YOSHI'S ISLAND DS
UM DINOSSAURO E MUITOS BEBÊS PARA CUIDAR!
Quis Miyamoto que Yossy, forma variada do nome do dinossauro no Japão, tivesse um jogo de plataforma, lá nos anos 1990. De início, o visual do projeto foi rejeitado pelo marketing da Big N, que era a favor de gráficos poligonais, que já faziam sucesso em Donkey Kong Country.
Depois de quatro anos de desenvolvimento, Super Mario World 2: Yoshi's Island chegou ao SNES dez meses antes do então Ultra 64 ser lançado. Vendido nas Américas como continuação de Super Mario World, era uma provocação à era 3D que se iniciava – paradoxalmente liderada por Super Mario 64, também cria do mestre.
Essas informações justificam a relevância do título, mas pouco importavam para um garoto de 10 anos. Me lembro de ter ficado feliz da vida ao conhecer a aventura em uma locadora. Sempre quis ter aquele cartucho.
Uma década depois, Yoshi e Baby Mario encararam uma aventura inédita em um mundo multicolorido, como se fosse desenhado à mão. Na trama, crianças especiais atraíram a atenção de Bowser, que mandou que os infantes do Reino do Cogumelo e de regiões vizinhas fossem sequestrados. Mario escapou de Kamek e, com a ajuda dos Yoshi, deve resgatar um a um.
Felizmente, lá estavam os elementos que me encantaram antes. No entanto, os cenários foram divididos nas telas do Nintendo DS, gerando um detestável ponto cego no meio dos estágios.
A grande novidade ficou por conta do uso inteligente dos personagens. Em alguns momentos, é necessário trocar quem está na garupa do dinossauro, pois cada um tem destrezas exclusivas, liberando caminho para passagens primárias e secundárias. Isso aumentou o fator replay, que também foi esticado por minigames desbloqueáveis, que são avistados nos cinco mundos.
Apesar do esforço, Yoshi's Island DS não entusiasmou quanto Super Mario World 2. Ainda assim, a culpa não é do jogo. É nossa mesmo. Ele cumpriu com honra o papel de afagar nossa nostalgia, mas, como já aprendi nessa vida de jornalista de joguinhos, a gente tem o complicado costume de achar que tudo que vivemos no passado era melhor...