YOSHI'S STORY
A BELA E CONTURBADA HISTÓRIA DE UM DINOSSAURO
Tente se lembrar daquele desenho ou jogo que você amava quando criança. Hoje talvez seus amigos o considerem uma droga, mas você discorda. Tá bem que, para os dias atuais, os gráficos e o som não impressionam, a história é um lixo, com os personagens se movendo feito pinguins e... Bom, é uma desgraça. Mas você ainda acha aquilo melhor do que muita coisa!
É assim que me sinto com Yoshi's Story. Já na época de seu lançamento o game dividiu opiniões: uns o achavam curto demais. Eram 24 fases que duravam poucos minutos cada, sendo que você só precisava vencer seis para fechar o jogo, que tinha baixa dificuldade e gameplay repetitivo. Outros o consideravam carismático, com lindos gráficos pré-renderizados e um sistema de pontuações para os perfeccionistas.
Para mim era mágico, um sucessor espiritual de Yoshi's Island não tão grandioso, mas que esbanjava estilo e fofura. Havia bastante estratégia para não perder os Yoshi e obter pontuações elevadas, que dependiam da comilança de frutas em ordem e do uso de várias habilidades inusitadas, como farejar o ambiente. O foco era nos quebra-cabeças, e a exceção ficava com as lutas contra os chefes sempre intensas, o que me faz pensar que o melhor teria sido que as maçãs nunca tivessem existido e que as fases fossem baseadas na ação.
O jogo minúsculo era redimido pela presença de segredos nas fases e pelas versões secretas, brancas e pretas, dos dinossauros, que se destacavam das demais por muitos motivos.
Não vou mentir: Yoshi's Story não agrada a todos e não compensava muito a compra – perto de Mario Kart 64 e Banjo-kazooie, por exemplo. Contudo, é dessas obras marcantes para quem jogou e gostou, pessoas que aprenderam a não torcer o nariz para títulos com aspecto infantil. O game não envelheceu muito bem, mas fico feliz por ter sido cativado por sua magia.