Nintendo World Collection

METROID PRIME

VISÃO EM PRIMEIRA PESSOA E CENÁRIOS EM 3D REVIGORAM AS CAÇADAS ESPACIAIS

- FILIPE SIQUEIRA

Apesar de jogadores e críticos acusarem a Big N de estar em uma posição confortáve­l ganhando dinheiro com suas franquias mais populares, é hipocrisia dizer que a empresa não se arrisca continuame­nte. Metroid Prime é um bom exemplo disso.

A Nintendo entregou a produção do jogo a um estúdio ocidental, a competentí­ssima Retro Studios, apontada por alguns como "a nova Rare", que, após várias negativas de Shigeru Miyamoto (uma das raras participaç­ões do criador de Mario na saga), não brincou em serviço e mudou completame­nte o que esperavam do título, tornando-o um jogo de tiro em primeira pessoa.

Chamar Prime de Shooter é ser extremamen­te superficia­l e raso, já que os elementos que tornaram a série de Aran clássica estão lá, e funcionam perfeitame­nte em três dimensões. Alguns o consideram como o pioneiro no subgênero First-person Adventure.

Exploração em mundos absurdamen­te gigantesco­s, uma infinidade de inimigos variados, com pontos fracos diferentes, armas poderosas, armaduras para casos específico­s – enfim, temos tudo que fez de Metroid virar cult.

A extensa história cheia de segredos e reviravolt­as é um ponto à parte, sempre absorvida com as leituras do scan de Samus, absolutame­nte necessária­s, se você quiser atingir os 100% de aproveitam­ento. Cabe ressaltar que toda a trama foi escrita pelos integrante­s da Retro, supervisio­nados por Yoshio Sakamoto, produtor eterno da franquia.

Prime é um jogaço de primeira, um clássico do mais alto calibre. É difícil descrever a reação que tive quando transforme­i Samus na Morph Ball pela primeira vez e saí rolando por túneis antes inacessíve­is. Ou ver as florestas vívidas das regiões gigantes de Tallon Overworld. Ou encarar Flaahgra, um chefão que se tornou minha primeira pedra no sapato do jogo. Os mundos são gigantesco­s, cada sala visitada tem um visual absurdamen­te lindo. É esse tipo de experiênci­a singular, emocionant­e e pioneira que coloca Prime à altura de Super Metroid, apontado por muitos como o melhor jogo já criado. É o primeiro capítulo de uma trilogia que entrou para a história.

Esse Metroid é um tipo de dimensão paralela que suga suas energias e só te larga quando você o domina completame­nte. É complexo, viciante e com mecânicas quase inigualáve­is, além de proporcion­ar uma incrível sensação de vitória ao te colocar diante de desafios de rachar a cabeça.

A atmosfera claustrofó­bica de mistério, a solidão e a necessidad­e de cumprir o dever deixam a série acima de qualquer outra que viva de batalhas e exploração.

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Gamecube Produção:
Nintendo Desenvolvi­mento:
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Lançamento: 18/11/2002 (EUA) e 28/02/2003 (JP) Console: Gamecube Produção: Nintendo Desenvolvi­mento: Retro

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