PINBA NA GORDUCHINHA!
Talvez o título mais incomum da série, me soou no início como o uso de uma marca famosa para vender um spin-off qualquer, mas queimei a língua.
Claro, se você não gosta de Pinball, não será seu amor por Metroid que te manterá interessado nesse jogo, até porque a história nada mais é do que a mesma de Metroid Prime. Entretanto, se gosta, você achará aqui uma fórmula muito boa e incomum.
Com os botões L e R do Nintendo DS você ativa os flippers e faz a bolinha, que é Samus Aran em sua versão Morph Ball, rolar pelo campo, atingindo coisas e ganhando pontos. Logo se nota quão bem muitos dos elementos da série se casam com os fliperamas, como a existência de itens colecionáveis pelos cenários.
Quem jogou o Prime original reconhecerá diversos cenários. Em Phendrana Drifts, uma neve cintilante cai do céu; em Tallon Overworld chuvas cobrem uma mata farta. Das sete mesas, só uma parece genérica e sem atrativos: a exclusiva para multiplayer.
Neste modo, se compete para ver quem faz 100 mil pontos primeiro, mas em resumo você joga sozinho na sua tela, contra nada além da pressão do tempo. Quanto mais você demora para atingir a meta, mais chances dá a seus adversários de fazerem o mesmo antes de você. Por isso, o modo parece mais um Time Trial sem tempo, e não é tão interessante quanto poderia ser, caso tivesse mais arenas ou, talvez, um modo cooperativo.
O melhor mesmo é a presença de dois tipos de mesas no single player: as de aventura e as de arena. Nas de aventura você realiza missões como fazer Samus pegar cristais ou destruir inimigos. Sim, há inimigos para se matar com bombas, atropelando tudo com a Morph Ball ou até ficando de pé em certos pontos do cenário para enchê-los de tiros e mísseis.
Já nas arenas, que devem ser destrancadas, ficam os chefões. Pena que essas batalhas sejam breves, pois são diversão pura. Porém, você sempre pode jogar de volta todos os cenários, com dificuldade crescente. Apesar de se tornarem repetitivas depois de algum tempo, como todo bom jogo de
Pinball, sempre pode surpreender e entreter. Cada partida é única, afinal.
Além disso e da física realista, seus méritos incluem a presença do famoso Tilt (balançar a mesa para alterar a trajetória da bola), mesmo sendo difícil chacoalhar a tela de toque enquanto seguramos o DS e apertamos o R e o L. A propósito, o jogo era vendido com um Rumble Pak. O acessório era encaixado na porta para títulos para Game Boy Advance, fazendo o portátil vibrar durante a jogatina.
Ainda havia fases bônus, nas quais Samus saia das mesas e fazia coisas como saltar de parede em parede para coletar objetos, acrescentando diversidade ao jogo.
Depois que você jogar
MPP, sentirá falta de desafios extras nos
Pinballs convencionais.