Xerifão sem moral no Fluminense
Henrique admite não ter conseguido pôr ordem na defesa, que tem pior começo de Carioca desde 1998
Os seis gols sofridos em apenas três partidas do Carioca colocaram a defesa e o trabalho de Eduardo Baptista em xeque no Fluminense. Desde 1998, o Tricolor não era tão vazado em um início de Estadual. Para piorar a situação, Henrique, o grande investimento da diretoria para o setor, ainda não disse a que veio.
O zagueiro admite que não atendeu às expectativas nas duas partidas em que esteve em campo no campeonato — justamente nas quais o time levou três gols em cada — e faz questão de isentar o treinador de culpa pelo fraco começo de temporada.
“O Eduardo é um excelente profissional tanto dentro quanto fora de campo e tem o grupo nas mãos. O que tem acontecido dentro de campo é nossa culpa, porque não temos feito o que ele tem pedido. Temos que nos cobrar mais e estar ligados durante os 90 minutos”, afirmou Henrique.
Eduardo Baptista tem o apoio do grupo e da diretoria, mas a forte pressão da torcida após o empate com o Madureira pode mudar este panorama.
Depois do jogo de amanhã contra o Tigres, em Volta Re- donda, o treinador enfrentará uma sequência decisiva para seu futuro no clube. Em uma semana, o Fluminense irá encarar o Cruzeiro, no Mineirão, pela Primeira Liga, e Flamengo e Botafogo pelo Campeonato Carioca.
Por enquanto, o técnico se agarra à boa fase de Fred para dar continuidade ao seu trabalho. O atacante começou a temporada com o faro de gol apurado e já balançou a rede seis vezes. O comandante confia também no encaixe do camisa 9 com Diego Souza, mas ele tem que acontecer o mais rapidamente possível, porque, quanto mais demorar, menos tempo de vida o técnico terá no Tricolor.
Em 1998, Flu também levou seis gols no início do Carioca: derrota de 4 a 3 para o Vasco, empate em 1 a 1 com o Americano e vitória de 2 a 1 sobre o Friburguense