CODINOME NX
O SWITCH É O RESULTADO DE UMA FORÇA-TAREFA CAPITANEADA POR NOVOS LÍDERES DA NINTENDO
Um dia, no mínimo, histórico. Em 17 de março de 2015 a Nintendo sacudiu a Terra ao dizer que estava entrando no mercado mobile, graças a uma aliança com a DENA. Porém, essa não foi a única bomba. "Como prova de que ainda nos entusiasmamos com o negócio de consoles, estamos desenvolvendo uma plataforma com um conceito inovador de codinome NX", revelou Satoru Iwata. O então presidente deu apenas uma pequena pista. "Em cooperação com a DENA, faremos um serviço de associação que englobará o Nintendo 3DS, Wii U, NX, computadores e dispositivos inteligentes. Este recurso será um dos elementos centrais da nova plataforma", comentou.
MAIS MADURO?
Depois tivemos declarações genéricas e picos de entusiasmo da imprensa cada vez que uma patente era divulgada, como a 20150231511, que registrou um aparato com entrada para cartão de jogo e sem leitor de disco. Já em 2016 vieram as "comparações de processamento gráfico" com a concorrência. Apesar disso atrair atenção, como confiar em algo que ninguém tinha visto? De fato, havia apenas o desenho de um controle em forma de elipse com uma tela e duas alavancas da patente 20150355768.
Em maio daquele ano tomamos um banho gelado ao saber que o NX não estaria na E3. Contudo, em um morde e assopra, março de 2017 foi confirmado como o mês de lançamento. Ainda durante a feira, Just Dance 2017 e The Legend of Zelda: Breath of the Wild foram colocados na lista de títulos em desenvolvimento. Antes disso, Dragon Quest X e Dragon Quest XI já estavam lá. Bem, até a Square Enix dar pra trás.
Em setembro, a coisa ficou séria quando executivos começaram a se pronunciar a respeito. "É uma máquina fantástica. É a Nintendo trazendo algo novo mais uma vez", celebrou Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, em um evento. Já Tsunekazu Ishihara, chefão da Pokémon Company, foi mais fundo. "O NX está tentando mudar o conceito do que significa um console de mesa ou portátil". Esse "ou" ficou em nossas mentes até Mario, em 19 de outubro, aparecer atrás de uma cortina em uma foto publicada nas redes sociais da
Big N. No dia seguinte, ao som de um clique, conhecemos o Switch.
ENQUANTO ISSO EM QUIOTO...
É preciso voltar a 2011. A Big N, naquele momento, estava revendo alguns conceitos, como a valorização de marcas e parcerias. E uma das resoluções era reunir as equipes de hardware e software em um único local. Para isso, compraram um campo de golfe ao lado da sede em Quioto, onde ergueram mais um prédio. A construção foi inaugurada em 2014. Não por acaso, nesse ano surgiu o rumor do Nintendo Fusion. De acordo com o site Nintendo News, "baseado em uma fonte 100% confiável", o próximo sistema seria portátil e doméstico. Acertaram...
As mudanças, entretanto, não foram apenas estruturais. Com a morte precoce de Iwata, Shigeru Miyamoto viu que era importante dar visibilidade a novos líderes. Por consequência, deixou o projeto sob a batuta de rostos
A Big N reafirma que não deixou o país de lado. No entanto, não há nenhuma expectativa para o lançamento oficial do console. Não por acaso, o português de seus menus é o de Portugal e não o nosso, como ocorre com o 3DS e o Wii U. De concreto há a esperança que a empresa se restabeleça por aqui o mais rápido possível, abrindo então caminho para o Switch.
A alternativa que nos sobra é importá-lo, ainda mais que ele é bivolt, diferente dos antecessores. Ainda assim, faça-o por meio de lojas de confiança, como a Amazon (amazon.com) ou a Target (target.com). Ambas enviam para o Brasil, e, junto do Governo Federal, calculam todos os impostos no ato da compra. No entanto, as regras de devolução e garantia não serão aplicadas, caso aconteça algum problema. E sabemos como isso é desagradável...
Enquanto esperamos por boas notícias, algumas produtoras estão localizando seus games para PT-BR, como é o caso de Dandara, Has-been Heroes, Just Dance 2017, Lego City Undercover, Mr. Shifty, RIME, Shovel Knight, Skylanders Imaginators e Super Bomberman R.