender por horas, somente para retomar contato com alguma criatura qualquer.

Quando a descoberta da maior ameaça do jogo aconteceu, um terror psicológic­o sem precedente­s passou a tomar conta. Era como se alguém me avisasse de uma ameaça terrível, mas sem qualquer pista de quando, onde e como ela apareceria.

Juntos em mais uma missão, reconhecem­os dezenas de elementos familiares, fossem detalhes relembrado­s de outras aventuras ou apenas memórias revisitada­s. Foi assim que soube que o desafio seria grande mais uma vez. Mas quem tem a caçadora ao seu lado não pode temer. Em meio ao incerto ambiente simulado do planeta SR388, trabalhamo­s em equipe, Aran e eu, para exterminar o mal que agora tomava conta do nosso próprio ser. Sim, o contato com um material alienígena havia nos modificado e levado parte de nós. Indo ao encontro de nosso destino finalmente nos vimos frente a frente com nosso principal inimigo, a versão Dark de Samus, e a existência de um implicaria no extermínio de outro.

Por fim, o prazer de servir em combate na companhia da jovem guerreira mais uma vez foi motivo de honra, e dessa forma permaneço aguardando um novo chamado para uma futura aventura. Enquanto isso, Samus, saiba de todo o coração que você nunca estará sozinha!

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Game Boy Advance Produção:
Nintendo Desenvolvi­mento:
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Lançamento: 18/11/2002 (EUA) e 14/02/2003 (JP) Console: Game Boy Advance Produção: Nintendo Desenvolvi­mento: Nintendo
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