WARIO WORLD
QUEM NÃO TEM MARIO, JOGA WARIO!
Foi com a frase acima que a Nintendo World 59 anunciou a primeira grande aventura de Wario para um console de mesa. E foi acreditando na diversão destacada naquela edição, e na quantidade limitada de mesada que consegui juntar na época, que fui parar naquele mundo louco em vez de frequentar uma mansão assombrada ou um paraíso tropical.
Em posse da minha cópia, comecei a achar tudo estranhamente familiar nos primeiros minutos. O game era uma versão alucinada dos títulos do bigodudo de roupa vermelha. Os saltos, a exploração, a jogabilidade e até os socos e pontapés vistos em Super Mario 64 estavam lá. Logo, já tinha esquecido todos os meus outros heróis e estava decidido a ajudar o rabugento na sua missão, e fazer valer os lanches que deixei de comprar.
Tirando onda de Tio Patinhas num luxuoso castelo, o desafeto da turma do Reino do Cogumelo ostentava sua riqueza conquistada a roubos e artimanhas nas aventuras passadas. Mas, antes mesmo de tomar o primeiro banho na piscina de ouro do seu castelo, a vilã Black Jewel, escondida em seu tesouro, transformou sua riqueza em monstros e dividiu o palácio em quatro partes (floresta, circo, deserto e montanhas geladas), transportando-o para um universo paralelo.
Nem preciso contar que, após ver todo o esforço e ganância ruindo, Wario saiu como louco na tentativa de reaver seu precioso espólio, enfrentando a maldição da joia e combatendo chefes dos mais criativos. Imagine só enfrentar um dinossauro loiro de biquíni e um touro metido a fisiculturista, em uma das mais alucinantes epopeias que o cubo roxo já viu.
Com gráficos em 3D belíssimos, jogabilidade dinâmica e som caprichado, o jogo mostrou que explorar o mundo maluco de Wario pode ser tão efusivo quanto salvar princesas. Sentia-me parte daquela jornada, recuperando cada moeda, as de Wario e as minhas, e posso garantir que valeu muito o sacrifício de fazer parte do time dos "malvados" daquela vez.