MPF diz ter achado conta oculta de Romário na Suíça
Reportagem da ‘Veja’ afirma que Baixinho tem R$ 7,5 milhões. Ele nega
Uma investigação do Ministério Público Federal localizou extrato de conta bancária em nome do senador Romário (PSB) no banco suíço BSI, com sede em Lugano, no valor de 2,1 milhões de francos suíços, o equivalente a R$ 7,5 milhões. As informações foram publicadas pela edição da revista ‘Veja’ que chegou às bancas este fim de semana. Os valores declarados na conta não constam da declaração de bens encaminhada por Romário à Justiça Eleitoral em 2014, quando concorreu ao Senado.
Ainda segundo a ‘Veja’, no extrato consta crédito de rendimentos em aplicações no período de um ano a part i r de 31 de dezembro de 2013. Foi essa operação que fez elevar o saldo aos mais de R$ 7 milhões encontrados. O documento é datado de 30 de junho de 2015.
Não é ilegal ter dinheiro no exterior, só é necessário declarar o valor à Receita e recolher os impostos. Como Romário foi jogador de clubes estrangeiros, a existência da conta não necessaria- mente levanta suspeitas sobre sua origem.
Mas em 1997, quando jogava no Valencia, da Espanha, o tetracampeão mundial foi autuado pelo Fisco devido à abertura de empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, e para lá transferido aplicações e propriedades.
PATRIMÔNIO MODESTO
No ano passado, na eleição para o Senado, Romário informou à Receita que seu patrimônio total era de R$ 1,3 milhão, somando imóveis, terrenos, cotas de empresas e apli- cações financeiras.
Ele foi eleito com 4,6 milhões de votos. Atualmente, Romário é presidente da CPI da CBF instalada no Senado para investigar a entidade. Acredita-se que ele também pode entrar na briga pela Prefeitura do Rio em 2016. Na pesquisa de intenções de voto feita pelo Instituto Paraná Pesquisas este mês, o Baixinho aparece em segundo, mas próximo ao senador Marcelo Crivella (PRB). Romário (PSB) teria 27,6%, contra 32,2% de Crivella.A margem de erro é de 3,5 pontos, o que os colocaria em empate técnico.