O Dia

Militares entram em ação contra Aedes no estado

No Rio, 15 mil homens trabalham para acabar com focos de procriação do mosquito

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Apontado pela presidente Dilma Rousseff como prioridade para o combate ao Aedes aegypti, o Estado do Rio de Janeiro contará a partir de hoje com 15 mil homens das Forças Armadas que vão vasculhar as residência­s à procura dos focos de procriação do mosquito transmisso­r da dengue, zika e chikunguny­a.

De hoje até quinta-feira, cem cidades de todo o país vão receber 55 mil militares em ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti, na terceira fase da operação a cargo do Ministério da Defesa.

No sábado, 220 mil militares visitaram 353 cidades e se somaram à ação de agentes de saúde e servidores federais, estaduais e municipais nas capitais e principais regiões metropolit­anas brasileira­s. O governo federal destinou no orçamento R$ 136 milhões para essas ações.

Segundo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, o trabalho dos militares tem por objetivo mobilizar os cidadãos com efeitos educativos e pedagógico­s a vascu-lharem suas residência­s, porque entre 70% e 80% dos focos de procriação dos mosquitos estão nas casas.

LARVICIDA

Ontem, o laboratóri­o fabricante do larvicida Pyriproxyf­en rebateu a suspeita de que produto pode causar microcefal­ia. Em nota, a Sumitomo Chemical disse que não há base científica que comprove danos à saúde provocados pelo larvicida.

A empresa diz que o Pyriproxyf­en é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em campanhas de saúde pública, como “inseticida-- larvicida, controland­o vetores de doenças, dentre os quais mosquitos Aedes Aegypti, Culex quin que fascia-tus e mosca doméstica”.

“O produto é registrado desde 2004 e o Governo brasileiro o vem utilizando como inseticida-larvicida no combate ao Aedes Aegypti. Pyriproxyf­en é registrado também para o combate do Aedes aegypti em países como Turquia, Arábia Saudita, Di- namarca, França, Grécia, Holanda, Espanha. Na América Latina, República Dominicana e Colômbia vêm utilizando o produto desde 2010”, afirma a nota da Sumitomo.

No sábado, no Dia Nacional de Mobilizaçã­o contra o Mosquito Aedes Aegypti, o governo do Rio Grande do Sul anunciou a suspensão do uso do larvicida, apontado em nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Cole- tiva (Abrasco), como possível causador de microcefal­ia.

O produto é utilizado em caixas d’água para eliminar larvas do mosquito vetor da dengue, da f ebre chikunguny­a e do vírus zika. Em nota, o Ministério da Saúde disse que só usa larvicidas recomendad­os pela OMS. A pasta ressalta que alguns locais onde o Pyriproxyf­en não é usado também registrara­m casos de microcefal­ia.

De hoje até quinta, 55 mil militares em todo o país farão ações de prevenção e combate ao Aedes

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Os militares vão vasculhar residência­s em busca de locais favoráveis à reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmisso­r da dengue e zika
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Efeito educativo: militares vão às ruas distribuir panfletos à população

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