O Dia

Tijuca reage a Nilópolis: ‘Laíla está caduco’

Presidente da Tijuca rebate acusações de diretor da Beija-Flor sobre favorecime­nto

- DIEGO VALDEVINO diego.valdevino@odia.com.br

A frase é de Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca. Ele foi acusado pelo diretor de Carnaval da Beija-Flor, em entrevista ao DIA, de interferir no júri deste ano. O presidente da Liga pedirá voto de repressão a Laíla.

Aacusação de Laíla, diretor de Carnaval da Beija-Flor, de que haveria um esquema de favorecime­nto para a Unidos da Tijuca, causou um terremoto no mundo do samba. Presidente da Tijuca, Fernando Horta respondeu, chamando-o de ‘caduco’, e alegando ainda que ele faltou com respeito à Mangueira, grande campeã da Sapucaí. Já Jorge Castanheir­a, que preside a Liga Independen­te das Escolas de Samba (Liesa), afirmou que, em abril, durante assembleia-geral, vai pedir um voto de repreensão ao diretor da Beija-Flor.

“Não vou rebater um funcionári­o em decadência. Infelizmen­te, ele (Laíla) está caduco. Falou bobagem. Nos anos 80, foi diretor da Tijuca e dizem que teria negociado para que a escola não entrasse no horário certo e por causa disso foi penalizada. Vou analisar se entro ou não com um processo contra ele”, comentou Horta. Ele também negou conhecer a ex-jurada Sulamita Trzcina, que teria comandado o esquema, segundo Laíla. “Nunca estive com ela e nunca troquei uma palavra com esta pessoa”, garantiu.

Outra acusação de Laíla, em entrevista ao colunista Leo Dias, foi rebatida também por Jorge Castanheir­a. Para ele, o diretor faltou com a verdade ao afirmar que um dos jurados do quesito bateria, Fabiano Rocha, ameaçara tirar pontos de Beija-Flor, Salgueiro e Imperatriz, em um áudio. Rocha foi afastado do julgamento.

“Repudio as declaraçõe­s dele, que omitiu o nome da Tijuca entre as prejudicad­as. A Imperatriz não constava no áudio, diferente da Tijuca. Ele não citou o nome da escola para poder se beneficiar e fazer suas críticas. Foi falta de respeito comigo e com a coirmã Mangueira, que conquistou o título”, criticou o presidente da Liesa.

Ainda de acordo com Castanheir­a, Rocha foi afastado do júri para preser var sua imagem e a das escolas de samba. Ele informou ainda que na gravação, recebida no sábado de Carnaval, o jurado apenas dizia que ‘se quisesse t i rar um décimo de uma escola ele iria tirar’. No domingo, Castanheir­a teria conversado com o jurado e pedido para que ficasse de fora na hora de dar as notas. “Ele (Laíla) quer tirar o foco do título da Mangueira. Quer jogar no lixo um trabalho feito com seriedade. Quando ganhamo julgamento serve. Laíla não sabe perder”, afirmou.

No fim da tarde de ontem, a Unidos da Tijuca divulgou nota oficial repudiando as suspeitas de fraude no resultado do Carnaval. “Entendemos que no calor da emoção, o Diretor de carnaval da nossa coirmã Beija Flor de Nilópolis se posicionou de forma equívoca e também descredenc­iou a Liesa, instituiçã­o que representa os interesses de todas as agremiaçõe­s”, diz trecho da nota, assinada por Horta. E acrescenta :“Acusações levianas podem prejudicar o espetáculo ecolocara idoneidade da instituiçã­o que gerencia o carnaval em dúvida. A Unidos da Tijuca é uma instituiçã­o que se baseia no regulament­o e no estatuto da Liesa.”

Procurada pela reportagem duas vezes, a ex-jurada Sulamita não quis atender. Ao saber das declaraçõe­s de Horta, Laíla não recuou: “Vamos ver se sou caduco. Todo mundo viu que o desfile da Beija-Flor foi um dos melhores dos últimos anos”.

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DIVULGAÇÃO Fernando Horta analisa se vai processar diretor da escola de Nilópolis

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