O Dia

Ela trocou a charrete pelo sonho de cantar

Ex-charreteir­a vai trabalhar pela primeira vez de carteira assinada. Agora ela quer mesmo é viver das suas composiçõe­s

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Ofim do transporte por charretes é o começo de uma nova vida para Delzi Paixão, que aos 57 anos, decidiu “aposentar” a antiga profissão para assinar sua carteira de trabalho no serviço de conservaçã­o pública e investir em um sonho: cantar.

Depois que o uso de ani- mais de t ração para t ransporte de materiais, cargas ou pessoas em carroças, foi proibido no estado, a Prefeitura de Queimados ofereceu empregos de carteira assinada para os charreteir­os que se cadastrara­m.

Delzi não pensou duas vezes. Após duas semanas no novo emprego de carteira as- sinada, ela afirma que não se arrependeu da decisão. “Do que ganhava no final do mês, sobrava pouco. Tinha que comprar ração para os cavalos, além de comida para casa. Agora comecei a trabalhar de carteira assinada. Isso dá uma segurança, porque terei benefícios como direito a aposentado­ria”.

Uso de animais de tração para transporte está proibido no em todo estado

Mesmo com todas as dificuldad­es, a ex-charreteir­a revela uma doçura ímpar ao fal ar de música, s ua grande paixão. “Desde criança queria ser cantora, mas a vida me l e v ou por outro c aminho. Mas agora com salário fixo vou poder me dedicar à música”, disse ela, que também é compositor­a.

Agora, Delzi sonha com o futuro e com a possibilid­ade de crescer artisticam­ente.

Nas horas vagas, Delzi aproveita para tocar teclado e compor músicas

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